CAPÍTULO 4

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                 MATTEO VALENTINI

Dias atuais

Acelerei ainda mais o carro pelas ruas de Milão, o ronco do motor me relaxava. Meu novo brinquedo da vez era minha nova Ferrari SF 90 Stradale preta. Desde que aprendi a dirigir comecei a colecionar carros, desde então não parei. As ruas já estavam vazias, já eram 3 a 4 horas da madrugada.
Entrei na garagem subterrânea do meu edifício. Tinha um edifício aqui em Milão, minha mãe gostava de passar alguns dias na cidade, para ir em desfiles e alguns eventos, então comprei o edifício. Uma das merdas que vem com a cadeira de Don é que você tem que comparecer nesses caralhos de eventos e festas irritantes, e eu não tenho paciência para essas coisas. No começo eu comparecia, mas depois minha pouca paciência se esgotou, então mandei tudo a merda, ninguém iria contrária a minha decisão de não ir nesses eventos. Sou o dono da porra toda. Depois de um tempo coloquei Lorenzo como meu Consigliere, meu braço direito.
Quando estamos juntos fazemos muito estragos. Um de nós já é ruim, os dois, então, faz os nossos inimigos morrer de medo. Como hoje fizemos um filho da puta russo pedir clemência chorando ao nos ver entrando na sala de tortura. Soube que eles estavam aqui, então vim limpar a minha cidade desses ratos nojentos.

Entrei no elevador com Santiago, aonde eu ia ele ia junto fazendo a minha segurança. Mesmo que eu soubesse me cuidar muito bem.
Saindo do elevador, Santiago foi ver se estava tudo em ordem. Enquanto ele verificava tudo, eu mandava uma mensagem para Lorenzo.

— Tudo limpo, senhor — Assenti.

— Vamos voltar amanhã bem cedo para casa — Avisei.

— Sim senhor.

— Pode se retirar — Ele assentiu e se retirou.

Santiago ficava em um apartamento abaixo da minha cobertura. E alguns dos outros apartamentos estão ocupados pelos nossos outros soldados, tirando o do Lorenzo.

Depois do acontecido tive que deixar os meus soldados o mais perto possível.
Há uns meses, atrás, eu e Lorenzo estávamos na França resolvendo algumas pendências, quando chegamos no nosso apartamento fomos atacados, 5 Russos tentaram nos matar. Os filhos da puta estavam nos esperando dentro do apartamento, eles nos esperaram chegar e tirar as nossas armas, para nos atacarem. Eu e o Lorenzo estamos relaxados com as armas longe do nosso alcance… uma falha nossa. Por sorte o Santiago estava por perto e ouviu as coisas se quebrado dentro do apartamento… sai com alguns cortes de faca, e Lorenzo com a mão machucada, mas os russos saíram mortos. Demorou mais pelo álcool nos nossos corpos, ficamos mais lentos.

A partir desse dia todos os lugares que temos um apartamento os soldados tem um a baixa ou ao lado. E aonde eu vou minha arma vai junto, até mesmo no banheiro e para dormir.

Me servi uma dose de whisky e acabei tudo em um gole só. Fui para o quarto para tomar um banho, assim que me desfiz da camisa o meu celular começou a tocar. Era o meu tio.

— Algum problema para você me ligar a essa hora?

Giovanni Rizzo foi morto hoje em sua casa.
— O quê? Como isso aconteceu, a casa dele é rodeada de soldados — Suspiro irritado.

Tem um traído. Encontraram Giovanni no escritório morto, com um tiro na cabeça a queima-roupa. Não ouviram nada, a arma estava com silenciador. A pessoa entrou e o matou e saiu sem ser visto. A câmera do escritório estava desligada.

— Mais que porra!— Esbravejo passando a mão pelos cabelos, furioso.

— Temos que tomar cuidado redobrado agora, não vou permitir que esse desgraçado viva por muito tempo.

Amanhã nos vemos.

Chegarei bem cedo —Desligo o celular e respiro fundo.

Digito número do Lorenzo, chama e chama, mas o infeliz não atende. Com certeza está com o pau enfiado em uma puta. Mando uma mensagem de voz para ele.

— Lorenzo vamos voltar para casa amanhã antes da 7h, esteja no aeroporto quando eu chegar, se não eu te deixo para trás.

Depois de alguns minutos o meu celular apita, com a chegada de uma mensagem.
O desgraçado me mandou um dedo. Amanhã eu vou quebro esse dedo dele.           

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora