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Ohana:

Ela me levou a um lugar, bem, ao trabalho da sua mãe. Estacionou o carro em um estacionamento aberto e então adentrarmos e grandioso e movimentado prédio, qual descobri ser uma indústria. Ela abraçou uma mulher alta, loira, e trocou alguns cumprimentos. Até recebeu um beijo na testa. Depois disso me apresentou, o que foi breve por sinal.

-Larissa: Vem. - segurou-me a mão, levando-nos a aproximar do elevador.

-Ohana: Quem é a... mulher loira? - questionei baixinho.

-Larissa: Minha madrinha. - ela sorriu ao dizer. - E minha mãe trabalha aqui a anos... a proximidade delas gerou um relacionamento bom entre as duas, e aí acabou que ela esteve próxima de mim e do Renan.

Subimos até o heliponto centralizado, e tive acesso a vista maravilhosa da praia de Copacabana. Larissa abraçou-me por trás e ficamos ali por um tempinho, sentindo a brisa gélida e ouvindo o barulho urbano, ainda que estivéssemos muito alto.

-Larissa: Aqui é ainda mais lindo de noite. - ela sussurrou ao meu ouvido, depois de afastar alguns fios.

-Ohana: Ficava aqui?

-Larissa: Eu ficava. - confessou. - As vezes minha mãe saia muito tarde do trabalho, e pra não ficar sozinha, eu vinha pra cá. Ficava aqui com a secretaria ou sozinha mesmo... eu me sentia eu mesma.

-Ohana: Não achava perigoso? - sorri ladina. - Você tinha o que? 16 a 17 anos?

-Larissa: Não, não era perigoso, eu nunca ficava perto das bordas. - salientou, e de fato, era seguro se tivesse atenção. - E tinha por volta dessa idade.

Senti suas mãos geladas pressionarem minha cintura de leve, e seu nariz arrastar-se pela lateral da minha face.

-Larissa: Quero ficar sozinha com você hoje... - ela disse baixinho. - Quero um tempinho só pra gente.

Eu sorri boba pela confissão, virando-me e segurando seu rosto entre minhas mãos, trazendo-a para perto, dando-a um beijo sútil e apaixonado.

-Ohana: Temos que vê como vamos fazer isso. - salientei em sussurros. - Hum? Até porque temos o Théo.

-Larissa: Deixa comigo? - ela pediu sorrindo dengosa e eu assenti.

(...)

Depois que tornamos para a casa da sua mãe, ficamos com Théo um pouquinho e depois ela o levou pra tomar banho. Eu observei ela fazer isso com ele, secar ele e depois o ajudar a escolher uma roupa. Ainda descalços, ele correu para a sala de estar, aninhando-se nos braços de Miriam. Acabei por tomar banho com Larissa, demorado por sinal.

-Larissa: Você é perfeita. - ela disse baixinho, segurando meu rosto entre suas mãos.

Estávamos completamente molhadas naquele mediano âmbito, a água morna do chuveiro caia contra suas costas e ela ainda permanecia observando-me. Havia extremo carinho em seu expressar. Abracei seu corpo nu e deitei a cabeça em seu colo, por uma fração de segundos, antes de buscar um beijo.

(...)

Almoçamos outra vez em família, entretanto, Renan teve que se dedicar ao trabalhos assim como Miriam, que despediu-se de nós momentaneamente e posteriormente saiu seguida pelo filho. Theodoro passou a dar atenção a sobremesa, e eu, aos toques sutis e afetuosos de Larissa, por baixo da mesa. Sua mão tocava minha coxa, subindo e descendo incessantemente. Ela usava óculos escuros, mas pela lateral eu podia vê-la encarar um homem na mesa à frente. Ele tinha cabelos bem cortados, negros, era branco e aparentemente alto. Usava vestes de típico garoto playboy riquinho, tinha um sorriso bonito e sempre a mostra, usava também joias de aparentemente alto valor.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora