Mia
Só vôo até a casa do Ryu com um pouco de insegurança, pois várias coisas estão surgindo na minha cabeça que deveria estar vazia.
Só pouso no lugar Flórido, o cheiro doce e as flores rosa são lindas, a cachoeira da um ar de paraíso.
(Colar —eu casava com o ruivo e vivia aqui de boa.) Eu não perguntei.
Só vejo a mansão logo a cima, toda de madeira, pelo menos parece ser. Subo com calma pois tem um pequeno morro antes.
Quando chego em frente a porta fico em tempo parada tentando pensar no que estou fazendo...
Respiro fundo pegando coragem, bato três vezes, mas ninguém atende, coloco minha mão na maçaneta e viro, a porta se abre, entro no lugar que parece estar vazio mesmo com as luzes acesas. Caminho pela casa, mas parece não ter ninguém mesmo, quando estou prestes a sair sinto um cheiro de queimado na parte de cima, subo as escadas e sigo o cheiro, chego até uma cozinha, vejo o ruivo tirando um bolo de chocolate queimado de dentro do forno.
Ryu —desculpa não ter recebido você, queria fazer algo, mas não sei cozinhar.— diz todo sujo de farinha, tem chantilly na bochecha dele, a visão é divertida e atraente.
—por que não chamou algum empregado, é um dos protetores do inferno, é importante.
Ryu —eu não costumo ficar muito na forma humana e quando fico não estou em casa, tenho pessoas para limparem a casa uma vez por semana e é o suficiente, mas como chamei você para almoçar queria fazer algo, sinto muito por isso.
—tudo bem eu não me importo.— falo indo na direção dele, pego um paninho em cima da mesa e limpo seu rosto.
Ryu —esta linda com o vestido que dei a você.— diz fascinado em mim.
—não é a única coisa que você me deu que estou a usar agora.— falo com um pouco de vergonha, vejo que ele fica sem acreditar por um tempo.
Ryu —eu estava só brincando, mas agora não vai sair da minha cabeça saber como está por baixo da roupa.— diz virando o rosto para eu não ver o olhar dele.
—será melhor assim, agora estamos com pensamentos iguais.— falo com um sorriso brincalhão e ele dá um meio sorriso.
Vejo o ruivo ir a geladeira, ele pega um champanhe e alguns petiscos no armário.
Ryu abre a tampa do champanhe com o mínimo de esforço, serve a bebida e pega um prato para os petiscos.
—eu ainda quero um pedaço do bolo de chocolate.— falo e ele fica sem entender.
Ryu —mas ele está queimado.
—eu gosto de bolo um pouco queimado, sempre tive um paladar estranho para comida.— vejo ele partir um pedaço para mim, coloca em um prato e eu como enquanto bebo champanhe.
Ryu —eu preciso saber se está aqui pela sua vontade ou pela da sua mãe.— paro de comer quando ele pergunta isso.
—no primeiro encontro foi pela vontade dela, mas agora é minha.— falo encarando os olhos verdes dele.
Ryu —ainda ama o Dagon não é?— ele está me olhando um pouco sério.
—eu não sei o que aconteceu comigo, desde o dia que fui sequestrada não consigo mais confiar em ninguém, nem mesmo quero ter algum vínculo que me prenda a algo ou alguém. Eu até estava me recuperando, mas depois que minha filha foi levada parei de sentir, eu não sei explicar, me sinto melhor sozinha agora, tenho medo de perder alguém importante novamente.— falo olhando o bolo que ele fez para mim enquanto fico mexendo o garfo.
Só escuto ele a respirar fundo, quando o olho novamente vejo que está estranho.
Ryu —eu preciso te falar algo já que se abriu comigo. Eu tô morrendo.— só engasgo com o bolo ao ouvir isso.
—você está brincando né?— pergunto incrédula.
Ryu —infelizmente não, meu tempo de vida está acabando.— diz com um olhar que não consigo decifrar.
—então por que se aproximou de mim? Por que quer me pedir em casamento?— pergunto sem entender.
Ryu —eu nunca tive a chance de ser feliz, queria me aproximar mais de você, pois realmente me fascinou. Eu ia te contar no terceiro jantar, mas já que parece que está quebrada o suficiente só posso pedir desculpas por fazer você poder seu tempo.— fico sem saber o que falar ou fazer, mas e o futuro que minha vó viu?
—eu posso tocar em você?— pergunto pois quero ver o futuro.
Ryu —não vejo problema.— só vou até ele e tiro minha luva, toco em sua mão e fecho os olhos.
Só vejo eu e ele deitados na cama com três crianças ruivas que parecem ter 5 anos, acho que são trigêmeos.
Só para de tocar nele e volto para minha mesa ainda incrédula com tudo que vi.
Ryu —parece assustada, viu algo ruim.— acho melhor não dizer nada.
—não exatamente, quantos anos você tem de vida? Me desculpa se estou sendo indelicada.— falo meio insegura de verdade agora.
Ryu — 8 anos no mínimo e 10 no máximo.— só respiro fundo pois o clima ficou tão pesado.
—eu nem sei o que dizer, eu não imaginava essa situação.— falo e ele apenas dá um meio sorriso.
Ryu —eu não vou ficar magoado se for embora, não quero te machucar, também não quero que tenha pena de mim. Eu vivi por milhares de anos, mas é a primeira mulher que eu quis tanto.— fico meio corada com a parte final.
Só vou na direção dele tentando não pensar muito, eu ainda gosto dele, ele ainda me deixa com tesão, e eu ainda estou de lingerie e depilada, olha que eu quase nunca deixo minha flor lisinha.
—essa notícia me afetou, mas ainda quero passar a noite aqui e com você.... Eu quero dizer que....— antes que eu termine ele só coloca uma das mãos na minha cintura me puxando para seus braços, meu coração dispara enquanto sinto os lábios dele nos meus, seu gosto de menta é bom.
Só levo um leve susto quando ele me pega no colo sem avisar e me leva pelos corredores como se eu fosse uma folha de papel.
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Meu Problemático Demônio
RomanceMia Nasci com uma destinação diferente, uma ligação de mestre e servo. Descobri quando criança que tenho um servo demônio, tudo seria normal se não tivesse que viver com ele no inferno, o pior é aturar o ódio dele por mim. (Continuação de Sequestra...