Capítulo 90

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Mia

Acordo com um empregado batendo na porta do quarto, só mandei entrar com muita preguiça de levantar da cama, eu tô muito emocional ultimamente, a médica mandou eu ficar de repouso e sem sexo por pelo menos dois meses.

Empregado —senhorita, sua mãe está aqui com um monte de presentes.— só me levanto desanima.

—pode mandar ela vir no quarto?— falo e logo depois ele sai.

Estou começando a ficar enjoada e com tonturas frequentes, nesse estado não vou nem conseguir me proteger, Atalus está morto, mas agora que estou tomando conta do décimo nível infernal precisarei lutar, não quero abdicar da responsabilidade.

Vejo minha mãe entrar no quarto com uma cesta de roupinhas de bebê de várias cores, ela senta na cama toda animada.

Sarah —eu nem acredito que vou ser vó.— diz toda feliz com um sorriso enorme no rosto.

Eu não contei para ninguém além do Dagon sobre a gravidez, queria saber como ela descobriu.

—como você.....

Sarah —sua vó Larah me contou, eu trouxe suas roupinhas de quando era bebezinha, seu pai que te deu de presente.— diz mostrando as roupinhas rosas e azuis, eu as vezes esqueço que minha vó pode ver o futuro.

—eu não vou ficar com a criança, se esqueceu que prometi entregar meu filho ao purgatório?— falo enquanto vejo ela parar de sorrir.

Sarah —você pode entregar o segundo filho, esse é o seu primeiro, vai doer demais.— parece que quer muito que eu fique com a criança, mas...

—eu não quero ser mãe, sou nova demais e tenho um futuro pela frente.

Sarah —se é isso que quer, mas já pensou que o Asura vai ser só dois anos mais velho que o Sobrinho?— seria bem estranho.
(...)

Minha mãe ficou comigo o dia inteirinho, mas já vai embora.

Caio para trás na cama,  eu sinto falta de Dagon, dos braços fortes dele em volta de mim, do cheiro dele, de tudo....

(Colar —pelo amor de deus, não vai chorar né? Sei que é os hormônios, mas se controla.) Eu queria tanto poder me controlar, mas agora não consigo.
(...)

Quanto mais semanas se passam mais eu fico enjoada e com dores no corpo, eu tô odiando demais isso.

Fico olhando a porta até ver ela sendo aberta  com um chute, tô deitada na cama mais nem me impressiono mais com nada por causa da preguiça que a gravidez me causa.

Só vejo Dagon entrar no quarto, está olhando para mim enquanto parece esperar eu demostrar alguma coisa.

—o que está fazendo aqui?— pergunto ainda deitada na cama.

Dagon —eu vim  te levar comigo, vai ser minha mulher e mãe da minha filha, Scarlett quer que seja mãe dela então você será.— eu não acredito que estou ouvindo isso.

—você não manda em mim.— falo me virando.

Dagon —acho que se esqueceu que não é mais minha mestra, eu sou o demônio mais forte do inferno e se digo que será mãe da Scarlett você será.— só ignoro e abraço o travesseiro, nunca vou conseguir levar ele a sério.

—olha, é bom saber que se importa com sua filha, mas mesmo me ameaçando não vou sair daqui, estou de repouso por causa da gravidez e eu sinceramente não me sinto bem olhando para você.— falo, mas so vejo ele vir na minha direção, provavelmente vai me pegar no colo ou tacar no ombro.

Dagon —eu não quero meus sentimentos de volta, mas desejo você, quero que seja minha parceira, eu sei que te amava e ainda não me acostumei a viver sem você então será minha mulher.— ele está agindo como um legítimo demônio machista.

—só está faltando dizer que irei te servir, cozinhar para você e ser mãe dos seus futuros filhos.— falo calmamente pois estou tentando não me irritar.

Dagon —mas já está gerando um futuro filho meu.— só respiro fundo, pois estou começando a ficar irritada..

—se quer me levar para seu castelo e cuidar de mim como empregado tudo bem, não estou em condições de me proteger mesmo.— falo tentando ver um lado positivo.

Dagon simplesmente senta na cama no meu lado e passa a mão no meu cabelo, está olhando diretamente nos meus olhos.

—o que está fazendo carneirinho.— falo e ele só parece se controlar para não ficar bravo.

Dagon —se parar de me chamar disso podemos  tentar ser uma família, eu quero você ao meu lado e quero que Scarlett tenha uma infância normal. Pirralha, eu quero cuidar de você.— eu não entendo porque mudou de opinião sobre tudo, ele continua um pouco frio, mas parece estar tentando se importar.

—eu só queria que você  tivesse um pedacinho de alma.— falo e vejo ele respirar fundo.

Dagon —posso tentar pensar nisso, mas me deixa cuidar de você, está grávida e essa é minha obrigação no mínimo.— pelo menos tem bom senso.

—tudo bem.— falo olhando para seus olhos.

Só deixo ele me pegar no colo e me levar para fora da minha casa.

Meu Problemático DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora