Mia
Vou até a parte de fora no frio mesmo, estou agasalhada e com um manto bem quente, está negando bastante e isso é legal, sempre quis brincar na neve, mas sempre que esfriava ficava doente, minha mãe não me deixava sair por medo que eu piorasse.
Mesmo hoje sendo independente preciso cuidar da minha saúde, isso é uma droga literalmente, tudo fica tão puro e inocente coberto de neve branca meio rosa claro, o inferno é muito estranho mesmo.
Arael —Mia, precisa de algo, um chocolate quente ou....— me viro e olho para o pescoço dele sem querer.
—desculpa.— falo voltando a me virar para neve.
Arael —posso te perguntar algo.— diz se aproximando de onde estou.— estou na sacada da varanda, o telhado não deixa a neve pegar na gente e isso é até um pouco chato.
—pode perguntar.— falo olhando Onix correndo atrás de um pequeno animal infernal, acho que esqueci de alimentar ela.
Arael —você parece não ficar muito confortável perto de mim.— diz olhando para mim.
—você também não parece muito confortável perto de mim.— falo e nós dois ficamos em silêncio por um tempo.
Arael —eu tenho medo, Mia. Medo de me apegar, corromper, me apaixonar. Sempre vou ficar meio na dúvida se me aproximo de você ou não.— diz me olhando.
—eu sei disso, esse é o motivo de não ficar confortável perto de você. Não quero passar dos limites, mas isso é difícil já que não costumo ter limites.— falo me preparando para entrar, pois o frio está invadindo as aberturas da roupa.
Vejo que Arael só segura minha mão e me abraça repentinamente, fico um pouco surpresa, mas só aproveito o abraço quente.
—Arael?— pergunto sem entender a ação dele.
Arael —se quer me morder pode, quero que fique saciada mestra.— diz e eu não contenho a vontade de morder levemente o pescoço dele.
Percebo que ele treme um pouco enquanto bebo seu sangue, quando paro de beber vejo que o olhar dele é como se estivesse contendo algo.
—doeu?— pergunto um pouco preocupada.
Arael —não.... Irei entrar.— diz passando por mim, vejo ele entrar na casa bem estranho.
Eu deveria parar de beber o sangue dele, pois ele sempre fica estranho depois, mas não quero fazer isso, o gosto do sangue dele é tão leve e bom de se engolir ao contrário do Dagon que é bem forte.
Chamo Onix para casa e entro junto com ela, a seco com uma toalha, pois seus pêlos estão todos molhados.
Passo pelos corredores e ouso o som do chuveiro ligado, a porta está entre aberta, acho que não faria mal dar uma olhada se não tem ninguém né? Pois a água da casa pode acabar.
Vou até a porta e dou uma olhada rápida, vejo que Arael está tomando um banho que parece ser de água fria, ele nem parece estar sentindo frio, fico meio impressionada ao ver que sua parte íntima parece ereta, pois está enorme.
Paro de olhar quando vejo que ele desliga o chuveiro, só corro de volta para o meu quarto e tranco a porta, por que toda vez que vejo essas coisas meu corpo aquece?
Arael
Sempre que ela me morde fico excitado e tenho que tomar banho de água fria, eu me sinto tão impuro por sentir esse tipo de coisa.
Escuto um som na porta do banheiro quando termino meu banho, vou até lá, mas não tem ninguém, a porta estre semi aberta, provavelmente esqueci de fechar, mas sinto que tem algo a mais, provavelmente é impressão.
Vou para o meu quarto e coloco uma roupa mais leve, pois preciso relaxar um pouco, ainda sinto meu corpo reagir a mordida dela.
(...)Já amanheceu, provavelmente Mia não quer ser acordada, mas preciso olhar para ver se ela está bem.
Vou para o quarto dela e bato na porta antes de entrar, vejo que ela está dormindo abraçada no travesseiro coberta por um edredom.
Pego o edredom de cima da Mia para cobrir ela direito, mas fico sem reação ao ver que ela está só de calcinha e sutiã, pensei que ela estivesse com frio e não com calor.
Respiro fundo e a cubro direito, pego outro cobertor e coloco por cima dela pois preciso previnir que ela pegue algum resfriado nesse frio.
Vejo que ela começar a rolar, acabo encostando na mão dela para ver se a acalma, mas ela só fica mais estranha como se estivesse tendo um pesadelo.
Mia —não...— diz com uma expressão de medo enquanto dorme.
Só decido acordar ela, pois parece que o sonho é bem ruim.
Balanço Mia um pouco e ela começa a despertar, logo depois fica com o rosto extremamente vermelho, só noto o motivo depois, boa parte do peito dela está amostra pois o sutiã soltou.
—sinto muitíssimo por ver você assim.— falo fechando os olhos.
Mia —sai....— diz se cobrindo com o edredom.
—certo.— falo saindo, estou me sentindo horrível por isso.
Dagon
As coisas só tem piorado aqui, as barreiras do inferno estão cada vez mais fracas, os demônios também estão enfraquecendo por causa da conexão infernal que todos temos com o submundo.
Se essas coisas estão acontecendo aqui provavelmente no céu está a mesma coisa, ficar na linha de frente matando anjos está me cansando, a família real infernal sabe de algo e não quer contar, estou ficando puto com isso, deveria ser o dever deles proteger o inferno a todo custo, mas não estão fazendo isso, aquele idiota do Dantalion não presta para ser rei.
Mato mais um anjo enquanto olho para o céu e vejo que tem mais vindo, só respiro fundo já cansado disso, esses anjos estão determinados a invadir de qualquer jeito pelo que parece, isso deixa as coisas muito mais suspeitas.
(...)Pelo que parece o rei entrou na linha de frente para proteger a entrada do inferno, isso me dá um tempo para relaxar um pouco.
Só tomo um banho enquanto vejo minha raposa ruiva passar shampoo no cabelo e nas caldas, agora entendo porque ela sempre tem que comprar shampoo.
Shokko é extremamente linda seca, mas molhada parece um gato que acabou de cair na água.
Vejo que ela está me olhando meio desconfortável, ela não gosta que eu a veja desse jeito.
Shokko —tem 15 banheiros nessa casa.— diz me olhando enquanto vai para debaixo do chuveiro.
—e os 15 são meus.— falo e ela fica quieta.
Shokko só volta a tomar banho em silêncio enquanto eu a olho se banhar.
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Meu Problemático Demônio
RomanceMia Nasci com uma destinação diferente, uma ligação de mestre e servo. Descobri quando criança que tenho um servo demônio, tudo seria normal se não tivesse que viver com ele no inferno, o pior é aturar o ódio dele por mim. (Continuação de Sequestra...