Capítulo 7 - Calmaria

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 Boa leitura!!!

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"Ninguém sabe o que vai acontecer no próximo minuto, e mesmo assim as pessoas andam para frente. Porque confiam. Porque têm fé."

Paulo Coelho

Rafael

     Fico pensando nas palavras de Gabriel

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     Fico pensando nas palavras de Gabriel. Com certeza será muito difícil lidar com essa situação. Eu gostaria de estar no lugar do Nick para não vê-lo sofrer. Lembro-me das muitas vezes que precisei defendê-lo quando era pequeno. Ele se metia em muitas confusões e algumas porque os colegas implicavam com a deficiência do irmão – no caso eu.

     Eu era uma criança muito agressiva, e as crianças só contribuíam cada vez mais pra isso, pois não eram ensinadas a aceitar o que era diferente. Passei muito tempo sozinho e os poucos que se aproximavam eram pra dizerem ou fazerem brincadeiras preconceituosas. 

     Sempre estudei em escola comum em parceria com a escola especializada. Para que eu pudesse extrapolar a raiva meu pai me inscreveu nas artes marciais e me ajudou a perceber que não valia a pena gastar energia com coisas banais como as brincadeiras. Ele me ensinou a manter o foco no meu desenvolvimento e encontrar a paz interior.

     No momento em que alcancei a calmaria e deixei claro que as piadas não me afetavam eu cresci internamente, como pessoa. Gabriel foi fazer as aulas de luta comigo mais nosso afastamento o impediu de prosseguir. 

     Posteriormente conheci meus verdadeiros amigos e a minha namorada – prima de um deles. Agora sempre que tenho um problema complexo tento respirar fundo e procurar a calmaria dentro de mim, porque afinal a vida continua independente dos problemas.

     Eu e o Nicholas somos bem próximos e saber que sua vida foi bruscamente modificada me causa muita dor. Quase não consegui me concentrar no trabalho por esses dias, felizmente produzi um trabalho de qualidade para os espanhóis e conclui algumas outras pendências. 

     Percebo que meu irmão olha-me de soslaio então tomo uma atitude porque não posso ficar nesse sofá pra sempre. Aliás, não percebi o tempo passar, pois parece que fiquei sentado por horas. 

     − Posso ver o Nick? – Pergunto ao meu irmão e levanto do sofá sem esperar a resposta. Ele também levanta e se põe a minha frente.

     − Eu acho que ele já foi para o quarto. Vou me informar. – Ele saca o telefone do bolso e digita algo colocando no ouvido em seguida.

     Eu me dirijo ao banheiro, preciso tirar essa aparência horrível de pesar do meu rosto. Lavo meu rosto várias vezes e faço um exercício de respiração para que a paz e a tranquilidade invadam o meu ser. Não vou mudar nada do que aconteceu se ficar nervoso e abatido então escolho mostrar um semblante calmo para Nick. 

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora