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Comeram juntas algo preparado pela modelo. Era uma refeição leve, e vegana. De um paladar incrível. Larissa até que sabia fazer refeições ótimas.

-Ohana: Celine foi buscá-lo pra mim. - disse baixinho, tendo o celular ainda em mãos, enquanto Larissa dava passos curtos em sua direção.

Em expressão, Ohana carregava cansaço. Tinha tido dias cansativos, e poucos de descanso. Tinha ainda algum tempinho livre, visto que Celine havia ido buscar o garoto. Larissa segurou sua mão, após Ohana deixar o celular sobre o balcão, e então a guiou para o grande sofá na sala de estar.

-Ohana: Se você me deixar ficar assim... vou acabar dormindo. - disse baixinho, quando a ruiva deitou-se no estofado, e puxou a loira pra si.

Ohana acabou por ficar entre suas pernas e deitar a cabeça em seu abdômen despido, devido o top simplório usado pela brasileira. A herdeira sentiu o calor da pele e deixou um beijinho fraco sobre o abdômen visivelmente definido, e Larissa como outrora, arrepiou-se.

-Larissa: Precisa voltar que horas? - questionou baixinho.

-Ohana: Ás 14:00. - disse baixinho, enquanto Larissa acariciava-lhe parte do pescoço e da nuca. - Tenho umas papeladas importantes pra receber. - sua voz era exacerbada em cansaço e um pouco sonolenta, estava rouca.

-Larissa: Dorme um pouquinho... eu te acordo na hora de ir. - disse paciente, fazendo-lhe um cafuné.

-Ohana: Promete? - perguntou baixinho.

-Larissa: Prometo. - sorriu ladina. - Quer ir pra cama?

-Ohana: É... eu tenho alergia a gatos. - referiu-se ao animal lá em cima. - E ainda prefiro aqui... - salientou e Larissa sorriu um pouco mais, quando a loira selou seu abdômen outra vez. - Em cima de você.

(...)

Quando deu a hora, Larissa a acordou, Ohana adentrou o carro e retornou para a empresa. Onde recebeu o filho, que foi acompanhado pela babá até o cômodo que o pertencia, após a loira ser chamada em uma sala não muito distante.

Ao abrir a porta, na companhia de Arielle, Ohana mal pode acreditar que estava diante de Alline outra vez. A preta de cabelos escuros, encarou-a, carregava aquele olhar sem vida e a expressão gélida de sempre. Bem, Alline já não era boa de conviver, desde a morte da irmã do meio, de Ohana.

-Alline: Por que trouxe ela aqui? - questionou a Arielle, com um expressar frustrante.

Ohana engoliu em seco e deu passos adentro, Arielle retirou-se sem dizer mais nada. Alline mantinha-se encostada na mesa que um dia pertencera a jovem e falecida Lefundes, a medida em que parecia em mente recordar todo o ambiente que outrora fôra incrível.

-Ohana: Eu sou sua amiga, Alli. Tenho me preocupado com você durante todos esses anos, desde que Olivia se foi. Fico feliz que tenha finalmente retornado para Miami... - foi interrompida.

-Alline: Você não é minha amiga. - aquele falar fôra duro, mas cheio de uma dor que a tomava por anos. - A Olivia era minha amiga. Você é apenas a irmã da Olivia, e a Olivia... está morta.

-Celine: Ohana... temos um advogado da vara da família a sua espera na sala 14.. - o soar fôra doce, mas a repreensão e interrupção a seguir fôra de demasiada antipatia.

-Ohana: SAI DAQUI! - aquilo soou em alto tom, rígido e impaciente.

Celine não pensou duas vezes em fechar a porta e retirar-se como Arielle fez minutos atrás. Entendia que para ambas aquilo era difícil, portanto, a repreensão não a incomodou. Sempre soube a forma de lidar com a herdeira, mesmo que muitas das vezes Ohana tenha sido completamente inatendível.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora