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Ohana havia tentado todos os meios de contato com a ruiva, durante a tarde inteira. Ligações, mensagens, e até mesmo foi a casa da modelo após sair do trabalho, o que acabou sendo em vão. Ela tinha saído para um jantar com os pais, e o avô. Retornar para casa foi simplório, até ter de lidar com também chateação escondida, de Chloe. Que por mais que tenha odiado tal matéria, preferiu optar por manter-se neutra.

-Ohana: Não foi culpa minha. - dissera rapidamente, antes mesmo que a mais nova abrisse a boca.

-Chloe: Eu não perguntei nada a você. - disse com calmaria, enquanto lia um livro, deitada no sofá da grandiosa sala. - Aja como quiser Ohana, as consequências serão apenas sua. Hum?

-Ohana: Você nem me olha... - disse chateada.

-Chloe: Só acho que está na hora de tirar esse homem da sua vida de uma vez por todas, ou ele vai continuar destruindo tudo que você constrói. - ela foi direta e ríspida.

O silêncio tornou-se desconfortável, entretanto a entrada do pequeno Lefundes, logo o findou. Trazendo em pauta o que atormentava sua mãe deste o fim do maldito almoço. A fazendo remoer outra vez.

-Theodoro: Cadê a Lali? - ele perguntou inocente, caminhando em passos curtos. - Ela não veio?

-Ohana: Ela teve que sair, meu amor. - explicou ao garoto, que expressivamente mostrou-se frustrado.

O olhar da agenciadora logo buscou a adolescente, que sorriu sem graça, e tornou a dar atenção ao livro.

(...)

O que era engano, passou a parecer verdade, dada a demora de uma negação em público. A assessoria tratava de responder em negação, mas o falar de Ohana seria o mais adequo a isso. E a loira ainda não o tinha feito. O que só alimentava a ideia na cabeça da modelo, de que nada do que tinha dito pela manhã, das confissões que fizera, tivessem importância na vida da herdeira.

Ohana acabou por dormir sozinha, com os próprios pensamentos. Na manhã seguinte, resolveu tudo que tinha previsto na agenda, as demoradas reuniões, e sua resposta a mídia. Não costumava usar redes sociais para dar sua posição, mas viu que era necessário e sua equipe a orientou a fazer isso.

Estando sozinha em sua sala, pôde prender-se ao silêncio e aos pensamentos de recordação

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Estando sozinha em sua sala, pôde prender-se ao silêncio e aos pensamentos de recordação. Se tinha medianas horas longe da ruiva e já sentia que tornava a monotonia e a vida sem graça de sempre. Fitou através das vidraças de seu cômodo, e a viu sentada na companhia de Celine, na sala de reuniões. Ela fitava as próprias mãos sobre a mesa, enquanto a loira ao seu lado tentava anima-lá de alguma forma, ao mesmo tempo em que tomavam decisões junto a Ramom e Arielle, para um projeto breve. Larissa tentava parecer confortável, mas era notório que não estava. Ter Ramom ali, não ajudava em nada.

Ohana engoliu em seco e arfou pesado, deixando jogar-se na poltrona. Sentando-se de forma largada, enquanto entretinha-se batucando a própria caneta contra a mesa. Não receber aquele olhar, já estava começando a sufoca-lá em uma culpa que nem a pertencia.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora