Capítulo 91 - O tempo não para

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Oi xuxus, vocês estão bem? Ansiosos para saber como será esse final? 

Este é o capítulo decisivo. Por favor, comentem bastante e não me odeiem. Fiquem comigo até o final dessa história.

Boa leitura!!!

"O grande paradoxo da morte, é que em um único momento ela separa e une pessoas."

Cristiano, filósofo

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Nicholas

     Eu conhecia bem a Lívia para saber que ela estava confiando desconfiando em todos nós. O jeito como andava e como ficava colocando cachos de cabelo para atrás da orelha quando estava receosa a denunciavam. Acho que não tenho nada melhor para fazer a não ser prestar atenção em cada detalhe dessa menina mulher.

     A princesa Disney estava se afastando pelo caminho de neve e meu coração acelerava a cada passo que ela dava, a cada passo que ficava mais distante de mim. Sinto uma mão macia pousando em meu ombro enquanto apreciava os fios lisos da ruiva voando com o vento, e ouço a voz da minha mãe:

     − Filho, é melhor...

     − Vamos, está na hora! – interrompo-a.

     Parei diante do meu amigo de longa data, eu estava triste com a minha decisão, mas não poderia viver desse jeito.

     − Samuel, eu...

     − Espero que essa roupa e tudo o mais estejam bem limpos para te dar o último abraço. – Ele me interrompe e diz as palavras mais duras que já ouvi de sua boca. – Vai em paz Nicholas, o Rodrigo e eu ficaremos aqui tentando seguir em frente. Se houver algo que eu possa fazer me deixe saber, irei correndo até a clínica se for preciso. Mas se não há vamos selar o fim da nossa amizade bem aqui nessa calçada gelada. Adeus!

     Não pude evitar que algumas lágrimas rolassem, eu sabia que ele estava com raiva, eu estava praticamente traindo o Samuel e também o Rodrigo. Meu amigo saiu me dando as costas sem que eu tivesse a chance de dizer algo.

     A clínica não era muito longe do hotel em que nos hospedamos, apenas cerca de vinte minutos de carro

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     A clínica não era muito longe do hotel em que nos hospedamos, apenas cerca de vinte minutos de carro. Pedi para que meu irmão usasse o GPS. Enquanto a Giulia não parava de chorar ao lado do marido no banco da frente, eu estava ladeado por meus pais que seguravam meus braços como que agarrados a uma tábua de salvação. Meu pai estava calado, triste, enquanto a mamãe chorava em silêncio.

     O Gabriel dirigiu o carro alugado até o meu destino final, o prédio em questão era uma construção simples de cor azul com algumas árvores cercando-o, um símbolo de paz e tranquilidade.

     Entramos na recepção depois de eu ser acomodado na cadeira de rodas, e apesar da dor que eu sentia pela separação iminente de meus queridos, estava decidido e certo de que essa era a última vez que usaria o objeto em questão. Não seria apenas o término da minha vida, mas também o alívio para todos que cuidavam e se preocupavam comigo.

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora