Mia
Eu já estou melhor, meus medos eu já consigo controlar e minhas inseguranças também. Consigo me manter bem, mas ainda me sinto sozinha.
Sam —tia Mia, eu tô com fome.— diz me olhando com seus olhos verdes meio azulados, o maldito do meu irmão adotivo deixou ele comigo para aproveitar a lua de mel com a Megan, os desgraçados casaram e nem avisaram ninguém, agora eu tenho que ficar fazendo favor.
—irei tentar preparar algo para você comer.— estou entendendo aprender a cozinhar para me distrair, desde pequena eu não aprendi a me alimentar sozinha então já é um avanço tentar cozinhar.
Sam —quero torrada com geleia, por favor tia.— eu não gosto de ser chamada de tia, me sinto velha.
—certo meu raio de sol.— falo pois ele é lourinho igual o pai.
Vou para cozinha, pego a torrada e a geleia para passar enquanto Sam está sentado na mesa esperando com um sorriso lindo no rosto, meu sobrinho é muito fofo.
(...)Assisto um filme com Sam no meu lado na cama, ele está fixado no filme de dragões, é extremamente fofo e calmo, mas ainda não sei como Sariel conseguiu criar um filho sozinho depois de perder a esposa.
Me pergunto como vai ser a vida da Eliza, deverá ser boa, ela vai ser rainha afinal de contas, vai mandar em tudo, terá vários empregados e professores gatos, vai andar a cavalo, ter uma biblioteca só dela e também vai ter o guardião moreno a protegendo sempre, ele é um gostoso.
Sam —tia Mia, como é a sua filha?— eu não acredito que Sariel contou a ele sofre isso.
—minha filha não está comigo, não tem por que querer saber.— falo querendo mudar de assunto enquanto fico tanto cafuné nos cabelos loiros dele.
Sam —só quero saber como minha prima é.— respiro fundo pois criança é muito curiosa mesmo
—ela tem olhos azuis e cabelo castanho claro, extremamente linda e pequena.— falo pensando em quando a segurei em meus braços.
Sam —sente muita saudade dela?— pergunta se virando na minha direção.
—sim, mas talvez ela esteja melhor no purgatório, vai ser rainha, provavelmente eu e Dagon seríamos pais horríveis.— falo pois não gosto de ter responsabilidade
Sam —eu acho que seria uma ótima mãe, é minha tia favorita.— só abro um sorriso com o comentário dele.
—eu sou sua única tia espertinho.— falo bagunçando o cabelo liso dele.
Sam —por que não pede para a cegonha te trazer outro bebê?— só começo a rir da pergunta dele, quem me dera fosse a cegonha que trazia os bebês, só de me lembrar da dor fico traumatizada e eu nem tive parto normal.
Só abro minha gaveta de doces e pego uma caixa de bombom, fico comendo besteiras com ele até Sariel chegar para buscar o filho.
(...)Eu parei de pensar no Dagon sempre, mas agora bateu uma saudade do corpo dele e da personalidade brava.
Escuto um som na varanda do quarto, vou até lá olhar, está chovendo bastante e o som dos trovões me deixa inquieta. Paro em frente a porta de vidro que está toda suja de sangue por causa da chuva incessante, destranco e abro devagar, vejo que é Dagon que está coberto de sangue por causa da chuva, provavelmente quando estava vindo o tempo estava bom, mas mudou do nada.
Dagon —não vai me deixar entrar?— pergunta parecendo estar sem muita paciência.
—não, até amanhã de manhã.— falo fechando a porta, mas não consigo trancar porque ele colocou o pé na frete.
Dagon —vou entrar mesmo assim.— diz vindo na direção da porta, só abro e deixo entrar, ele tem a maldita mania de quebrar de tudo.
Quando ele entra suja todo meu carpete azul claro de sangue, meu lindo quarto arrumado vai ficar todo manchado. Quase dou um grito quando ele puxa minha mão e me abraça esfregando seu corpo sujo em mim.
—o que pensa que está fazendo?!— falo brava tentando me afastar, mas ele só continua a me sujar.
Só começo a bater no peito dele quando me pega no colo e me leva para a varanda, sinto a chuva começar a cair em mim me sujando de carmesim.
Paro de gritar e reclamar pois agora estou completando suja de sangue.
Dagon me coloca no chão e fica olhando para minha cara de raiva.
—qual seu Problema?!— falo sem entender o motivo de estar fazendo isso.
Dagon —eu só te quero.— diz me olhando diretamente nos olhos.
Só vou na direção dele, fico na ponta dos pés e o beijo, ficamos nesse beijo longo e quente por bastante tempo, acabo escorregando para frente, caímos no chão, mas ele acaba amortecendo a minha queda.
Começo a rir ainda em cima dele que está me encarando fixamente.
Dagon —é raro ver você sorrindo, fica linda assim.— só paro de sorrir ao ouvir isso, me levanto rapidamente e corro novamente para meu quarto, mas ouço seus passos atrás de mim.
—tem como você parar, eu quero ser independente de você.— falo e ele puxa minha cintura e me prende em seus braços.
Dagon —eu acho que você já descobriu que consegue. Eu não posso continuar com isso, se não quer mais nada comigo diga, eu cansei te esperar você, isso me cansa e me irrita. Eu quero que Scarlett tenha uma família, eu não me importo em casar com uma demônia qualquer para Scarlett ter uma mãe, ela vai fazer dois anos e quando mais velha, mais difícil a adaptação.— quando ele diz isso sinto uma profunda dor no meu peito, as palavras dele doem.
(Colar —acho que ele esta falando sério, o olhar dele mostra isso)
Ele parece estar esperando eu falar algo, mas agora várias coisas estão passando na minha mente.
—é sempre por causa da sua filha.— falo o empurrando para longe de mim.
Dagon —não é, você é importante para mim da mesma forma que a Scarlett, tem que entender e parar de ser egoísta. Não posso pensar só em você, eu sou pai Mia.— diz abraçando minha cintura.
—eu gosto da sua filha, mas você sempre coloca ela no assunto nós.
Dagon —o que eu sinto por você mesmo sem sentimentos é forte, eu a desejo mais do que já desejei outra mulher na vida, eu só quero ver você agir como uma adulta uma vez, então diga logo o que quer.— o castanho soltou minha cintura e está somente a me olhar.
—eu quero você, desejo você, mas...— sou interrompida quando ele me beija e me leva para o banheiro.
Dagon —vamos conversar depois do banho, não consigo te levar a sério coberta de sangue.— só acabo aceitando pois estamos ridículos realmente.
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Meu Problemático Demônio
RomanceMia Nasci com uma destinação diferente, uma ligação de mestre e servo. Descobri quando criança que tenho um servo demônio, tudo seria normal se não tivesse que viver com ele no inferno, o pior é aturar o ódio dele por mim. (Continuação de Sequestra...