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Larissa:

Já era noite quando Ohana chegou no tal apartamento em Upper East Side, qual mesmo eu havia sido levada mais cedo pelo motorista responsável por nós em ocasiões como esta. Era grande, e bonito, como todos os lugares quais ela já tinha me levado e costumava habitar. Por volta das 20:00, ela saiu do banho e eu sorri boba para aquela mulher que tinha uma leve carinha de cansada.

Ela tinha uma toalha envolta do corpo, os cabelos curtíssimos meramente ondulados e a pele facial límpida. Fitei seu colo, qual possuía as marcas de sol, realçando a marquinha do biquíni. As tatuagens minúsculas, e a cor de pele bem bronzeada.

-Ohana: Para de olhar assim... - ela pediu sorrindo, a medida em que me abraçou.

-Larissa: Você é a coisa mais linda do mundo, é impossível não ficar como uma idiota olhando. - soei carinhosa e ela deixou um beijo fraco em meu colo, entre as clavículas.

Passei a observá-la se vestir, não estando muito distante. Enquanto sentada na cama, eu fitava-a fazê-lo. Acabei por esboçar um riso, quando ela subiu a calça alfaiataria e teve uma mínima dificuldade, ao passá-la pela bunda.

-Larissa: É o preço que se paga por ser uma tremenda gostosa... - salientei quando ela olhou-me sorrindo ladina.

Ohana arfou pesado e me olhou semicerrado. Aproximou-se em passos curtos, me levando a sorrir instantaneamente. Era impossível pra mim, ficar um mediano tempo que fosse, sem elogiar aquela beldade. E nada se diferia desde a primeira vez que nos beijamos. Sempre que eu a tinha perto demais, meu coração acelerava, e o olhar tornava a ficar mais atento.

-Larissa: Mas pelo menos a tremenda gostosa é minha. - sorri fraco.

-Ohana: Ah sim... - ela sorriu boba, movendo a cabeça em afirmação. - Só sua, toda sua.

Ela acabou por deixar um beijo na minha testa a medida em que sentou-se em meu colo. Esquivou-se um pouco enquanto eu ainda segurava-a e eu me vi observadora.

-Ohana: A partir do momento em que sairmos lá fora, sem proteção midiática, não tem mais volta. - ela acariciou meu rosto. - Ninguém pode destruir quem você é, nem quem somos. Tão pouco, abalar o que temos. Entendeu?

-Larissa: Não se preocupa tanto, por favor. - eu pedi rapidamente. - Odeio te ver estressada, inquieta...

De fato, odiava vê-la daquela forma. Ela acabava se preocupando demais e isso acabava acarretando muito no seu humor. Não era bom pra ela, nem pra ninguém.

-Ohana: Vou tentar. - ela disse calma.

(...)

Saímos sozinhas, sem exacerbada privação como antes. Entretanto, isso não tornava desnecessária a presença dos seguranças, isso garantia-nos bem-estar. Ainda mais agora, que visávamos exposição. Ohana optou por um restaurante no alto da cidade, Eleven Madison Park. De longe, certamente o restaurante que apresenta a cozinha mais original dos melhores restaurantes de NYC. Não atoa, é considerado o melhor restaurante do mundo pela lista dos 50 Best de 2017 e tem 3 estrelas Michelin. Era o alto da gastronomia, bem requintado e mundialmente conhecido.

Ohana saiu do carro primeiro, assim que o motorista estacionou. Estendeu-me a mão e eu a segurei, logo entrelaçamos-as e adentramos o ambiente.

Era alto, e o salão contava com janelões por onde entrava claridade nas noites de verão novaiorquino. Divertido e delicioso. Assim que nossa presença tornou-se notável, não demorou muito para que o
chefe Daniel Humm, em conjunto ao gerente, aproximassem-se com sutileza e cumprimentassem a loira, posteriormente à mim, após ser apresentada pela mesma, como mulher dela.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora