CAPÍTULO 24

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                MATTEO VALENTINI

Se tivermos um botão de desligar as emoções seria tudo mais fácil. O sentimento fode com tudo, fode com sua cabeça e te deixa fraco, dá aos seus inimigos vantagens sobre você. Está com a Emma e ela não me rejeitar me fez sentir algo. Iria dormir em outro quarto, mas não consegui, não iria conseguir dormir sem prova do seu corpo novamente. E quando ouvir seus gemidos, e sentir seu corpo o que estava sentindo aumentou e me incomodou. Precisava me afastar dela, essa coisa toda de sentimento só serve para nos deixar fracos e vulneráveis. Então assim que chegamos fui encontrar com Lorenzo, sabe como estava tudo. Os putos dos Russos atacaram um dos nossos laboratórios de drogas.

— Não sobrou nada.
Lorenzo diz respirando fundo.

— Eu quero saber como eles conseguiram chegar até o nosso laboratórios.

— Não sabemos ainda.

— Então trate de descobrir que porra aconteceu.
Digo de forma abrupta.

Cheguei em casa bem tarde, já estava subindo as escadas quando vi uma luz na biblioteca. Fui até lá, a porta estava entre aberta me dando a visão da Emma deitada no sofá dormindo com um livro em suas mãos.
Entrei e fui até ela, peguei o livro da sua mão e o coloquei do lado, e a peguei com cuidado nos braços.

A porta do seu quarto está encostada, a empurrei com pé e entrei, a coloquei na cama com cuidado, e a cobri com o lençol. Quando eu percebi já estava sentado na beira da cama a observando. Ela era a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida, a cor dos seus olhos me fascinava...quando ela me olhava eu mergulhava naquela imensidão azul. Tudo nela me fascinava, eu era obcecado por ela, e não tinha nada sobre a terra que me faria abrir mão dela, nunca deixaria ela ir embora.

Me levantei e fui pro meu quarto, tomei um banho e fui me deitar, mas não consegui dormir por causa da merda daquela garota.

                       ☆☆☆☆

Quando o sol nasceu eu já estava acordado, consegui dormir só 2horas. Deixei dá 7 horas pra levantar, quando o relógio deu 7 horas me levantei e fui me arrumar. Quando desci a mesa já estava sendo posta.

— Bom dia. — Mariana me cumprimentou com um sorriso.

— Boa dia.
Disse seco.

Já não estava bem pelos acontecimentos, não dormi piorou tudo.
Ela me serviu e saiu.
Depois de alguns minutos a Emma aparece com a porra de um vestido branco com flores azuis, com um decote que mostra bem seus seios, e deixa suas pernas bem evidentes.

Quando ela me vê ela para de andar. Ela respirou fundo antes de continuar o caminho até a sua cadeira, que é perto da minha. Ela comi em silêncio. Olho pro seu decote, e descubro que ela está sem sutiã.
Volto a olhar pro meu celular, e me concentrar no meu café.

— Eu fiz alguma coisa de errado?
Ouço a sua voz baixa.

A olho, vejo que está nervosa e tensa.
Seus olhos me encara de um jeito que me deixa hipnotizado por uns minutos.

— Não.
Digo é volto a olhar pro celular. Sinto ela me olhando, mas logo seus olhos voltam pro seu prato. Me levanto deixando meu café pela metade e ando até a saia.

— Matteo!
Paro quando ouço ela me chama.
A olho pelo ombro.

— Você...Ahn....você vai demorar pra chegar igual a ontem?

— Provavelmente.
Ela abaixou os olhos, meio...triste.
Me virei e voltei pra perto da mesa.

— Por que?
Ela me olhou e me deu um sorriso amarelo.

— Nada.

Sabia que não era verdade, mas não estava com tempo e nem paciência pra saber oque era.
Sair de casa e fui direto encontrar com meu tio, ele estava me esperando para conversarmos. Quando cheguei fiquei surpreso em ver Vincenzo Esposito o Don da Cosa Nostra, junto com meu tio, e Lorenzo, que estava encarando Vincenzo como se fosse arrancar a sua cabeça. E eu estava pronto para atirar na sua cabeça.

— Que porra que esta acontecendo aqui?
Perguntei olhando pro meu tio.

— Calma Matteo. Vincenzo me ligou e eu pedir pra ele vim até aqui.

— Soube que os Russos atacaram um do seus laboratórios. Eles atacaram um dos nossos carregamentos, que valia muito.
Vincenzo disse calmamente.

— E oque eu tenho haver com isso?

— Conseguimos pegar um dos que fizeram isso. E ele não era russo, era italiano. E disse que foi você o mandante de tudo.

Dei um risada sem humor. Lorenzo revirou os olhos olhando para Vincenzo.

— Você acha mesmo que eu ia perde o meu tempo tentando roubar um carregamento seu?. Se eu quisesse arrumar briga com você não seria por causa de uma porra de um carregamento, e sim pra pegar seu território.
Seu maxilar tensionou.

— Eu sei. Por isso não fiz nada, liguei pro Nicolo, já que ele é mais...digamos fácil de ter uma conversa sem que alguém acabe com uma bala no meio da cabeça. Ele me disse que não foi você, que vocês também tinham sido atacados também.

— Aonde está filho da puta que disse que fui eu?

— Morto. Mas antes ele me confesso tudo. O plano era nos colocar um contra o outro.

— Por qual motivo?
Lorenzo pergunta.

— Distração. Ele só me disse isso, o Russos estão tramando algo contra nós, e estão tendo ajuda daqui. Já mandei verificar cada um da organização. Dmitri Vassiliev quer vingança contra minha família.

Dmitri Vassiliev era o Pakhan, o chefe da Bratva. Ele tinha uma rixa com a Costa Nostra, contra a família Esposito. O pai do Vincenzo matou seu pai quando ele tentou sequestrar a sua esposa, Amélia Esposito. Então Salvatore Esposito matou Ivan Vassiliev. Na época Dmitri tinha 13 anos,  e jurou vingança a morte do pai.

— Então a Bratva se ajuntou com os nossos pra te foder. E os nossos se juntaram com a Bratva pra foder com a gente!?
Lorenzo fala.

— É oque parece.
Vincenzo concorda.

— Mesmo você não querendo, temos que trabalhar junto Matteo. Estamos do mesmo lado.
Nicolo diz chegando perto de mim.

— Faça oque você disse oque ia fazer, e me informe se descobrir algo. Farei o mesmo.
Vincenzo assenti.

— Vamos Lorenzo.
Saio cuspindo fogo.

— Que merda tá acontecendo!?
Lorenzo pergunta, assim que entramos no carro.

— Tem alguém que quer ferra com a gente bonito. Porque pra chegar a se alia com a Bratva....quem se alia com a Bratva?

— Alguém que quer morrer da pior forma possível. Quero saber a vida de cada um da organização, até a quantidade de vezes que vai ao banheiro.

— Sim. Também não podemos deixar a Camorra de fora, temos que investigar eles também.

— Eles são os primeiros da minha lista...dessa vez eu acabo com Rafaello Mancini.

Aperto o volante com força, deixando os meus dedos brancos.

— Porque você tem tanta raiva dele? Sei que no passado já tivemos uma briga por causa da Giulia, e tudo mais. Mais você tem um ódio por ele..

— Pessoas como ele não deveriam estar vivos.

— Pessoas como nós também irmão. Somos iguais a ele, ou pior.

— Não, não somos. Nunca mais repita isso.
Digo entre os dentes.

Rafaello Mancini é alguém que eu sonho em matar com as minhas próprias mãos, assim como sonhei em matar o meu pai. Mas dessa vez eu vou realizar o meu sonho. Vou acabar com cada um Mancini da face da terra, não vai sobrar nenhum.





Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora