Ohana:
Acabei entrando no banheiro, enquanto ela ainda tomava banho no box. Fiz as higienes bucais matinais, e após isso acabei me perdendo enquanto a assistia tomar banho, ainda que a vidraça estivesse embaçada. Apoiei-me na pia por alguns meros segundos, e molhei meus próprios lábios com a ponta da língua. Era fascinante, perdível pra mim.
Ela sorriu quando pegou-me olhando-a. E com um aceno feito com a mão, chamou-me pra dentro. Sem pensar duas vezes, tirei as roupas e caminhei em passos rápidos, ela abriu vagarosamente o box e eu o adentrei.
-Larissa: Bom dia... - sussurrou baixinho, a medida em que busquei seus lábios para um selinho. Acabei repetindo o dito, em reciprocidade. - Conseguiu dormir bem, depois do pesadelo?
-Ohana: Consegui, neném. - respondi-a com calmaria.
Suas mãos em minha cintura, acabaram puxando-me ainda mais para perto. Nossos corpos se encaixaram pelo contato feito, e com sutileza sua boca buscou a minha outra vez. Selinhos me foram dados com carinho e sutileza, mas logo ingressamos em um beijo lento. Eu podia sentir o sabor amelado em sua boca, tanto quanto o frescor do mentolado. Suas mãos molhadas em meu corpo ainda parcialmente seco, causavam-me leves arrepios.
-Larissa: Como temos a manhã livre... estava pensando em sairmos juntas pra tomar café da manhã em um lugar diferente. - mencionou, tocando-me a face com sutileza. - Ou... podemos ficar aqui mesmo, se quiser. Afinal... ninguém ainda sabe da gente.
Eu vi seu interesse em partilhar comigo, certos momentos. Além do mais, não poderíamos nos esconder para sempre. Sair às vezes não nos tornaria expostas, pareceria somente uma relação de amizade ainda que trabalhássemos juntas, como era o firmando até hoje diante dos olhos alheios. Apenas, amigas.
-Ohana: Podemos sair juntas hoje. - eu disse sorrindo ladina, e ela logo sorriu pra mim.
-Larissa: Jura? - perguntou sorrindo.
-Ohana: Juro, meu amor. - afirmei, buscando seus lábios. - Mas antes... a gente pode demorar mais um tempinho aqui.
-Larissa: É? - sorriu perspicaz.
-Ohana: É.. - fui empurrada aos poucos, contra a parede, ficando presa entre seu corpo, ao mesmo tempo em que sentia minhas costas tocarem o gélido do azulejo.
-Larissa: Ótimo... - sussurrou em meu ouvido.
(...)
Após sairmos do banho, depois de um sexo demorado, vesti-me e deitei em sua cama. Eu tinha meu corpo apoiado na cabeceira, as costas no caso. Tinha sobre minhas pernas, um dos travesseiros, e minha atenção era toda dada a ela. Que preparava-se não muito distante.
Enrolada na toalha, Larissa fazia o básico. Hidratante corporal, facial, perfume e por aí ia. Quando tirou o pano grosso que envolvia seu corpo, analisei que meus medianos arranhões ainda estavam em suas costas, meramente avermelhados, junto a marca da minha palma em sua bunda.
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Curvilíneas - Ohanitta
FanfictionQuando uma oportunidade bate na porta, é bom recebê-la. Mas... e se ir buscá-la?