Capítulo 115 - Tentativas

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Oi, Xuxus!!!

CAPÍTULO NÃO REVISADO!

Boa leitura!!!

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"Quando as pessoas usam a cabeça pra pensar, não sobra espaço para o preconceito. Cor, raça, religião, visão politica isso não torna ninguém superior ou inferior, as torna pessoas únicas."

Eidson Santana

Lívia

     Estava tentando colocar minha filha para dormir, lembrando-me do colo da minha própria mãe. Sua perda parecia tão recente, mas eu sabia que muito tempo tinha se passado. Estava voltando ao presente e encerrando a canção que eu cantava distraidamente.

     Senti o cheiro familiar que me perseguia incessantemente e virei-me somente para constatar o que já sabia: o Nicholas estava na porta do quarto.

     − Eu não sabia que estava em casa, a Estela está doente e eu precisava cuidar dela. – Falei o óbvio, eu não queria que ele pensasse que eu estava interessada em algo.

     − Cheguei há pouco tempo. Tenho certeza que ela não poderia estar em mãos melhores. A música que estava cantando é muito bonita, fiquei emocionado. – Isso explicava o seu semblante, mas também sabia que estava preocupado com a Estela.

     Resolvi chamá-lo para perto, afinal ele era o pai e tinha o direito de velar nossa filha, prontamente atendeu meu pedido silencioso e trouxe a cadeira de rodas para perto. Coloquei a menina em seus braços para que ele tivesse um pouco de contato, eu continuava sem saber como lidar com sua deficiência. Falei por fim:

     − Ouvi dizer que é um excelente pai; não se preocupe, ela ficará bem. Que bom que gostou da música, acho que ela também. – Me referi ao fato de a Estela já ter adormecido.

     − Vai passar a noite aqui? Quer ficar pra jantar? – Ele muda de assunto repentinamente.

     − Claro, Nicholas! Agradeço o convite, quero ficar perto da minha filha até ela melhorar. – Ele pareceu tão feliz que suas mãos começaram a tremer e eu fiquei sem saber o que fazer.

     − Tudo bem, ponha ela caminha, irei tomar um remédio e um banho pra gente descer. – Ainda bem que ele disse o que fazer. Resolvi aguardar ele voltar, não queria ser inconveniente e descer antes dele.

     Cerca de vinte minutos depois o Nicholas volta mais cheiroso que nunca, com roupas confortáveis e cabelos úmidos. Eu estava totalmente sem jeito apesar de tentar deixar o clima mais agradável.

     Fiquei observando ele comer com os talheres encaixados em uma tala na sua mão. Eu estava tentando disfarçar meu desconforto por não saber como agir e ao mesmo tempo atenta ao menor barulho que a Estela fizesse.

     O Nicholas parecia satisfeito, apesar de cansado e engatou uma conversa calorosa com seus pais. Foi a primeira vez que tive contato com seu pai novamente. Eu queria parecer descontraída, mas na verdade acabei ficando calada quase o tempo todo.

     Dormi na cama destina a babá da Estela, ela ainda acordou algumas vezes com um pouco de febre, mas estava bem melhor pela manhã. Perambulei pela casa com a Estela em meus braços, pois ela estava com fome. Era bastante cedo e sabia que a maioria dos moradores dormia.

     Entrei na cozinha e para minha surpresa via a cadeira de rodas e seu dono elegante.

     − Papai! – A ruivinha se agitou em meu colo e a coloquei nos braços do pai.

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora