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Ohana:

Depois que os medicamentos foram passados, levamos Larissa pra casa. Eu tomei banho com ela, e depois de a deixar dormindo, levei Theodoro na consulta rapidinho. Passamos juntos na farmácia e acabamos por comprar os medicamentos dele, e os dela.

-Ivana: Ela ainda está dormindo. - minha mãe disse paciente, assim que adentrei a cozinha, com Theodoro que seguia-me como sempre.

-Theodoro: A mamãe vai ficar bem? - ele questionou baixinho, sentando-se na alta cadeira da bancada. Com dificuldade por seu tamanho.

-Sidney: Claro que vai. - ouvi o soar do meu pai, que naquela manhã preparava o café. - Coisas assim acontecem Théo. É normal. Não deixe-se abater por isso, hum? - ele foi didático, e deixou um beijo no topo da cabeça do garoto. Que sorriu compreensivo.

-Theodoro: Podemos levar o café da manhã dela na cama? - ele pediu, alternando o olhar entre mim e os avós.

-Sidney: O que ela gosta de comer pela manhã? - ele perguntou carinhoso. - Pode me ajudar com isso?

-Theodoro: Posso! - ele respondeu animado, e meu pai o sentou na bancada.

Ele não costumava ficar em casa, mas sempre que ficava era um alívio para nós. Talvez sua ausência por todo tempo, causasse-nos o bem-estar quando o tínhamos por perto. Seu jeito era... benéfico de certa forma. Ficamos ali por um tempo, e de intervalo em intervalos, eu subia ao quarto pra ver se estava tudo bem com ruiva. Ela já era importante demais pra mim, e eu odiava vê-la mal.

(...)

Enquanto meu pai preparava o café da manhã da ruiva com ajuda de Marta, como pedido pelo neto, eu o levei até a sala de estar para que ele falasse com Brandon no telefone. Theodoro tinha colocado no viva-voz por vontade própria, então eu podia ouvir simplesmente tudo.

-Brandon: Mas você não quer passar o dia comigo? A gente vai naquele jogo que você tanto queria! - ele soou medianamente frustrado eu entendia.

-Theodoro: Mas a mamãe está doente. - ele argumentou dengoso. - Eu quero ficar com ela.

-Brandon: A Ohana está doente?

-Theodoro: Não... a mamãe Larissa. - ele disse dengoso, explicando frustrado.

-Brandon: Ah... que pena! - ele soou gentil. - Tudo bem! A gente marca outro dia, pode ser?

-Theodoro: Ta bom, tio Brandon. - ele foi paciente. - Você não vai ficar chateado, não é?

-Brandon: Claro que não! Sua mamãe está doente, cuida dela, tá bom? Assim a gente pode marcar isso mais rápido!

-Theodoro: Tudo bem!

-Brandon: Ótimo! Posso falar com a Ohana agora?

Retirei do viva-voz e preferi por algo mais recluso, para então falar com ele. Theodoro saiu do sofá é basicamente voltou correndo para a cozinha.

-Brandon: Como estão as coisas? - ouvi sua voz soar tranquila.

-Ohana: Nada bem, em parte. - eu o respondi. - Lari está mal, e o Théo ainda um pouco doente.

-Brandon: Eu sei que ele tem babá e tudo mais... mas caso haja algo e se por acaso acabar precisando de mim, não hesita em ligar, pode ser? Eu ajudo se for a ocasião.

-Ohana: Tudo bem. - soei tranquila.

Tínhamos melhorado gradativamente nossa relação, pelo Théo. Brandon não me era mais especial no quesito: "amar" por ter vivido inúmeros momentos comigo. Até porque ele havia jogado todos eles no lixo anos atrás. Mas termos uma boa relação pelo Théo, era mais que essencial. E era somente por isso que eu mantinha por perto.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora