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Ivana entretinha o neto enquanto Ohana pôde partilhar de um curto momento ao lado do pai, onde dividiram uma garrafa de vinho. Foi relaxante ter tido uma manhã animada com a ruiva, e um finalizar a noite após um trabalho cansativo, ao lado do pai.

Ao acordar, treinou quando ainda era escuro, mas pôde presenciar o nascer do sol. Tomou um banho quente e preparou o café da manhã para si e para o filho. Tinha uma rotina também, deveras saudável, e disciplinadamente seguia isso.

-Theodoro: Mamãe... - o garotinho chamou meio frustrado.

Ohana não negou-lhe o chamar, pegou o no colo enquanto ainda comia. Ele agarrou-se a ela com todo amor do mundo, escondendo o rostinho em seu pescoço, após isso soltou um suspirar pesado.

-Ivana: Vai chegar tarde hoje? - questionou-lhe a mãe, ao adentrar o enorme cômodo.

-Ohana: Eu não sei, depende de como irão as coisas hoje na agência. - disse paciente. - Ainda tenho muito a aprimorar com a modelo, além de ainda ter alguns processos pra responder. Os advogados estão me cobrando posicionamento.

-Ivana: Boa sorte. - disse-lhe esperançosa. - E quanto a essa modelo, acha que ela trará-lhe futuro?

-Ohana: Acredito que sim, ela tem determinação, responsabilidade e autoconfiança.

-Ivana: Isso não é necessário. Necessita-se de experiência e beleza. Ela tem experiência e beleza? - questionou obstinada.

-Ohana: Beleza, mais do que o suficiente. Experiência... pouca, é um mundo novo pra ela, mamãe.

-Ivana: Sinceramente, eu espero muito, Ohana. Que literalmente, não quebre sua cara com essa bobagem. - disse-lhe com o profissionalismo e os anos de carreira que tinha. - Você tinha meios para conseguir modelos em níveis muito mais avançados.

-Ohana: Eu a farei avançar.

-Ivana: Ou declinará com ela. - aquilo soou rude, antes que saísse da cozinha.

Ohana engoliu em seco e respirou fundo, como todos eles podiam ser assim? Tão gélidos, insensíveis e desacreditados? Era frustrante dizer a eles coisas mínimas que fossem, eles sempre veriam a pior parte primeiro. Era por isso que preferia estar sozinha.

(...)

Na manhã seguinte Larissa teve de lidar com Arielle, e as propostas impostas por ela. Era algo mais estético a usar-se no dia do ensaio da Hope, e na nova coleção da Moschino. Após finalizar, foi avisada de que Ohana esperava-a em sua sala. Larissa então, seguiu para o ambiente qual era esperada, entrou silenciosa e permaneceu assim.

-Ohana: Senta ali. - apontou quando notou que Celine caminhava pelo corredor, era possível vê-la atrás das vidraças.

-Larissa: Eu posso esperar lá fora, se quiser.

-Ohana: Prefiro que fique aí. - ressaltou após Larissa sentar-se no enorme sofá de couro.

Não demorou muito para que Celine abrisse a porta, ao autorizar de Ohana. A loira aproximou-se deixando sobre a mesa uma pasta bem refinada, tinha um pequeno brasão no canto superior direito.

-Celine: Michael Chetrit deixou uma proposta à você. - soou paciente. - Ele quer uma resposta até ás 17:00.

-Ohana: Aceita o meu jantar com ele, por mim, ainda esta noite. - disse convicta. - E o informe sobre isso, ele costuma ser... insuportável quando não se tem tudo delimitado.

-Celine: Sim, senhora. - a garota assentiu paciente.

Michael era o herdeiro bilionário por trás dos contratos realizados recentemente pela loira em Nova York. Ele fazia parte do grupo Chetrit, sua família, quais eram atuantes no ramo imobiliário.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora