Ainda no carro disponibilizado, a loira tinha o controle do volante enquanto Ramom sentado ao seu lado, no passageiro, fitava as grandes ruas através do pára-brisa. Seus olhos verdes perdiam-se nas luzes urbanas, nos grandes prédios e até mesmo na mediana movimentação populacional por aquelas vias devido ao horário.-Ramom: Espera, não desce agora. - ele pediu, assim que ela estacionou em um dos conhecidos restaurantes britânicos.
-Ohana: Por que? - questionou rapidamente.
-Ramom: É só... a gente está aqui, não acha que temos tempo pra conversar?
-Ohana: Eu tenho tempo para descer deste carro, caminhar até aquele restaurante e esperar pelo homem que você vai convencer a trabalhar comigo. - soou profissional, apontado para o restaurante.
-Ramom: Ohana, pelo amor de Deus! - ele respirou fundo, levando-se a encostar-se no banco de forma largada. Chateado.
-Ohana: Acabamos, Ramom. Da pra parar de insistir?
-Ramom: Existe outra pessoa? - ele questionou paciente, fitando-a com demasiada atenção.
Ohana respirou fundo e retirou ambas as mãos que repousavam no volante. Sentou-se corretamente e o encarou.
-Ohana: Talvez. - soou sincera. - Talvez exista outra pessoa.
Ramom engoliu em seco, e no impulso de uma não aceitação, aproximou-se aos poucos, estando a milímetros de beija-la. Ansiava tocar aqueles lábios outra vez para relembra-la de tudo que poderiam ter sido, e de que ainda havia chance para serem.
-Ramom: Essa pessoa não está aqui. - disse baixinho, a medida em que lavava a mão ao pescoço da agenciadora. - Ohana, ainda podemos ter tudo.
-Ohana: Não importa. - soou paciente. - Não somos nada, Ramom. - sorriu fraco. - Não mais.
-Ramom: Tem certeza disso? - ele questionou recuando.
-Ohana: Tenho. - salientou. - E eu espero que se lembre do que eu disse no estacionamento, não vou tolerar que faça isso outra vez.
Sair do carro e seguir até onde era seu destino, foi o que fez. Ohana fôra guiada até a área reservada, junto a Ramom que caminhava um pouco atrás. No andar superior, na cobertura, ocorria um coquetel, e seu objetivo era encontrar o stylist lá. Poderia escolher qualquer outro profissional da moda, mas precisava que fosse alguém tão centrado e específico como Fausto Puglisi. Encontrá-lo e cumprimentá-lo fôra também fácil, após isso mantiveram um assunto bastante confortável com o stylist, o que levou-o a convida-los a uma rodada de coquetéis. Ohana, não recusou e portou-se diante dos outros dois.
(...)
Em Miami, Larissa lidava com o segundo dia sem a loira. Facilmente, o dia tornava-se bem preenchido quando o avô estava por perto. Uma partida de golfe pela manhã e um almoço juntos próximo à praia. A tarde, perdera-se em algumas horas de estudos e quando a noite chegou... outra vez se viu em contato com a loira através de mensagens. Ohana perguntava a ela como tinha sido o dia, a medida em que Larissa respondia e a loira tentava aprofundar o assunto. Acabaram tornando as mensagens em uma ligação de vídeo outra vez, onde Larissa suspirou fundo ao observar o tinha.
Ohana tinha apenas uma delicada toalha em volta do corpo, enquanto notoriamente estava sentada sozinha em uma enorme sala de jantar, era por volta das 23:00 em Londres. Tinha os cabelos presos em um coque, deixando a mostra seu pescoço e a região do colo. Comia algo não visível, devido o posicionamento do celular. Atrás de si era possível notar a modernidade do ambiente, o enorme lustre e a perfeita luminosidade, ao fundo uma enorme lareira acoplada a parede. Algo tecnológico demais, de longe notava-se arquitetado.
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Curvilíneas - Ohanitta
FanfictionQuando uma oportunidade bate na porta, é bom recebê-la. Mas... e se ir buscá-la?