Capítulo 5 - Vislumbre de felicidade

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Olá queridos! Capítulo novinho pra vocês nessas primeiras horas de sábado. Está um pouco curto mas prometo que o próximo será maior.

Boa leitura!!!

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"A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável."

Mahatma Gandhi

Nicholas

     Como se despertasse de um sono profundo retorno à realidade. Minha cabeça lateja de dor. Quero abrir meus olhos, mas minhas pálpebras parecem pesar toneladas. Sinto-me como se houvesse corrido uma maratona, extremamente cansado. 

     Não consigo sair de onde quer que eu esteja. Meu pescoço tem uma leve pressão e sei que tem algo nele. Estou preso, isso é um fato. Será que os assaltantes pegaram e me prenderam? Será que Camile está bem? 

     Ela já estava dentro do condomínio, mas e se ela voltou pra me procurar? Desesperado, faço um esforço colossal para abrir os olhos, uma coceira na garganta me faz tossir desenfreadamente.

     Para minha surpresa Gabriel aparece em meu campo de visão e enfia uma espécie de canudo na minha garganta, faço uma careta de desconforto. Quero protestar, mas ao abrir a boca para falar minha garganta não obedece ao comando e o peso na mesma parece duplicar.

     − Hey, você acordou maninho! Tudo bem, só estou tirando o excesso de muco na sua traqueostomia, foi isso que te fez tossir. – Ele explica com um tom de voz baixinho e um sorriso fraco. 

     O que está acontecendo comigo? Onde estou?

     É isso que eu realmente quero saber. E só então me lembro de passar os olhos pelo ambiente à procura de respostas. O local é uma espécie de quarto com paredes brancas, luz intensa e um emaranhado de fios que estão ligados a mim. 

     Não vi janela alguma. A julgar a estrutura do local associado aos bips incessantes de algum aparelho característico não tenho mais dúvidas: estou num hospital. Minha segunda dúvida é: por que Gabriel está aqui e não em lua de mel com a esposa? 

     Somente porque levei um tiro num assalto, ontem? Acho que já deve ter amanhecido o dia pelo horário que levei Camile em casa. Tento falar outra vez e faço uma cara de desconforto.

     − Nick, não tente falar. Apenas descanse, por enquanto.

     Vejo Gab olhar para algum ponto acima da minha cabeça, tento acompanhar com os olhos, mas não consigo mover meu pescoço. Ele percebe e explica:

     − Estou apertando a cigarra para chamar a enfermeira. – Logo surge uma senhora negra vestida com fardamento verde no meu campo de visão. Ele beija a mão dela. – Iracema, minha querida, pode chamar o doutor Augusto aqui, por favor? – Ela sorri aos galanteios dele e sai por onde entrou. – Ela é maravilhosa, nós trabalhamos juntos. – Ele me justifica. 

     Ele pega um frasco de soro cheio e substitui o que estava quase vazio ligado ao meu braço.

     − Vamos tentar algo, Nick. – Fala tirando a atenção do soro e avaliando meu ombro enfaixado. – Quero que pisque uma vez para sim e duas para não, ok? – Pisco uma vez. – Você está com dor? − Uma piscada. – Lembra-se do que aconteceu? – Uma piscada.

     Ele respira profundamente.

     − Vou pegar alguma coisa pra dor, ok? – Ele dá as costas e sai. Eu só consigo pensar o que Gabriel faz aqui e como chegou tão rápido das Ilhas Maldivas?

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora