Capítulo 69

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Na manhã seguinte, Micael acordou antes dela novamente, mas dessa vez, ao invés de ir fazer o café da manhã, ele analisou com maldade o corpo da mulher ao seu lado.

Sophia tinha dormido de calcinha e com a mesma camisa de sempre. Estava deitada de lado, e ele tinha um visão privilegiada de sua bunda.

Ergueu a mão e acariciou de leve o corpo da mulher que se remexeu, mas não acordou. Encostou atrás dela, sentindo seu cheiro, precisava senti-la naquela manhã.

Enfiou as mãos por debaixo da camisa e alisou os seios, Sophia remexeu, mas ainda não havia acordado. Permitiu a mão escorregar pelo caminho da felicidade e entrar pela calcinha, sentindo o toque quente da intimidade de sua namorada.

Acariciou seu clitóris com movimentos circulares e já a sentia molhada. Sorriu ao escutar um leve gemido escapar de Sophia.

Sabia que a loira já estava acordada, só aproveitando o carinho que recebia. Parou o movimento com os dedos e saiu de trás dela. Enlaçou os dedos na calcinha e a tirou de uma só vez, tento livre acesso a Sophia.

Assim que a língua tocou sua intimidade Sophia arqueou o corpo de surpresa. A farsa de que dormia foi por água abaixo e ela teve os olhos bem abertos observando Micael fazer uma das coisas que fazia de melhor.

— Bom dia. — Afastou a boca pra dizer e logo voltou aos trabalhos.

— Uma delícia de acordar assim... — Soltou manhosa enquanto aproveitava. Sentiu dois dedos grossos em si e arregalou os olhos quando a língua voltou a trabalhar. — Gemia alto, estava quase lá, se agarrava aos lençóis com as costas arqueadas num sinal de prazer intenso. — NÃO PARA. NUNCA. MAIS. SAI. DAI. — Disse pausadamente no auge do prazer e sentiu o namorado intensificar ainda mais. O corpo se contraiu e então relaxou, dando a Micael sinais de que ela havia chegado no ápice.

— Tá preparada? — Ela franziu a testa sem entender, sua mente ainda confusa de prazer. Mas não teve muito tempo pra raciocinar, sentiu Micael entrar e virou os olhos de prazer. — Gostosa! — Seus movimentos eram devagar, aproveitava o momento, era delicioso fazer amor assim, sem pressa. — Eu te amo.

— Eu também te amo. — Ela disse de olhos fechados, curtindo aquele sexo matinal.

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— Agora que já escovamos os dentes, será que eu posso ganhar beijo de bom dia? — Micael perguntou ao abraçar Sophia pelas costas, a loira estava parada diante do espelho penteando os cabelos.

— hummm quantos quiser. — Deu risada ao receber um beijinho no pescoço e sentir a barba mal feita de Micael roçar. — Amei a forma que me acordou, pode fazer mais vezes.

— É? — Soltou um riso malicioso. — Todo dia se você quiser! — Um beijo foi iniciado e as mãos dele já passeavam pelo corpo da mulher, mas antes que chegassem ao seu destino, ela as segurou. — Que foi?

— Já é quase dez da manhã, a gente vai descer e fazer o café da manhã, você inclusive vai até a padaria porque eu quero muito comer um pãozinho com queijo e peito de peru.

— Tá com desejo é? — Brincou e a loira balançou a cabeça negativamente. — Daqui a nove meses a gente vê o resultado.

— Para de graça. — Lhe deu um selinho. — Eu tenho que marcar uma consulta com ginecologista pra pedir um remédio antes que realmente acabe engravidando.

— Com o ginecologista?

— Que eu saiba quem indica o remédio correto é o ginecologista, ou você também estudou sobre isso na sua especialização? — Ergueu uma sobrancelha aguardando resposta.

— Eu sei que tem que ser um ginecologista, perguntei se você tá falando de marcar consulta com aquele ginecologista que tava se agarrando no estacionamento? — Todo bom humor já tinha saído dele e o ciúme tomava conta.

— E o que tem demais? Ele é um médico qualquer, e dizem que muito bom por sinal. — Deu de ombros, deixou a escova de cabelo no lugar e saiu do banheiro indo até o closet, buscar uma roupa. — Se não fosse, não trabalharia lá no Life.

— Não estou nem aí pro fato dele ser um bom médico. — Trincou o maxilar. — O cara tava com a língua enfiada na sua garganta um dia desses e agora você vai lá tirar a roupa pra ele?

— Pra um exame! — Respondeu ainda achando graça. — Exame ginecológico que deve ser feito semestralmente. Você me conhece bem, sabe que eu cuido muito bem da minha saúde.

— Eu até entendo, mas não pode ser outro médico? Tem vários lá! Não precisa ser esse cara.

— Se você continuar com esse protesto de homem ciumento, vai ser ele sim. — Ele rolou os olhos. — Eu nem ia transar com ele, cara. Não precisa disso tudo.

— Não ia? — Ergueu uma sobrancelha.

— Não! — Bufou e finalmente escolheu uma roupa. Logo começou a vestir. — Você acha que se eu fosse transar com ele eu estaria no estacionamento na hora do fim do seu plantão? Fala sério, você matou isso na hora, não vem se fazer de besta agora.

— Eu tava certo é? — Cruzou os braços com um sorriso. — Tava querendo fazer ciúme em mim?

— Eu tava com raiva porque a Tatiana disse que ia atrás de você. — Então o sorriso se transformou em gargalhada. — Pode rir, mas ela me irritou.

— Ta, aí você tava com ciúme da Tatiana e ao invés de chegar em mim e conversar como uma adulta, você foi lá e agarrou aquele homem feio no estacionamento pra me irritar?

— Não foi o meu momento mais racional e inteligente, tá bom? — Ela também deu risada. — Foi o que me ocorreu na hora, eu queria mostrar que estava bem também.

— A Tatiana veio se oferecer pra namorar comigo de mentira, pra fazer ciúme em você, sabia?! — Contou bem humorado, agora a raiva pelo ginecologista tinha passado.

— Claro que sabia, a cara de pau disse na minha cara depois que eu fui falar pra ela que não queria vocês juntos. — Micael só dava risada. — Quer parar de rir?

— Desculpa, é que tô imaginando a sua cara! — Continuou dando risada. — Quer dizer que você disse que não queria a gente junto?

— Depois que você jogou na minha cara que ela tinha feito uma proposta interessante. — Contou envergonhada e recebeu mais risada. — Para de ser idiota!

— Amor, é engraçado. Eu não sabia que você estava com tanto ciúme.

— Ainda se faz de besta. — Rolou os olhos. — Claro que você sabia! Todo mundo sabia, eu nem conseguia esconder.

— Tá, mas eu nem cogitei entrar nessa loucura da Tatiana. Eu lembro do dia que você me disse que te fazia mal me ver perto dela, mesmo com toda raiva do mundo, eu não faria você reviver isso.

— Obrigada por isso. — Lhe deu um selinho. — Mas eu vou marcar a consulta.

— Não com o calvão. — Pediu novamente. — Eu não esqueço vocês se agarrando.

— Mesmo sabendo que foi só pra implicar? Igual você agarrou a Jaqueline. Tem que ter ciúme do Fernando, com ele eu ia transar mesmo.

— Ah, nem me lembra dessa pouca vergonha. — Levantou da cama irritado e saiu do quarto, deixando Sophia dando risada da situação.

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