Capítulo 59

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Mia

Não consigo deixar de ficar vermelha por estar na banheira com o Dagon, ele está grudado em mim.

Dagon —relaxa um pouco.— diz apoiando minha cabeça no peitoral dele.

—eu quero dormir.— falo ainda desacreditada no fato de termos feito hoje, não sei se a noite se classifica como amor pelos beijos ou só sexo.

Vejo ele apertar o botão para esvaziar a banheira, quando está completamente vazia ele se levanta e vai  até o armário do banheiro.

—o que está fazendo?— pergunto o olhando.

Dagon —pegando uma pomada anestésica, vai precisar para amanhã não acordar assada.— paro de olhar para ele no mesmo momento que diz isso, por que parece que ele está me tratando como uma garota frágil? O tom de voz dele está dizendo isso, ficou mais calmo e prestativo e isso é absolutamente estranho.

Vejo que ele vem em minha direção, o castanho fica me olhando por um tempo, parece estar esperando eu fazer alguma coisa.

Dagon —Mia, abre as pernas.— só faço isso sem olhar para ele.

Sinto seus dedos passarem o remédio em volta e dentro da minha intimidade, sinto um pouquinho de desconforto agora pois parece super sensível e está doendo um pouquinho.

Quando Dagon termina de passar o anestésico não sinto mais nada, levanto da banheira e ele me entrega a toalha.

Saímos do banheiro juntos, vejo que a cama que tínhamos acabado de.... está toda arrumada e parece que trocaram os lençóis, fico com vergonha só de pensar que as empregadas viram o sangue.....

Olho para o cômodo do quarto e vejo que deixaram roupas de dormir e roupas normais para amanhã. Pego o vestido meio transparente para dormir, pois estou com calor ainda, Dagon só colocou uma cueca box..... Essa visão é tão boa, o castanho semi nu com o cabelo molhado e bagunçado, tão sexy.

Pego meu colar na gaveta pois tenho medo de esquecer amanhã.

(Colar —você é uma ingrata mal agradecida, me trancou dentro da cômoda enquanto transava, sabe o quão desconfortável foi ficar ouvindo tudo, você chamando ele de gostoso, depois ouvir você gemendo o nome dele...) Eu não queria estar ouvindo isso.

—não tem possibilidade de eu engravidar né?— falo lembrando de sensação de algo quente dentro do meu ventre.

Dagon —não, o remédio que tomou é feito para mestiças como você e tem  99% de eficácia.— mas ainda tem 1% de falha....

—e esses 1%?— pergunto e ele só me olha.

Dagon —esse um não significa gravidez, Mia, significa outra coisa.— como assim outra coisa?

(Colar —vai dormir, é três da manhã.)

Deito na cama ao lado do Dagon com um pouco de vergonha.

Dagon

Só fico olhando Mia deitar ao meu lado, ela parece com vergonha pois o rosto dela ainda permanece vermelho igual um tomate.

Está bem fofa assim, o que mais me impressiona é a forma que ela mudou de personalidade quando íamos transar, as vezes sem decisão, em outras horas é ela que toma iniciativa.

Não consigo deixar de olhar para o rosto dela e isso está me causando muito incômodo, as memórias que eu tentei apagar voltaram e eu não consigo mais olhar para a Mia sem pensar em outra pessoa.

Mia —Dagon.... eu te amo.— fico sem reação alguma ao ouvir isso, logo depois te dizer isso ela se vira para dormir.

Por que ela disse isso sabendo que não irei  responder? Por que ela é assim?

Talvez ela só não consiga prender isso para si mesma, mas agora quem vai ter uma noite ruim sou eu.

Tranco a porta do quarto com meu poder te controlar as coisas a minha volta, desligo a luz do abajur e fico olhando o teto por um tempo.

Já se passou algum tempo e finalmente o sono está mais forte, só vejo Mia se virar na minha direção, ela rola bastante enquanto dorme.

Só coloca a cabeça dela em cima do meu peito e a abraço, pois sempre que faço isso ela para de se mover e sossega em um lugar só.
(...)
(...)
(...)
(...)

Mia

Acordo um uma leve dor na barriga, eu devia ter levado os avisos das concubinas a sério, ele me fudeu até me deixar toda dolorida, mesmo com a pomada que ele passou ainda me sinto assada.

Quando me viro não vejo ninguém no meu lado, Dagon não pode ter feito isso comigo...

Eu sei que para ele não passou de sexo, mas pensei que ele teria um pingo de educação de me acordar antes de sair.

Me levanto da cama cheia de inseguranças, todos vão saber que eu transei quando sair daqui....

(Colar —ele foi muito bruto para você estar toda dolorida?) Eu não acho que ele tenha sido bruto, o fato é que o membro dele é enorme e grosso.

Escuto a porta do banheiro abrir, Dagon está escovando os dentes e me olhando, esse deus grego é tão gostoso...

(Colar —se controla garota, você está toda fodida, não vai aguentar outra rodada não.)

Vejo que ele para de me olhar, parece estar querendo me evitar.

Eu tenho que colocar na minha cabeça que foi só uma noite te sexo, não significou nada para ele.

Só me recomponho, pois não quero me machucar mesmo sabendo que isso é algo impossível de não acontecer.

—eu já vou.— falo me levantando.

Dagon —....ei, esquece.— diz voltando para dentro do banheiro.
(...)

Volto para o castelo da minha mãe, passo por todos sem olhar diretamente nos olhos pois sinto que todos estão me olhando, estou com extrema vergonha.

Quando entro na sala de estar do castelo só ouso o som de champanhe sendo aberto, todo mundo da minha família está aqui, manos meu pai é claro.

Minha mãe e minha vó estão segurando champanhe que acabaram de abrir, eu não acredito que elas tiveram a audácia de fazer isso comigo.

Megan —A Mia agora ser uma mulher adulta.— diz levantando a taça enquanto ri.

Sariel —isso é muita maldade...— diz no sofá.

Sarah —e aí filha, como foi?— pergunta me olhando e eu só sinto meu rosto  queimar de vergonha.

Só saio dali imediatamente, pois estou sentindo como se fosse morrer do coração.

(Colar —você tem que pensar no lado delas também, ficou tanto tempo encalhada que é algo para se comemorar.) Só subo as escadas para o meu quarto sem dizer nada.

Meu Problemático DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora