Mia
Acordo ainda nos braços do Dagon, ainda não acredito nas palavras que saíram da boca dele ontem. Meu coração acelera toda vez que penso nisso.
Eu não consigo acreditar que estou apaixonada por ele, por esse demônio sem coração, mas não consigo deixar te amar dormir em cima do peito dele.
Dagon —seu coração está inquieto, consigo ouvir daqui.— diz sonolento e com o cabelo todo bagunçado.
—e a culpa disso é sua.— falo bem baixo para mim mesma ouvir.
Dagon —eu acabei de acordar e tenho certeza que não fiz nada.— não era para ele ouvir....
—vou tomar um banho.— falo me levantando repentinamente da cama.
(...)Só saio do castelo para matar alguns monstros infernais para passar o tempo e ver se consigo tirar o Dagon da minha cabeça, mas não funciona.
Eu não sei mais o que fazer, não estou aguentando mais esse sentimento que está preso dentro de mim, eu preciso falar, preciso gritar, mas não posso fazer isso.
Só volto para o castelo toda suja de sangue preto dos monstros, passo pelos corredores, ignoro os olhares e fofocas das concubinas do Dagon.
Vejo Dagon no corredor, ele para de andar quando olha para mim.
Dagon —esta brava de novo?— pergunta me olhando, mas eu só passo por ele para ir ao banheiro pois estou me sentindo imunda.
(...)Tomo um banho gelado mesmo enquanto tento me distrair.
Saio do banheiro de toalha e pego uma blusa do Dagon para vestir, sei que ele não gosta disso, mas é confortável e eu adoro as blusas enormes dele.
Eu estou no quarto dele a quase um mês, mas nunca vasculhei esse lugar, posso aproveitar que ele esta fazendo outras coisas.
Só começo a procurar alguma coisa interessante no quarto do Dagon, olho os armários e as gavetas, mas não encontro nada de interessante, acabo tropeçando na minha própria bagunça e caindo na chão, quando vou me levantar vejo alguns quadros embaixo da cama.
Pego os quadros que estão embalados em um plástico preto e coloca em cima da cama, começo a abrir o primeiro curiosa para ver a pintura, fico sem entender até notar que a pintura me retrata olhando para o lado de uma forma sexy ou talvez seja só impressão minha por parecer um pouco mais velha. Observo melhor a pintura até ver que o Dagon que pintou, não sabia que ele pintava quadros, talvez não fosse nem para eu saber disso.
Abro o segundo e vejo a bela imagem de mim com as asas bicolores abertas no jardim com o céu estrelado, eu amei esse quadro, vou roubar para mim.
Vou até o último e abro, a imagem é de mim com um vestido branco transparente que deixa uma lingerie vermelha por trás da roupa amostra, na pintura estou perto de uma cama cheia de rosas e com champanhe na mesa, começo a olhar melhor o quadro por ser detalhista, vejo que na mão tem um anel de ouro. Será que nessa imagem estou em uma Lua de mel?
Pela menos estou melhor por não ser a única a fantasiar com ele, quer dizer.... Pensar nele.
Escuto o som da porta abrindo, vejo Dagon entrar e olhar toda bagunça que eu fiz no quarto, logo depois os olhos dele passam pelos quadros e vão para mim.
Dagon —você é extremamente infantil, que tipo de pessoa vasculha o quarto de alguém?— diz parecendo estar bravo, fico em silêncio pois não sei o que dizer.
—me desculpa por isso, mas não resisti.— falo e ele fica me encarando por um tempo.
Dagon —não vai dizer mais nada, não vai nem me xingar pelos quadros?— pergunta parecendo estranhar minha calma.
—só quero dizer que pinta muito bem e que tem bom gosto para escolher sua musa.— falo e ele fica me olhando por um tempo.
Dagon —você viu o último quadro?— pergunta ainda me olhando.
—sim, retratou muito bem minha beleza no lingerie vermelha.— falo e ele parece ficar sem saber o que falar por um tempo.
Dagon —eu também pinto minhas concubinas.— diz parecendo querer estranhar minha alegria.
—sério, mas por que os quadros que fez de mim estavam debaixo da sua cama, devem ser mais importantes pelo que parece.— falo e ele só vem em minha direção tomando cuidado para não cair na minha bagunça.
O castanho fica bem a minha frente olhando diretamente em meus olhos.
Dagon —estavam de baixo da minha cama, pois sempre que olho para você dormindo da vontade de te pintar, pois no momento é você que sempre está na minha cabeça, pirralha, mas não me orgulho nem um pouco da forma que você vem a minha mente.— diz parecendo sério.
—você sente nojo de mim?— pergunto pois pela frase que ele falou deu a entender isso.
Dagon —Mia, você vai fazer 20 anos, eu até perdi a conta da minha idade, mas um milhão de anos eu tenho. Há uma grande diferença de idade entre nós dois, eu não consigo olhar para você, pois na minha visão é uma criança.— só fico olhando para cara dele sem saber o que dizer.
—....queria saber desde quando tem ética moral, você é um demônio Dagon, todo dia você me lembra que também sou, agora vem com essa.— falo tentando me manter séria.
Dagon —existe linhas que eu não posso passar, pois se eu fizer isso aí mesmo que não existirá errado e certo para mim, já fiz muita coisa extremamente ruim, Mia.— ele não pode estar falando sério.
—e que idade a adequada para você Dagon? Pois pelo que eu saiba no inferno a maioridade é 15 anos, até com 12 demônias estão transando com homens 5 vezes mais velhos que elas— falo começando a ficar brava.
Dagon —Mia, esse é um pensamento meu....
Só tiro os quadros da cama e coloco no chão, eu tô fervendo em raiva e não consigo não fazer nada.
Só vou até ele e um empurro sentado na cama, vejo que ele só fica me olhando sem entender minha ação.
—você vai me olhar e isso é uma ordem.— falo séria.
Respiro fundo e tiro minha blusa deixando meu sutiã a mostra, fico com um pouco de vergonha, mas tiro meu short também ficando apenas de calcinha e sutiã na frete dele que só está a me olhar sério.
—meu corpo é de uma criança para você?— pergunto brava.
Dagon —não, mas sua mentalidade é, somos completamente diferentes, não estou de recusando por sua beleza Mia, você é linda.— diz sem tirar os olhos de mim.
Só vou na direção dele e sento em seu colo de frente para seu rosto, ele continua a me olhar sério.
Dagon —só falta querer me estuprar, Mia.— diz de uma forma sarcástica.
Sinto meu rosto a esquentar enquanto fico olhando para os olhos castanhos dele, acabo sem querer mexendo meu quadril e ele faz um som estranho com a boca. Noto um certo volume acertando minha coxa, ele está excitado, mas não admite isso.
Coloco minha mão no cabelo dele, puxo seu rosto para trás e depois o beijo, ele não responde por um tempo, quando me afasto para respirar ele puxa minha cabeça da mesma forma e me beija, levo um belo susto por não esperar por isso.
Dagon —Mia, eu até posso aceitar o que quer, mas também vai ter que aceitar meu outro lado, eu vou te punir por ser uma garota má.— diz de um jeito meio excitado, eu não entendi esse punir direito, mas o quero. Sinto ele apertar minha bunda forte, mas que me causa prazer com a dor.
—então me puna.— falo olhando de forma fofa para ver se o excita e ele sorri, não sei ser sexy então é melhor nem tentar.
Dagon —vai ser um prazer fazer isso, mas não hoje, tenho coisas para resolver.— diz ficando por cima de mim, ele da um chupão bem forte no meu pescoço que vai deixar uma marca vermelha bem aparente.
O castanho sai de cima de mim e entra no banheiro, consegui ver a ereção dele no short, estava sentindo latejar na minha coxa.
Por que ele sempre foge de mim com uma desculpa?!
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Meu Problemático Demônio
RomanceMia Nasci com uma destinação diferente, uma ligação de mestre e servo. Descobri quando criança que tenho um servo demônio, tudo seria normal se não tivesse que viver com ele no inferno, o pior é aturar o ódio dele por mim. (Continuação de Sequestra...