Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta

CAPÍTULO 72

                MATTEO VALENTINI

Meu escritório estava todo destruído, ultimamente era assim que ele ficava.

— Quebrando tudo não vai resolver nada — Lorenzo diz.

— Você escolhe, sua cara ou os móveis. Ele se cala.

— Foi o que pensei.
Me sento respirando fundo, tentando me controlar.

— Ele me enganou, o desgraçado me enganou direitinho.
Rosno furioso.

— Ele é mais esperto do que imaginávamos. A garota é importante para ele Matteo, ela é a única pessoa que o impede de conseguir a cadeira.

— Eu vou achar essa desgraçada.

— Matteo você tem a Emma agora, ela precisa de você. Você quase não para em casa atrás do Demétrio. Você vai acabar com seu casamento, que mal acabou de começa. Você vai perdê-la.

— Como você disse, eu estou casado com ela, estamos presos um no outro até que morte nos separe.
Dou um sorriso de lado.

— Essa sua vingança está te consumindo.

— Somos assim irmão. Oque nos move é a raiva, ódio e vingança. Você não é diferente de mim Lorenzo, você pode mentir pra todos agindo como herói, mais você é o vilão. Eu assumo que sou o vilão, um mostro com a cabeça toda fodida, mas você....um lobo em pele de cordeiro. Vou te dar um conselho.

— Dispenso seus concelhos.

— Não fica escondendo o que você é, porque quando isso que está dentro de você sair, você não vai ter controle.

— Assim como você? Cuida da sua vida, das merdas que você está fazendo com sua esposa.
Ele se levanta e vai embora.

Chego em casa e me tranco no escritório, antes de sair da empresa Santiago me informou que estão tendo problemas com o FBI em Nova Iorque.
Eu tinha que ir até lá pessoalmente resolver tudo, mas eu não queria deixar a Emma sozinha, nunca mais iria viajar e deixá-la.

Peço para Mariana chamá-la, logo ouço uma leve batida na porta, e a porta se abre.

— Entra e fecha a porta — digo olhando pros papéis com o orçamento das boates.

Ela vem andando calmamente e se senta.

— Precisamos conversar — Digo largando o papel.

— Preciso viajar, e você vai comigo.

— Tudo bem.
Ela fiz tranquilamente, e isso me irrita.

Continuo olhando para seu rosto, para ver a expressão quando disser para onde vamos.

— Vamos para Nova Iorque.

Quando falo vejo seu rosto mudar, e seu corpo ficar ereto, tenso.
Ela ficar com um olhar perdido, pensativo.
Sei o que estava passando.

— Você vai ficar no apartamento enquanto eu resolvo a merda que fizeram. Não vai colocar o pé para fora daquele apartamento, não vai tentar falar com ninguém. Não vai avisar sua amiguinha que está voltando, se não nunca mas vai ouvir a voz dela novamente.

Desde da primeira vez que ela começou a falar com a amiga não parou mais. Permito por ver que não falam nada de mais, Emma não toca no assunto do porquê sumiu, e Sophie não perguntar nada.

— Você me entendeu?
Ela me olha com os olhos lacrimejando.

— Você está me tratando como se eu fosse sua prisioneira, não como sua esposa.
Ela respira fundo e continuou.