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Ohana mordiscou o canto do lábio inferior inevitavelmente quando observou o corpo parcialmente desnudo da ruiva. Aquela maldita lingerie branca a deixava extremamente linda, não conseguia negar. Ao mesmo tempo, questionava-se insistentemente para saber quando passou a olhá-la com outros olhos.

-Celine: Vou dizer ao stylist francês que o encontraremos em alguns minutos. - avisou sobre o compromisso posterior, mudando de assunto para não deixar a loira desconfortável. - Logo após damos continuidade aos cuidados com as fotografias para a Moschino. Falta muito tempo, mas tudo precisa ser meramente planejado.

-Ohana: Tudo bem. - respondeu baixinho, ainda fitando a ruiva.

O caminhar da loira até as telas computadorizadas, para analisar superficialmente algumas fotos, foi rápido. Aparentemente tudo havia sido como idealizado. A cada passar, sentia sua boca salivar... e então, auto repreendia-se internamente. Aquilo parecia tão errado.

-Arielle: Finalizo por aqui. Encontro você na empresa amanhã. - a stylist aproximou-se com o comentar, seguidamente abraçando Ohana e deixando o ambiente.

Ohana então direcionou-se até Larissa, que como outrora, vestia o robe para esconder o corpo. Antes mesmo que fechasse-o com o amarrar frontal de maneira sútil, a ruiva colocou-se à levar Ohana para o camarim. Espontaneamente, esquecendo-se.

-Larissa: Gostou das fotos? - questionou, referindo-se a modelagem.

-Ohana: Foi perfeito. - sorriu fraco, estando a centímetros da ruiva. - Você foi impecável, ruivinha.

O chamar, fôra extremamente surpreendente. Larissa sorriu boba, enquanto Ohana analisava-a. Inevitavelmente, a ruiva abriu os braços convidando a herdeira para um amplexo. Ohana fechou os olhos a medida em que sentia o corpo esbelto e magnificamente atrativo encaixar-se perfeitamente no seu. Por ter o robe aberto, Ohana foi capaz de sentir cada mínima curva.

-Larissa: Eu disse que não iria decepcionar você. - sorriu fraco, e mesmo sem poder ver a feição de Ohana, imaginava que ela também sorria.

E de fato, ela sorria. Precisamente calculado, a loira escondeu o rosto no pescoço da ruiva, deixando o leve tocar da ponta do nariz na pele quente, inalando o cheiro doce que a modelo tinha. Pôde senti-la espasmar fracamente, ao arrepiar.

Aquilo era tão bom, mesmo que confuso e aparentemente errado, por serem profissionais. Sentia-se adolescente outra vez, onde cada mínima ação que a aproximava da outra, deixava-a interinamente boba e pensativa.

-Ohana: Agora vai lá... - esquivou-se e tocou-lhe a face, seguidamente colocando os fios ruivos e ondulados atrás da orelha. - E veste uma roupa. A gente vai no stylist francês.

-Larissa: Algo determinado? - questionou paciente.

-Ohana: Não. - sorriu fraco. - Qualquer roupa que se sinta confortável.

-Larissa: Tá bom. - sorriu fraco. Ela estava quase sempre sorrindo, e aquilo intensificava ainda mais os dias de Ohana.

(...)

No caminho para o stylist, foram levadas por um motorista da empresa. Ohana a todo momento mantinha a atenção no celular, enquanto por outra lado, Larissa fitava-a com atenção. Perdia-se nos traços delicados, na pele bronzeada, no corpo, na face.

-Larissa: Vai ficar até o final? - questionou baixinho.

-Ohana: Vou. - respondeu ainda mantendo a atenção no celular.

Ohana guardou o objeto quando de maneira disfarçada Larissa levou a mão até a sua mão livre, que repousava sobre a coxa. A ruiva colocou-se à brincar com as joias, enquanto fitava a destra de Ohana.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora