Curvilíneas - Ohanitta

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Ao subirem para o quarto, pós refeição e pós higiene bucal, juntaram-se na cama. Ohana por último, tendo em vista a ruiva que mexia no celular sem notar que estava ali. Aparentemente era algo que realmente chamou-lhe atenção, mas Ohana não pautou ou sentiu-se incomodada de forma alguma, confiava em Larissa e sabia que podia.

-Larissa: Desculpa. - pediu paciente, após deixar o celular de lado.

Ohana sorriu fraco, e a ruiva logo se arrastou, deitando a cabeça em seu peito. A mão ao abdômen, por baixo do pijama, foi algo espontâneo, e com isso, Larissa passou a acariciar-lhe a pele. Não havia nada melhor do que sair de um dia cansativo e encontrar-se ali, sentindo-se segura enquanto nos braços de quem verdadeiramente queria estar.

-Ohana: Vai ficar ocupada amanhã? - questionou baixinho, planejaria algo caso Larissa estivesse livre. Tinha o dia livre quanto as questões profissionais, mas ainda tinha sua vida pessoal.

-Larissa: Eu não sei ao certo... - respondeu. - Uma amiga de infância está vindo pra Miami, por conta da faculdade e vou ajudar ela de certa forma.

-Ohana: Tudo bem. - foi compreensiva, além do mais o dia da outra não girava em torno de si.

(...)

Pela manhã, Larissa tomou café com Ohana. Por volta das 8:00. Théo comia um mix de frutas, enquanto sentado sozinho na cadeira adequa a ele. Era notório toda a bagunça que havia feito em seu prato, além de ter em mãos um pedaço de banana, o que levou Martin a sorrir. Ele estava aprendendo aos poucos.

-Chloe: Martin... cadê nossos pais? - questionou ao fitar que no relógio já se marcava quase 8:20, e nada deles descerem.

-Martin: Não as avisaram? - ele questionou confuso, e ambas negaram. - Bem, foram a casa de férias. Diziam querer ter um momento a sós, em paz.

-Chloe: Claro.. - sorriu fraco. - Desde que estejam longe de nós, sempre estarão em paz. - Ohana não deixou de concordar.

-Martin: Não é assim.. - ele tentou amenizar, enquanto Larissa fitava tudo em silêncio. - Eles só são difíceis de lidar, mas amam vocês.

-Ohana: Que são difíceis de lidar, está certo. Mas em relação ao amor... Martin, eu duvido muito. - sorriu fraco, frustrada, antes de levar o garfo a boca. - Nunca foram presentes, pra nenhuma de nós, incluindo a Olivia. E ultimamente isso tem se elevado ainda mais.

-Chloe: Sempre arranjaram empecilho. Sempre fugiram de momentos conosco, ou de qualquer outra coisa que nos refira. A quanto tempo... a mamãe ou o papai vão a uma reunião de escola minha? A quanto tempo inventam viagens e trabalhos não obrigatórios, isso só quando estamos de férias. Incrível, não é? - questionou óbvia e Martin engoliu em seco. - É sempre você, a Ohana ou a Celine que estão aqui. Pelo amor... não os defenda.

-Ohana: Chloe... - chamou baixinho.

-Chloe: Espero que eles fiquem lá por semanas... - disse impaciente, antes de erguer-se. - Ou que se mudem de vez. - finalizou antes de sair.

-Theodoro: Ela esta brava?... - perguntou baixinho, completamente confuso, enquanto fitava a outra subir as escadas em passos rápidos.

-Larissa: Desculpa a intromissão, mas... posso tentar ajudar? - pediu paciente, a medida em que alternava o olhar entre Ohana e Martin.

-Ohana: Claro. - sorriu fraco, buscando um selinho antes que a outra erguesse-se e subisse as escadas que segundos antes, Chloe subira.

(...)

Larissa alcançou o quarto da mais nova após percorrer o corredor. Deu duas batidas de leve na porta, e apenas escutou uma voz chorosa pedindo que fosse embora, pensava que era a irmã mais velha.