Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)

Capítulo 71 - Um homem simples

Oi gente, estou aparecendo de  fininho pra postar depois de duas semanas sem nenhum capítulo novo. A partir do capítulo 71 as publicações serão aleatórias, certo? 

Boa leitura!!!

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"A vida cobra e a gente tem que crescer!"

Onde estiver - NX Zero

Lívia

     "Baby, mais que a luz das estrelas... Ah! Meu universo é você.

     Baby, ah, se eu puder ter a chance... Ah! Eu juro todo o seu amor merecer."

     Cantarolo com a água do chuveiro caindo sobre meu rosto e meus cabelos longos, me pergunto como seria "Baby" em libras, faço uma nota mental para perguntar ao Nick. Falando no tal príncipe eu adoraria tomar esse banho com o ele, mas é óbvio que ele e o resto da humanidade reprovariam a ideia alegando mil e um motivos dos quais não gostaria de ouvir um sequer.

     Saio do banho e as incertezas de como as coisas serão dali para frente me deixam temerosa. Relutante a sair do banheiro e ver tudo do que vivi ontem nos braços do Nick desmoronar, apenas enrolei uma tolha no cabelo e outra no corpo; passei a escovar os dentes encarando meu rosto no espelho e um turbilhão de coisas passando pela minha cabeça.

     Não se foi por estar distraída ou simplesmente pela grande falta de sorte que costumava ter que acabei trombando em ninguém menos que o meu pai, não é que eu não o amasse, mas eu realmente não queria um sermão logo pela manhã.

     − Você está bem, minha filha? – Ele questiona; o rosto indecifrável. Decido que a melhor solução é ser simpática e respondo sorrindo.

     − Dormi como um bebê! Estou pronta pra outra, pai.

     − É mesmo, sua engraçadinha? – Ainda estava desconfiada pelo que ele realmente queria, mas arrisquei um pouco mais.

     − Vamos logo pra mesa senhor Théo. – Pego a mão dele e praticamente o arrasto até lá. Mal tenho tempo de passar os olhos nos presentes, a Lúcia pula em cima de mim como uma criança e quase nos derruba.

     − Você é uma péssima amiga! Está melhor? – Ela faz o alarde costumeiro. – Me deixou em pânico.

     − Eu estou legal. – Limito-me a falar. Porém a vontade de passar na cara da minha amiga que ela está me escondendo algo, é mais forte que eu. – Se eu sou uma péssima amiga você é o quê? Não me disse o que está rolando entre você e o senhor limpeza.

     − Tudo a seu tempo, apressadinha. – Ela volta para seu lugar ao lado do Samuel.

     Passando os olhos pela mesa repleta percebo que faltava apenas meu pai e eu. Sento-me em uma cadeira vazia ao lado do Nicholas e o olho sorridente, ele sequer se dá ao trabalho de olhar de volta, a fruteira a sua frente parecia mais interessante que meus cachos recém-penteados ou a minha pessoa.

     Durante toda a refeição o Nick permaneceu em silêncio, eu estava disposta a torná-lo meu objeto de estudo na faculdade. Como esse jovem é complicado! Ele definitivamente merece ser estudado. Parecia muito bem quando eu acordei, até soltou uma piada. A maioria conversava alegremente e eu estava a imitar o ranzinza ao lado.

     Comecei a notar que meu humor quase sempre acompanhava o dele: hora me apaixonava cada vez mais, hora 'desapaixonava'; uma verdadeira montanha russa de sentimentos. Havia momentos em que eu queria defende-lo de tudo e todos, talvez até justificar seus argumentos arrogantes. Mas havia momentos, como esse agora, em que eu queria matá-lo. Eu estava feliz e triste por conhecê-lo; assim como ele era um grande enigma, eu era um poço de confusão na mesma proporção.