Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)

Capítulo 72 - Desafio aceito!

Imagem de título: dois jogadores de futebol americano de frente um para o outro e em posição de ataque, estão num campo de grama e há árvores no fundo da imagem. Frase escrita no centro da imagem: "Se você aceitar a derrota é só isso que vai conseguir." - Desafiando Gigantes

Olá, capítulo novo na área!

Boa leitura!!!

ȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹȹ

"São situações humanas, aqueles momentos entre nós. As idas e vindas das quais não entendemos nada depois. [...] Estar-se bem ou não pode depender dos dias da nostalgia que tenho."

Cose Della Vita - Eros Ramazzotti

Nicholas 

     Eu estava feliz com o rumo das coisas.

     'Feliz', essa palavra há muito tinha saído do meu vocabulário. Mas as coisas com a Lívia eram assim: ela me causava sensações que eu já não lembrava mais, gosta de momentos simples e coisas simples exatamente como tem de ser de agora em diante.

     A moça é incrível, tem um universo dentro dela. O melhor de tudo foi vê-la com o cabelo bagunçado e mal humorada pela manhã.

     Minha mãe conduz a cadeira de rodas para fora do quarto e nos deparamos com o pai da Lívia na sala. Não importava o quanto eu pedisse internamente à todos os deuses para que ele não viesse falar conosco, as preces não foram ouvidas.

     − Bom dia! – Ele sorri amistoso, mas não posso esquecer que de amigo não tem nada, afinal está estampado no rosto dele que quer falar sobre a filha.

     − Bom dia! – Ouço a voz alegre da minha mãe atrás da cadeira, mas não coloco a educação que me foi dada em prática.

     − Pode nos dar licença? Precisamos conversar. – Ele fala olhando acima da minha cabeça então sei que se dirige à minha mãe.

     − O senhor só esqueceu-se de me perguntar se EU quero conversar.

     − Nicholas, isso é jeito de falar com o homem? Tenha modos, estamos na casa dele! – Dona Helene ralha.

     − Tudo bem, ele tem razão. A conversa é de conteúdo importante então pensei que não fosse recusar. – Ele fala sobre mim na terceira pessoa embora me olhasse, agora tentando disfarçar a raiva que continha. Eu já podia até imaginar, ele tem sido muito previsível.

     − Já que não tenho escolha... – Dou de ombros, pelo menos esse movimento eu ainda podia fazer. Minha mãe se põe em meu campo de visão a tempo que eu veja sua cara de surpresa pela resposta do senhor Theodoro.

     − Não, não tem! – Abro um sorriso satisfeito, ele é uma das poucas pessoas com quem não tenho convívio que não me trata com delicadeza e isso é muito bom, mesmo vindo do meu possível sogro ranzinza.

     − Do que se trata essa conversa tão séria? – Falo com deboche uma vez que não há mais ninguém na sala além de nós dois e ele posiciona minha cadeira de frente para o sofá.

     − Vou começar falando que você é mais parecido comigo do que eu gostaria, seu mimado egoísta. Eu quero tirar a limpo esse seu envolvimento com a Lív. Minha única filha chora constantemente e em noventa e cinco por cento dos casos o motivo é você.

     − Desconheço essas estatísticas, senhor! – Eu estava disposto a aceitar o desafio de enfrentar "meu sogro"; queria saber onde ele queria chegar com essa conversa importante.