Capítulo 21

637 50 15
                                    

— Não tem ninguém discutindo aqui. — Ele respondeu.

— A Maitê está aqui, será que vocês podem dar um tempo? — Tatiana pediu. — Presenciar briga dos pais é a pior coisa que existe.

— Então se mexe e manda o seu marido calar a boca! — Sophia disse irritada. — Não seja uma mosca morta!

— O quê? — Tatiana franziu a testa surpresa. — Você sabe?

— É claro que eu sei. — Falou ainda irritada. — E você tem sangue de barata, não é possível que aguenta isso tudo aqui em silêncio.

— Eu vou falar o quê? — A mulher deu de ombros e Sophia se virou para olhar em seus olhos.

— Reage, mulher. — Se pudesse, teria sacodido Tatiana pelos ombros. — Ele é um problema seu, não meu.

— Gente, eu tô amando isso daqui! — Maitê falou e arrancou risada de todo mundo. — Minha mãe é o máximo.

— É? — Micael perguntou com braços cruzados. — Porque é irresponsável e respondona?

— Porque é decidida e não deixa ninguém mandar nela. — Respondeu o pai e Sophia deu risada. — Lá em casa a Tati é tão pau mandada, nunca tem arranca rabo.

— Maitê! — Tatiana repreendeu, mas em seguida riu. — Acho que você tem razão mesmo. Nunca protagonizei uma briga dessas, desculpa não te divertir, Maitê.

— Pois você devia reagir. — Sophia disse ainda virada pra Tati. — Aquilo ali é autoritário pra caramba, se der uma confiança ela começa a mandar e não para mais.

— Chega né, Sophia, eu acho que a Tatiana me conhece bem o suficiente.

— Gente, chega! — Jorge falou e todo mundo ficou em silêncio. — Eu trouxe um chocolate, não precisava dessa guerra toda. Vocês dois quando estão perto ou se agarram ou se matam. Não existe meio termo.

— Não exagera também. — Micael disse de bico.

— Se querem enganar alguém, enganem a Tatiana e a Maitê que não tem costume de ver vocês juntos, porque eu e Branca já cansamos de ver e sabemos bem como são. — Branca deu risada. — Chega, nem estão mais juntos, já acabou essa palhaçada.

— Tudo bem, não tá mais aqui quem falou. — Ele ergueu a mão.

— Que ótimo, agora se eu puder terminar de dar os meus presentes e completar a minha visita. — Micael ficou mudo. — Aqui Soph. — Estendeu uma caixinha que Sophia abriu com expectativa.

— AH, EU NÃO ACREDITO! — Deu risada. — O meu carimbo! — Seus olhos encheram de lágrimas.

— Não é exatamente o seu, eu mandei fazer outro igual, já que o seu secou faz tempo. — Deu de ombros, estava guardado comigo esperando o momento certo de ter dar. Sabe que é a minha pediatra favorita, não sabe?

— Foram seis anos difíceis pra pediatria desse hospital, não é Jorge? — Ela deu risada.

— Ainda está sendo, meu amor. — Brincou. — Quando é que você vai voltar pros plantões? As madrugadas nesse hospital nunca mais foram as mesmas.

— Você pode ter certeza que assim que eu conseguir assinar meu nome de forma decente eu vou voltar. — Sorriu. — Muito obrigada! — Jorge assentiu. — Olha, pode falando pra Antônia que já já eu vou ter alta e quero almocinho pra mim.

— Você acha que ela ia perder a oportunidade? — brincou. — No instante em que você sair desse hospital, ela vai te convidar.

— Pode dizer que eu vou aceitar. — Jorge sorriu.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora