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Ohana:

Embarcamos no jatinho particular que eu possuía, assim que ele pousou no aeroporto principal do Rio de Janeiro. Larissa foi dormindo com Théo a rota inteira, numa das poltronas deitadas. Assim que chegamos a Miami, Martin já estava a nos esperar com Charles. Fôra bem receptivo com a mãe de Larissa e com Renan, e posteriormente nos ajudaram com as malas.

Eu embarcaria com Larissa para Nova York em cerca de dois dias, visto que já tínhamos adiado muito o lançamento da nova sede. Onde obviamente, minha futura esposa era a nova face desta era.

Depois que chegando finalmente em casa, Larissa subiu pro quarto com Théo em seus braços, e o colocou na cama. Já tinham organizado tudo como eu havia pedido, inclusive os quartos de hóspedes. Eu ainda não amava aquela casa, mas passaria a me acostumar com ela. E bem, ter Larissa ali, e agora um aumento na família mesmo que fosse por um pequeno tempo, seria primordial.

-Larissa: Quando eu disse que queria dar um irmãozinho ao Théo... eu não estava brincando... - ela disse assim que sentei-me na cama, e eu olhei-a paciente.

-Ohana: Eu sei. - sorri ladina. - Acha que eu não vi você olhando as fotos do Théo, quando ele era bebê? E as minhas quando eu estava gestante? - questionei óbvia e ela ficou tímida.

-Larissa: Você estava linda... - ela sorriu ao dizer.

Larissa aproximou-se o suficiente para que eu segurasse suas mãos e a trouxesse para mim.

-Ohana: Eu quero ter um bebê com você. - eu fui sincera. - Eu quero ser mãe mais uma vez. - respaldei. - Mas quero que você esteja sempre aqui comigo, eu quero que esteja comprometida e envolvida. Eu não quero e não posso fazer isso sozinha outra vez.

-Larissa: Não vai fazer isso sozinha nunca mais. - ela disse baixinho, seus olhinhos brilhavam, ela parecia tão convicta. - Eu prometo. Vou estar presente do início ao fim, hum? Desde o planejamento até o fim dessa gestação. Vou ser presente o tempo todo, na criação dos nossos filhos.

Ela colocou meus cabelos atrás da orelha, e buscou um selinho.

-Larissa: Eu quero que se sinta confortável fazendo isso. Vamos fazer no seu tempo... quando se sentir segura e confiável. - ela disse baixinho e eu assenti milimetricamente. - Eu quero muito ter uma mini Ohana correndo pela casa... - ela disse baixinho. Não que você seja grande... - foi o suficiente para que eu deixasse um tapa em seu braço.

(...)

Tomamos banho juntas e logo em seguida, Larissa secou meus cabelos. Enquanto nos mantínhamos entre carinhos.

-Larissa: Está cansada? - ela questionou baixinho.

A vi colocar o secador sobre o apoio, e então repousar ambas as mãos sobre meus ombros. Senti o deslizar carinhoso, e então seus lábios selaram-me beijos na bochecha. Eu estava tão cansada, e ela também. Mas Larissa já tinha que ir trabalhar, afinal, tínhamos adiado muito as coisas.

-Ohana: Não dá mesmo pra trabalhar em casa? - questionei chateada e ela sorriu ladina.

-Larissa: Preciso ser fotografada ainda hoje. - ela respondeu baixinho.

-Ohana: E se... eu mexer uns pauzinhos e montar um estudio aqui? Só pra você poder ficar em casa... - sugeri e ela respirou fundo.

-Larissa: Não. - ela respondeu. - Você fica aqui e descansa. Eu prometo que volto rapidinho.

-Ohana: Tudo bem. - fui compreensiva.

Larissa saiu pra trabalhar cerca de 30 minutos depois. Fiquei em casa com Miriam e Renan, os apresentei cada cômodo, e por fim ficamos na sala de estar. Visto que chovia lá fora. Théo brincava no tapete, com algumas peças de Lego, e Martin, preparava para nós um capuccino. No início da noite, Larissa finalmente chegou, e seu agir não negou o quanto estava cansada.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora