Capítulo 138 - Edmond Dantès nove

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"Hou Shufen, mulher, cinquenta e três anos, etnia Han. - Qual é a sua relação com Yin Ping?"



"Ele... ele é meu velho."



"Eu vejo. Você e Yin Ping são marido e mulher. Você conhece o irmão mais velho de Yin Ping, Yin Chao?"



A mulher assentiu silenciosamente.



"Você sabia que Yin Chao pode estar morto e o assassino pode ser seu marido Yin Ping?"



A mulher ergueu a cabeça aterrorizada, olhando para o policial criminal que a questionava. Seus olhos, pressionados para baixo por pálpebras tão flácidas, apenas uma fenda permaneceu, pareciam confusos e perplexos, mas não houve choque.



O policial olhou fixamente para ela, repetiu a pergunta e ergueu ligeiramente a voz. "Hou Shufen, você está sendo questionada."



As mãos da mulher estavam entrelaçadas, cavando descuidadamente em suas frieiras. Ela disse, hesitante: "Ele nunca me disse nada."



"Eu não perguntei se ele te contou alguma coisa." O policial criminal que a questionou tinha visto de tudo. Ele podia ouvir que ela estava evitando a pergunta. "Eu perguntei se você sabia que seu marido pode ter matado alguém. Pense nisso e depois responda. Este é um escritório de segurança pública."



A mulher tremia de medo, evitando o olhar do policial criminal, baixando os olhos e fitando seus próprios sapatos de pano manchados. Ela se mexeu de um lado para o outro por um momento, incapaz de ficar parada. "...Houve um tempo em que ele tinha muitos pesadelos. Ele sempre acordava gritando no meio da noite, gritando coisas sem sentido..."



"Gritando o quê?"



"Gritar coisas como 'Não me incomode' e 'Yin Chao, seu espírito persistente'. Morávamos em uma casa e tínhamos nosso próprio quintal. Havia duas grandes árvores escolares perto do portão, quase totalmente crescidas. Como um louco, ele insistiu em eliminá-las. E cortá-las não foi suficiente. Ele encontrou alguém para desenterrar as raízes, depois vendeu a madeira por uma bagatela. Ninguém poderia dissuadi-lo ...Ele disse que aquelas árvores não eram auspiciosas, que o estavam restringindo. Senti que algo estava um pouco estranho então..."



"Você só sentiu que estava estranho?" o policial perguntou incrédulo.



O queixo da mulher tocou seu peito. Apenas o verticilo no topo de sua cabeça apareceu. Seu cabelo era ralo e seu couro cabeludo era pálido como a morte. Havia caspa feia nos cabelos. Depois de um longo silêncio, ela repetiu vagamente: "Ele nunca me disse nada."






No banco do corredor do hospital, Luo Wenzhou terminou de assistir ao registro do interrogatório da esposa de Yin Ping. Ele fechou inexpressivamente o laptop sobre os joelhos. "Ele nunca me disse nada, então não sou cúmplice e não sou responsável. Eu apenas fechei meus olhos, tapei meus ouvidos, não pensei em nada, passei meus dias com firmeza. Eu estava compartilhando minha cama com um assassino? Deixe que ele seja o que quiser. Contanto que ele não seja preso, contanto que ele ainda possa ir trabalhar e ganhar seu salário e continuar como de costume, nada disso importa."



Tão simples e estúpido.



Lang Qiao estava ao lado dele. Ela se abaixou e disse baixinho: "A área para a qual Yin Ping estava correndo tem algumas árvores grandes de estudiosos. Investigamos cada um deles e encontramos um cadáver ao pé de uma das árvores. Os legistas no local tinham uma aparência rude. Eles acreditam que o falecido é um homem, na casa dos quarenta, com cerca de um metro e setenta e cinco de altura. A parte de trás de sua cabeça foi atingida várias vezes com um objeto contundente antes de sua morte. Informações concretas terão que esperar por materiais detalhados dos legistas, mas a julgar pelas informações que temos atualmente, todos pensamos que a pessoa enterrada sob a árvore é provavelmente Yin Chao.

Silent Reading (Mò dú By Priest) [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora