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Ohana:

Era por volta das 20:00, quando fomos para a casa dos pais dela. Tínhamos passado em um restaurante no caminho, onde jantamos sozinhas e algumas pessoas até acabaram nos reconhecendo. Beneficamente, isso não se estendeu e não precisamos sair às pressas.

Sai do carro assim que ela estacionou na garagem dos próprios. Usávamos roupas limpas graças a breve mudança iniciada graças a Martin e Celine. E Larissa, já tinha parte de suas coisas misturadas as minhas. Não era difícil achar uma peça dela em meu closet.

-Larissa: Com frio? - ela questionou paciente, quando demos passos curtos em direção a porta de entrada.

-Ohana: Um pouquinho... - sorri meio sem graça e ela abraçou-me.

Agarrei sua cintura enquanto repousava a cabeça em seu peito. Seu cheiro me era viciante, e seu aconchego era definitivamente o melhor lugar do mundo pra se estar. Naquele ou em qualquer outro momento. Ela tocou a campainha e não demorou muito para que uma mulher morena, de cabelos escuros e longos, olhos esverdeados e de pele tatuada, abrisse a porta. Me peguei observando-a por alguns segundos e então adentramos juntas, ela abraçou a mesa e citou o quanto sentia saudades. A cumprimentei com um beijinho no rosto e um quase abraço, aparentemente ela era brasileira. Eles tinham essa mania, era engraçado. Yasmim me cumprimentou e posteriormente acabei por fazer o mesmo com Harvey, e Mauro.

-Pocah: Ela me falou muito sobre você. - a mulher mencionou, quando Larissa tomou destino aos braços de Yasmim. E eu logo soube que era a melhor amiga, de fato, vinda do Brasil.

-Ohana: Bem? - questionei sorrindo ladina.

-Pocah: Lógico! - ela sorriu pra mim, e eu pra ela. - Ela é gamada em você... - tinha o sotaque notável.

Permanecemos uma de frente para a outra, por alguns minutos. Ela encarou-me e eu fiz o mesmo com ela, ela sorriu sem graça e ofereceu-me um copo da mesma bebida que tinha em mãos.

-Ohana: É melhor não... - sorri ladina, e ela compreendeu, assentindo milimetricamente. - Chegou recentemente em Miami, não foi? - questionei-a quando passamos a andar vagarosamente para a área externa da casa.

-Pocah: É... faculdade e afins. - ela sorriu e então sentamos na chaise. - Era um sonho então... dei um jeito de realizar.

-Ohana: E conseguiu... - salientei e ela expandiu um pouco mais o riso ladino.

-Pocah: Consegui, mas foi difícil. - comentou sincera. - Muito mesmo.

-Ohana: Ela me disse que você é a melhor amiga. - comentei. - Ela gosta muito de você. - acabei por sorrir inevitavelmente. - É bom que ela tenha... alguém sem ser a namorada ou os pais, aqui por perto. Meio que... ela não socializou muito ainda, digamos assim.

-Pocah: Digamos que eu também... - ela sorriu boba. - É tudo muito corrido e... mal tenho tempo pra interagir.

-Ohana: Eu entendo, mas vai melhorar. - fui sincera.

-Pocah: Desculpa... você é formada em administração, não é? - questionou-me e eu assenti. - Qual área?

-Ohana: Gestão empresarial, controladoria em específico. - salientei. - monitoro qualquer atividade financeira, e quase sempre planejo elas.

-Pocah: Deve ser cansativo.

-Ohana: Mentalmente, sim, demais por sinal. 

A ruiva saiu do âmbito qual estava anteriormente e deu passos curtos até a chaise, sentou-se praticamente em meu colo e deitou a cabeça em meu peito. Literalmente deitando-se sobre mim, tendo a visão da morena enquanto permanecia atenciosa.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora