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Larissa:

Silenciei-me ao ter a mão de Ivana a acariciar minhas costas. Estávamos mais que próximas ultimamente, isso era bom, de fato. Ela me aceitava bem, e eu me sentia confiante e bem com isso.

-Ohana: Tudo bem? - senti as mãos bem conhecidas se apossarem da minha cintura, enquanto eu ainda caminhava vagarosa com sua mãe.

-Larissa: Me sinto melhor. - sorri ladina e vi a mãe dela também sorrir.

-Ivana: Conseguiu falar com seus avós? - vi a mais velha perguntar paciente.

Ohana entrelaçou a mão a minha, a medida em que assentiu para a própria mãe. Caminhávamos agora às três, enquanto Theodoro nos seguia em passos desconexos, enquanto dava mais atenção ao cachorro, do que aonde íamos.

-Ohana: Já saíram de Londres. - ela relatou paciente. - Eles querem conhecer você. - ela disse para mim.

Eu assenti milimetricamente, visto que eu também queria muito conhecê-los. Ainda que isso me deixasse meramente ansiosa e temente. Eles eram idosos, poderiam diferir dessa ideia assim que me conhecessem e tornassem aquela convicção ainda mais real.

-Theodoro: Mamãe a gente vai pra casa? - ele questionou a Ohana, assim que sentamos-nos nos bancos amadeirados no recinto.

-Ohana: Quer ir pra casa? - ela questionou com frustração.

-Theodoro: Não...

-Ivana: Então porque está perguntando?

-Theodoro: A mamãe já está melhor... - ele disse baixinho. - Mas não quero ir pra casa.

-Ohana: Não vamos pra casa. - a loira sorriu ladina.

O garoto sorriu bobo, levando-se a caminhar para mim. Ele escondeu o rosto em meu colo, e repousou ambas as mãos em minhas pernas. Acariciei-lhe os cabelos sedosos e lisos, e Ivana levou-se a nos observar.

Ohana:

Depois de um tempo, retornamos para dentro. Larissa estava visivelmente melhor e eu esperava muito que ela continuasse assim. Devido o desgaste físico que teve dada as condições de saúde, ela ficou um pouquinho fragilizada. Decidi por contatar uma enfermeira que costumava ajudar nossa família quando precisávamos dos seus serviços. Larissa tinha feito recentes exames, não era uma necessidade absurda, mas ajudaria-a de imediato.

Papai estava no sofá próximo a lareira com minha mãe, enquanto Helena, aplicava na ruiva um soro com vitaminas necessárias.

-Ohana: Tudo bem? - questionei baixinho a ela. Constantemente eu perguntava, minha preocupação com ela era tremenda.

-Larissa: Para de se preocupar... - ela disse baixinho, segurando minha mão. - Está tudo bem.

Acariciei-lhe o rosto e ela deitou a cabeça em minha barriga. Passei a conversar com Helena enquanto Larissa apenas se mantinha quieta ali.

(...)

Ela acabou dormindo depois de deitar a cabeça em minhas pernas. Enquanto eu me mantinha na presença dos meus pais. Falávamos agora sobre as ações da empresa, como eu estava agindo dado a isso. Bem, estava tudo bem. Acima de qualquer coisa, a estabilidade administrativa de todas as agências, era primordial para mim.

-Sidney: Não vacile quanto aos contadores. - ele soou instrutivo. - Dinheiro entra e sai, fazer sair é bem fácil.

-Ohana: Está tudo bem... - eu salientei outra vez. - Celine é meus olhos e ouvidos, além do mais eu tenho contabilizado tudo.

De fato, era fácil passar as mãos e levar-me um quantidade de dinheiro. Isso, se fosse esperto o bastante. Entretanto, havia-me um outro adendo. Manter-me estável, no topo, enquanto mantinha Yugan fora da linha crescente, e os demais concorrentes.

Curvilíneas - Ohanitta Onde histórias criam vida. Descubra agora