Capítulo Final

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— Eii, cadê meu irmão? — Maitê chegou no quarto falando alto e recebeu "shhh" do pai e da mãe. — Desculpem, estou empolgada! — Se aproximou do bercinho onde o bebê dormia serenamente. — Ele é tão fofo! 

— É lindo! — Branca completou a neta. 

— E parece com você, pai. — Maitê disse espontaneamente enquanto analisava o rosto do pequeno. — O narizinho e um pouquinho do queixo também. — Micael sorriu e olhou pra Sophia que sorria igual. — Posso pegar ele um pouquinho? 

— Senta aqui. — Micael apontou pra cadeira e então pegou o bebê deixando aconchegado no colo da irmã. — Pelo visto ele gosta do seu colo, já que não acordou. 

— É claro que gosta, eu tenho um ótimo colo. — Disse com um sorriso admirando o pequeno. 

— Vou aproveitar que vocês estão aqui com os dois e vou lá no cartório da recepção registrar o bebê, tá bem? — Deu um selinho na esposa. — Já volto.  

— Você vai mesmo chamar essa fofura de bebê de Micael? — Maitê protestou. — Micael Segundo?? 

— É um nome muito bonito. 

— Não é e o senhor sabe disso. — Ele deu risada e saiu do quarto deixando Maitê indignada. — Mãe, você devia impedir essa loucura. 

— Deixa seu pai, ele esta feliz com a ideia de dar esse nome pro bebê, a gente vai acabar chamando de Júnior né, mas fazer o quê. — Sophia deu de ombros. 

— Quando você crescer, vou dizer que tentei ajudar. — Cochichou pro bebê e arrancou risadas da mãe e da avó. 

Logo Sophia teve que se explicar a Branca sobre não ter avisado. E o clima estava agradável naquele quarto. Micael não demorou a voltar com a certidão de nascimento do bebê. 

— Nosso bebê já está registrado. — Entrou erguendo o documento. — Oficialmente um cidadão. 

— Micael Segundo? — Sophia perguntou prendendo um riso. 

— Micael Abrahão Borges Segundo. — Corrigiu e arrancou mais risada da esposa. — Um nome forte desse. 

— É sim, amor. — E no fim ele deu risada e mostrou a Sophia o documento. — Murilo?! — Arregalou os olhos. 

— Achou mesmo que eu ia fazer isso com a criança? — Gargalhou da careta de surpresa das mulheres no quarto. — Eu sei que você gosta de Murilo, então... 

— Graças a Deus! — Maitê disse alto e acabou com o momento fofo dos pais. — Ele tem muito mais cara de Murilo do que de Micael Segundo.  Ainda bem que você desistiu dessa loucura. 

— Vai pra aula, Maitê. 

— São quatro da tarde! — Protestou. — Vou ficar aqui protestando, eu preciso intervir pelo meu irmão, ele ainda não fala. — Arrancou mais risada de todos e o clima foi de harmonia com o novo membro da família Borges.  

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Sophia e Murilo receberam visitas de todos os membros da família e vários presentinhos de boas vindas, ficaram dois dias no hospital. Quinze dias depois e Branca seguia morando com eles na nova casa, ajudando a filha no que era necessário, afinal Micael ficou três dias de licença e logo teve que voltar ao seu trabalho. 

Os dias com o pequeno eram só alegria. Branca permaneceu com os dois por três semanas mais e logo Sophia disse que já estava bem e que poderia cuidar de tudo, agradecendo a mãe em todo momento pela gentileza e disponibilidade de sempre. 

Quando completou seis meses, Sophia voltou pro hospital e a babá de sempre, Natália, ficou com Murilo e Maitê. 

O dia da renovação de votos do casal finalmente havia chegado. Era uma festa pra pouquíssimas pessoas, somente os mais chegados. Aquela festa  havia sido adiada para depois que o menino nascesse. 

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