Capítulo 13 - Equívoco

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Olá, queridos leitores.

Bom fim de semana!

Boa leitura!!!

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"Passado é lição para refletir, não para repetir."

Nicholas

     Ainda estou perdido no meio dessa sala, desse ambiente estranho que não me faz sentir em casa.

     Olho incrédulo para o sofá que custa uma fortuna, não acredito que minha mãe comprou esse sofá. Eu lembro do dia que estava com ela na loja enquanto a mesma ficava namorando o bendito sofá e eu dizendo que era um gasto desnecessário.

     − Oh! Meu menino. – Dona Tereza surge de não sei onde e vem em minha direção com os braços abertos. Será que ela pensa que farei o mesmo? Será que ela sabe? – Senti tanto a sua falta!

     − Eu também senti. – Falo sorrindo fraco e tentando ser simpático. Ela tem cheiro de temperos e de muitas lembranças. A verdade é que senti muita falta dela e da sua comida.

     − Fiz sua comida favorita. Risoto de Alcachofra com brie e maminha assada com manjericão.

     Ela não sabe, mas qualquer coisa que ela faça é a minha favorita desde que não envolva nada doce. Quando ela tentou fazer algo diferente e fez a comida em questão para me agradar e eu elogiei porque realmente estava bom, se tornou oficialmente a minha favorita.

     − Obrigado, Tetê. Não estou com fome.

     − Ah! Não faça essa desfeita. – Finge aborrecimento.

     − Tudo bem, só um pouquinho então. Pode deixar lá no meu quarto? Vou fazer o que mais tenho feito nesses últimos meses: dormir. – Ela sorrir e confirma desaparecendo novamente.

     Quanto mais eu durmo mais cansado fico e quanto mais cansado fico mais durmo. Sem falar na tal dor neuropática; não sei como é possível não sentir nada e ao mesmo tempo sentir dores.

     − Quero ir para o meu quarto! Onde fica? – Pergunto a ninguém em particular, fazendo uma careta de dor.

     − Lá em cima, meu filho. Está sentindo alguma coisa? – Ele é muito observador. Eu balanço a cabeça positivamente e olho para as escadas sem acreditar. Acho que novamente vou ser carregado igual uma criança pequena. Meus pais trocam um olhar cúmplice que eu não entendo. – Vou tirar as malas do carro. Sua mãe e os meninos vão com você.

     − Eu vou com o senhor. – Rodrigo se adianta. 

     Eles dão as costas e percebo alguém empurrar a cadeira para trás das escadas, não na direção delas.

     − Ali atrás há um pequeno elevador. – Ouço a voz de Samuel. Em minha opinião parece mais uma plataforma móvel do que um elevador. Subimos para o topo das escadas e vejo que ao lado do tal elevador há mais um lance de escadas em formato de 'L'.

     − Nesse andar ficam os quartos, tanto os de hóspedes quanto o seu e de seus pais. − Olho para o corredor com seis portas sendo duas do lado direito, três do lado esquerdo e uma a frente. – Essa porta de frente é o banheiro social. Lá em cima tem uma área de laz...

     − Podemos ir para o quarto agora, Samuca? Estou com muitas dores.

     − Tudo bem, desculpa.

     Ele me guia para a última porta do lado esquerdo do corredor. Quando entramos minha mãe já está ajeitando almofadas na cama. É uma cama de hospital e isso me deixa mais pra baixo ainda.

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora