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Larissa:

Depois que finalizamos, ela olhou-me nos olhos como se eu fosse seu mundo. Não havia nada lá fora, que mudasse isso. Tocou-me a lateral do rosto, e fez uma carícia com o polegar.

-Ohana: Gostosa. - ela disse em um sussurro, e eu sorri ladina.

Ohana colocou-me os fios atrás da orelha, e deixou um selinho em meus lábios. Fitei seus lumes castanhos, que ainda tinham as pupilas dilatadas. Observei-a respirar fundo, e esboçar um sorrisinho de canto pra mim, logo, olhando-me semicerrado.

(...)

-Ohana: São quase cinco da manhã... - ela disse baixinho, ainda me tendo sentada em seu colo. Depois de tomarmos banho juntas.

Estávamos no sofá do quarto. Eu estava sentada em suas pernas, enquanto tinha as mãos dela repousadas em minhas coxas. Acariciei seus ombros e ela observou-me ainda mais atenta.

-Ohana: 'Cê 'tá com um carinha de sono... - ela disse sorrindo ladina e eu escondi meu rosto em seu pescoço.

Tive a percepção dela tirando minha toalha, enquanto eu ainda estava em suas pernas. E então, senti-a acariciar minhas costas despidas com demasiada vagareza. Propôs-me um café da manhã diferente ao ouvido, dando a entender o tempo que ainda tínhamos, antes de irmos em família para um passeio.

Depois de nos vestirmos, descemos as escadas. Ajudei-a preparar tudo, e depois que terminamos, nos sentamos juntas na varanda pra ver o amanhecer tardio. Eu estava sentada entre suas pernas, enquanto tinha a bandeja sobre as minhas

-Ohana: Eu te amo. - ela sussurrou ao meu ouvido, depois de trazer uma uva até minha boca.

Senti seus lábios beijarem meu pescoço, e rapidamente me vi sorrindo. Seus braços envolveram minha cintura, e seu rosto se apoiou em meu ombro. Estávamos na chaise, próxima a piscina, que dava visão completa do céu e da área monótona lá fora. Ainda era por volta dás 6:00 da manhã. Tínhamos nos casado recentemente, nossa vida estava mais que estável, tínhamos chegado à conclusão de termos um bebê, nossa família estava bem, e tudo estava encaixado como sempre precisamos. Era surreal a sensação de sentir que podíamos dominar o mundo, sem termos fardos nas costas ou empecilhos diante de nós, que iam contra nosso relacionamento. Como no passado.

-Ohana: Você sabe que eu iria contra o mundo, só pra ter você comigo, não sabe? - ela questionou e eu assenti, convicta. - Eu lutei tanto por nós, que essa sensação de estar em paz, tem virado rotina.

-Larissa: Tem sido tão bom, poder ficar com você sem nos importarmos com a opinião alheia. - eu respaldei. - O mundo todo sabe sobre a gente, e isso não nos impede mais.

-Ohana: Exatamente. - ela disse sorrindo, me puxando para encostar mais nela, enquanto eu ainda estava em suas pernas e tinha a bandeja sobre as minhas.

-Larissa: Eu te amo tanto, Ohana. - eu sussurrei e senti seus lábios beijarem-me o ombro.

(...)

Fizemos um pequeno passeio em família pela cidade, jogamos golfe, almoçamos juntos e revisitamos os pontos turísticos. Eu queria mais tempo com ela, curtir mais a sensação de ser finalmente sua esposa.

-Larissa: Vamos pro Tibete? - eu questionei enquanto tomávamos um café da tarde com nosso família.

-Ohana: Tibete?

-Larissa: É... - eu disse. - Eu já estou estável financeiramente, posso finalmente bancar meus pais, nossos custos. Posso até me aposentar se já quisesse. Eu sinto que podemos fazer isso.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora