Sinopse: E se você tivesse sua vida roubada de si mesmo, somente por ser leal a quem ama?
Nicholas achou que havia encontrado um amor para a vida toda; a garota dos seus sonhos. Até que um evento inesperado muda drasticamente a sua vida.
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Para celebrar as mais de 1.000 leituras vou lançar um desafio. Se esse capítulo tiver 15 votos (estrelinhas) ou mais, eu libero o próximo capítulo antes de sábado.
Boa leitura!!!
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"Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração."
Clarice Lispector
William
Levanto da cadeira e sigo para a sala. Vejo Giulia com a Anna no sofá.
− Vovô! – Ela grita e corre na minha direção enquanto a Giulia acena com a cabeça para Arnaldo que desce as escadas. Pego minha netinha no ar e a encho de beijos.
− Gabriel veio? – Questiono minha nora. Ela afirma que sim. – Onde ele está?
− No quarto do Nick, acho que ele não está muito bem e Gabriel preferiu conversar com ele a sós. Por isso estou aqui. - Ela retruca com seu sotaque italiano carregado e encaramos o cuidador que se aproxima lentamente.
− Eu agradeço por seus serviços prestados, senhor Arnaldo. Espero que dê tudo certo para o senhor. Te acompanho até a porta. – Ponho a Anna no chão e vou em direção a porta fazendo questão de abri-la. Ele passa pela porta derrotado. Giulia olha com curiosidade para a porta que fechei atrás de Arnaldo.
− Acabei de dispensar o cuidador, na verdade o Nick fez isso. – Falo pegando o interfone da sala. – Seu José? Arnaldo está descendo aí para ir embora, ele não tem mais autorização para subir. Obrigado.
− Acho que no fundo o Nick não gostava muito dele. – Ela diz risonha. Apenas balanço a cabeça em confirmação.
Subo as escadas e entro no quarto sem bater. Eu vejo meu filho deitado ainda mais retraído do que ele já esteve nesses últimos três anos. As palavras de Arnaldo pesaram sobre ele.
Faço menção de ir até a cama abraçá-lo, mas Helene me intercepta no meio do caminho. O quarto é grande o bastante para Nicholas se movimentar com a cadeira, na verdade é o maior quarto da casa.
− Eu só pedi para o Arnaldo não deixar Nicholas se acomodar, queria que ele persuadisse o meu filho e não o obrigasse a fazer algo.
− Tudo bem, meu amor. Eu entendo. – Beijo sua testa. – Gostaria de ficar um pouco a sós com ele. Toco no ombro de Gabriel que também se aproximou. Sei que ele está preocupado com a mãe.
Todos saem do quarto e eu peço a Nick que me conte, com detalhes, o que aconteceu nesse dia. Ele abre o jogo e revela como também está chateado com a mãe.
− Filho! – Chego mais perto sentando ao lado dele na cama. – Ela é a sua mãe e só quer o melhor para você. Perdoe-a por não ter te consultado nessa decisão.
− Ela me traiu, pai, minha própria mãe. – As lágrimas se acumulavam nos seus olhos, mas eu sabia que ele era muito orgulhoso para chorar na frente de alguém.
− Não, ela apenas não pensou direito, mas tinha a melhor das intenções. Nicholas, não leve as coisas ruins para o coração.
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