Sinopse: E se você tivesse sua vida roubada de si mesmo, somente por ser leal a quem ama?
Nicholas achou que havia encontrado um amor para a vida toda; a garota dos seus sonhos. Até que um evento inesperado muda drasticamente a sua vida.
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Olá, meus amores. Noite maravilhosa para ler mais um pouquinho dessa história de tristezas e alegrias.
Capítulo do dia 17/10. Fiquem com mais um dia qualquer da rotina de Nick e até breve.
Boa leitura!!!
PS: Anna no gif. Eu idealizei ela como a Agnes.
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"A melhor maneira de ser feliz é contribuir com a felicidade dos outros."
Confúcio
Lívia
Eu estava voltando do supermercado com meu pai a pedido de Sandra quando paramos o carro atrás de alguns outros que aguardavam o sinal ficar verde. Olhei despreocupadamente de lado e vi Nicholas sendo empurrado para fora de um barzinho por um rapaz tão jovem quanto ele.
– Olha só. – Apontei em sua direção para que o meu pai o visse. – Foi esse rapaz de quem fui cuidar na cobertura, o que está na cadeira de rodas. Não era uma criança.
– O que? Você ficou sozinha com ele? Não acredito nisso.
– Pai, por favor, não sou mais criança e eu só o ajudei a fazer as coisas que ele não pode porque não tem força nas mãos. Não aconteceu nada demais. Imagina só quando eu tiver um namorado, acho que o senhor surtaria.
– De jeito nenhum que você vai ter um namorado, pelo menos não tão cedo. Daqui a quinze anos quando você estiver com trinta pode até ser.
– O que? O senhor só pode estar brincando. – Pensei em Fábio e na possível oficialização do nosso relacionamento. – Eu já sou bem grandinha, papai. E também não se pode mandar no coração, não é mesmo?
– Olha minha filha, tudo o que falo é para o seu bem. Esse rapaz é muito fechado e estranho. Não tenha mais contato com ele, não quero ninguém destratando a minha princesa. – Ele não tinha ideia do quão rude o Nicholas foi.
– Desculpa pai, mas dei a minha palavra a ele que seriamos amigos e o senhor mesmo disse que não se deve voltar atrás no que fala, a não ser para reconhecer um erro. Estou certa?
– Sim, mas dessa vez o conselho é diferente. Não quero ver você como ele.
– Como o conhece?
– Cruzei algumas vezes com ele no elevador.
– Então o senhor não o conhece. – Meu pai não falou mais nada até chegar ao apartamento. Desvio a atenção para a paisagem que se desdobrava à medida que o carro seguia.
O sinal já estava aberto há muitos minutos e a cena de Nicholas sentado em sua cadeira, muito bem vestido e elegante não saía da minha cabeça. Estava de tirar o fôlego, que o Fábio não me ouça, mas não é proibido olhar.
Pensava no que eu havia visto no computador dele. Eu não poderia desistir. Apertava-me o coração esconder qualquer coisa do meu pai. Somos muito próximos desde a partida da minha mãe. Essa era uma espécie de emergência, é só dessa vez papai.
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