CAPÍTULO 102

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MATTEO VALENTINI

Eu acordei com um nó na garganta, um sentimento terrível de que algo ruim iria acontecer. Desde que Emma desapareceu, eu estava preso em uma constante angústia e incerteza. Eu não poderia simplesmente ficar sentado e esperar que alguma informação da onde ela poderia estar caísse em meu colo. Eu precisava encontrá-la, onde quer que estivesse. Por isso fui atrás do Rafaello, mesmo querendo matá-lo, precisava dele.

Começamos a seguir todas as pistas que tiamos, cada mínima informação que pudesse me levar a Emma.
Viramos a noite procurando pista nos lugares aonde Demétrio frequentava, e suas propriedades. Já era de manhã quando Lorenzo chegou com Santiago no local aonde estávamos ficando. Rafaello tinha disponibilizado uma casa para nós ficarmos.

- Achamos - Lorenzo diz assim que chega perto de mim.

- Na casa da montanha - Rafaello diz.

- Sim. Todas as outras propriedades dele estão fechadas, não tem ninguém, mas na casa da montanha tem guardas ao redor, e não são poucos.

- Vamos - Rafaello diz se levantando.

- Não - Digo - Vamos em um horário que eles estão mas vulneráveis.

- Na madrugada, estarão cansados, e não estarão esperando por nós. Lorenzo fala.

- Está bem - Rafaello diz.

Quando chegou a madrugada saímos, alguns dos meus soldados e do Rafaello foram na frente, e nos fomos atrás. Dirigir em alta velocidade pelas ruas escuras da cidade. Quando estávamos chegando perto, deixamos os carros e seguimos a pé.

Ouvir as rajadas de tiros, e corri em direção a entrada da propriedade.
Os soldados que faziam a segurança da frente da casa estavam no chão mortos.

- Ela não está lá dentro - Um dos soldados do Rafaello me avisa.

- Procurem por tudo - Ordeno.

Quando vou entrar dentro da casa ouço um tiro vindo de trás da casa. Saio correndo e vejo a Emma.

- Emma - Grito quando vejo ela caindo no chão.

Saio correndo, e quando chego perto dela percebo o sangue.
Me desespero.

Me sento no chão e passo a mão em seu rosto.

- Ei, eu tô aqui. Abre os olhos, amor, abre os olhos.
Ela abre os olhos lindos.

Ela me dá um pequeno sorriso, e uma lágrima acaba escorrendo.

- M...
Ela se esforça para falar.

- Não diz nada. Não se esforçar.

Pela primeira vez eu não sei o que fazer, eu fico desesperado.

- Lorenzo!
Grito com toda força que tenho.

Quando olho para ela, seus olhos estavam fechados.

- Não feche os olhos, olhe para mim. peço em desespero.

Ela abre os olhos novamente, com dificuldade.

- Olhe somente para mim, não desvie, está bem? Não feche os olhos, está me ouvindo, por favor, não feche.

Seus olhos demonstravam medo e desespero. O brilho que costumava irradiar deles havia se apagado.

- Amor não dorme. Fica comigo.

- Mia - Ela fala, mas não consigo entender - Mia.
Ela fala mais alto.

A olho sem entender o porquê dela falar o nome da Mia.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora