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Ohana:

Eu tinha acordado primeiro que ela, isso me rendeu um tempinho com sua mãe na sala de estar. Era por volta das 7:30 da manhã, enfim, o fuso horário estava acabando comigo. Eu tomei um banho rápido e quente,  depois de vestir roupas adequadas para o dia a dia, sai do quarto.

-Miriam: Não dormiu nada pelo visto... - ela disse quando levei as mãos ao rosto.

-Ohana: O fuso horário é terrível. - eu a respondi paciente, sorrindo ladina. - Por mais que sejam pouquíssimas horas.

-Miriam: Quer comer alguma coisa? - ela questionou cuidadosa, e eu movi a cabeça em negação.

-Ohana: Sabe... a Lari tem feito muito por mim nos últimos dias... - eu sorri ladina, um pouco tímida. - Eu queria agradar ela um pouquinho. - gesticulei com os dedos, semicerrando o olhar.

-Miriam: E quer minha ajuda pra isso? - ela sorriu óbvia e eu assenti.

-Ohana: Queria fazer um café da manhã pra ela... se é que vai dar tempo. - salientei ao ver o horário no relógio. - Ela acorda cedo...

Fui com Théo e Miriam até uma cafeteria local. Compramos algumas das coisas que a mãe dela disse que ela gostava. Tivemos sorte, por eu ter passado despercebida e não ter gerado tumulto.  No caminho de volta, colocamos no GPS a localização de uma floricultura indicada por Miriam, e então eu dirigi até o lugar. Sai do carro sozinha e comprei um buquê de rosas, era as quais ela amava. Depois que retornei pro veículo, voltamos pra casa. Eu também tinha comprado o iogurte preferido dela, que só vendia em Miami, nos mercados de especiaria brasileira. Custavam quase um rim.

-Miriam: Sabe como quer começar? - ela questionou enquanto Théo mantinha-se abraçando-a as pernas. Ele era demasiadamente pequeno.

-Ohana: Sei. - respondi paciente e ela sorriu ladina.

Miriam colocou Théo sentado no balcão, e enquanto eles conversavam e o garoto tentava ensiná-la o inglês sem sotaque, ela perdia toda atenção nele. Preparei o adorado iogurte com morangos cortados e a bendita panqueca com mel que ela não largava por nada. Depois as coisas que havíamos comprado na cafeteria que eu não fazia a mínima ideia do que era. Montei adequadamente para ela e minha sogra, e posteriormente para mim e Theodoro. Renan já tinha saído.

-Ohana: Amor... - chamei baixinho, depois de sentar-me na cama, próxima a ela.

Fui deitando-me aos pouquinhos, abraçando-a até tê-la em meus braços, quando ela escondeu o rosto em meu pescoço e envolveu minha cintura. Levei a mão a afastar seus fios ruivos, jogando-os para a lateral, tendo espaço para beijar a lateral de sua face.

-Ohana: Bom dia... - disse baixinho e ela reclamou dengosa. - Hum? Lembra o que combinamos de fazer hoje?

-Larissa: Lembro. - ela disse carinhosa.

-Theodoro: Fizemos café da manhã pra você, mamãe! - o garoto disse paciente depois de adentrar o quarto e subir na cama.

Levei rapidamente a mão a manter o edredom cobrindo-lhe o corpo desnudo. De forma discreta. Théo deixou-lhe um beijo no rosto e a abraçou de forma cuidadosa.

(...)

Esperei ela tomar banho e depois que voltou, já vestida, sentou-se por curtos minutos ainda indisposta.

-Ohana: Quer cancelar? - perguntei baixinho e ela permaneceu estática. - Hum? Tudo bem, podemos sair outra hora.

-Larissa: Ta chovendo... - ela disse baixinho, como se fosse um argumento para sua vontade. - E eu estou com uma dorzinha de cabeça.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora