Meu Problemático Demônio

Capítulo 65

Mia

Termino de matar alguns monstros infernais, preciso voltar a treinar, a ser a antiga eu que só pensava em mim, no meu futuro grandioso, em ser importante.

(Colar —não quer conversar? Sinto que está meio vazia por dentro, parece estar guardando muitas coisas na sua mente.)

Como se ela não podesse ver minha mente.

Mato o grande monstro infernal e pego o coração dele para fazer meu almoço, abro minhas asas e vôo de volta para o castelo, no caminho vejo Arael no jardim, ele está brincando com a Onix, queria poder brincar com ela, mas as responsabilidades do reino estão caindo em cima de mim, já que o Lion e minha mãe não voltarem de sei la onde foram.

Quando chego no castelo só ouso meu irmãozinho chorando sem parar, acho que está sentindo falta dos pais, Niram está tentando dar comida para ele, mas o pirralho não quer.

Niram —senhorita, você precisa fazer alguma coisa sobre essa situação.— eu tô tentando, já enviei guardas, mas não encontraram nenhuma pista.

—se acha mesmo que eu não tô fazendo nada?— falo ficando um pouco irritada, não tô tento um único dia de paz.

(Colar —você precisa se acalmar, sei que nesse situação é impossível, mas...)

Coloco o coração

—Niram, manda chamar o Kailan e o Bel.— falo pegando meu irmão no colo.

Niram —senhorita, você está cheia de sangue, vai sujar o príncipe assim.— só ignoro e vou para o banheiro,  vou dar um banho nele e me banhar também.

(Colar —eu tenho pena dos seus futuros filhos, eles vão fazer pirraça e você vai ignorar, não vai se preocupar e vai deixar eles se machucarem sem ligar pois avisou antes.)  Em primeiro lugar, não vou ter filhos e acabou por aí.

Coloco Asura na cadeirinha dele no banheiro, tiro minhas roupas, tomo um banho de chuveiro só para tirar o sangue em meu corpo, desligo o chuveiro e pego meu irmãozinho no colo, entro na banheira com água morna com ele no colo, o pestinha agora está quieto.

Só passo o sabonete líquido dele, e fico relaxando com ele em cima da minha perna.

—sua vida vai ser difícil em maninho, espero que no futuro não faça o Dagon de sogro, pois se fizer isso sua vida será como o próprio inferno é.— falo e ele só fica me encarando.

(Colar —nem adianta falar, do jeito que a filhinha do Dagon é linda e vai ficar ainda mais no futuro, ele não vai resistir.) Já estou vendo que o Dagon vai meter a porrada nele.
(...)

Coloco um pijama no meu irmão e deixo ele no berço, coloco em vestido largo para passar o dia confortável por causa do estresse.

Vou para a cozinha e vejo Arael cozinhando minha comida, o cabelo dele está um pouco maior e suas asas estão completamente pretas.

Não estamos nos falando muito, mas ele continua no meu lado me protegendo....

—suas asas estão bonitas apesar de estarem pretas.— falo só para ver se ele me responde e olha para mim, mas ele não faz isso.

Só vejo o loiro continuar a cozinhar em silêncio, eu tô me sentindo tão culpada por tudo que fiz a ele, claro que a culpa não é completamente minha, mas não alivia.

Vejo que ele termina de preparar a comida e coloca em um prato para mim, ele senta em uma cadeira e finalmente me olha diretamente. Eu sou a única que acho estranho seres divinos não precisarem comer?

(Colar —eu ficaria feliz por não ter necessidades  fisiológicas)

—Arael, eu quero ouvir sua voz, para de me ignorar.— falo e ele só respira fundo.