PRÓLOGO

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              MATTEO VALENTINI

    Não tive uma infância normal como das outras crianças, em vez de passar meu tempo brincando com carrinhos, jogando bola ou vídeo game, eu era treinado, treinava em como atira em uma pessoa para matá-la sem dó ou piedade, eu era treinado para tirar vidas, em resistir dores físicas, como suporta situações que pessoas normais não suportaria.
Quando fiz 8 anos de idade ganhei uma Berreta92FS. Se eu fiquei triste por isso?...não, eu adorei. Fui forjado em um assassino frio da pior maneira possível, sob a supervisão do meu pai, o homem que eu odeio. Meu pai me ensinou a não temer a nada e nem a ninguém. Desde criança fui forjado na escuridão sob o jugo dele. Sempre soube que seria o Don da ‘Ndrangheta, a máfia mais poderosa da Itália. Eu não poderia ser inferior ao meu pai, o Don mais temido de todos os tempos. Ele nunca foi piedoso, ou benevolente, sempre foi frio, cruel, empedernido, uma pessoa vil, e eu me esforçava  para ser melhor do que ele. Dentro de casa ele era um monstro, eu tinha pena da minha mãe, mas ela sempre foi forte pra nos proteger da sua irá. Ele a espancava em nossa frente, e se nós chorasse nós apanhávamos também, mas ela apanharia o dobro. Eu queria matá-lo, mas ele era o Don da máfia Italiana temido, e meu pai. Eu fazia oque fosse preciso para proteger a Mia e o Lorenzo, meus irmãos.

   Eu sempre fui o mais introvertido, quieto de nós três, nunca gostei de ficar rodeado de pessoas, de ter que me enturma, sempre fui o mais fechado. Já o Lorenzo sempre gostou de atenção, e é o mais falante, e isso não é um defeito nele, e sim uma qualidade.
Ele consegue levar qualquer um na conversa, pensa no filho da puta que tem lábia. Ele consegue qualquer coisa só conversado. O nosso pai trabalhou isso nele, fez disso uma arma. Ele não precisa de uma arma de fogo pra fazer estrago em uma pessoa, ele só precisa da voz, assim ele faz um estrago psicológico nas pessoas. Esse é o dom dele, fazer estragos no psicológico dos nossos inimigos, ele já fez assassinos chorarem, suplicarem. Eu sou bom com torturas, faço coisas que se as pessoas vissem diriam que eu não sou humano. 
Quando eu era criança minha mãe dizia que oque distingue um ser humano de um monstro é o coração, eu perdi o meu, mesmo quebrado ele estava ali, mas eu o perdi oque tinha sobrado. Quando eu tinha 18 anos ele parou de sentir o pouco que sentia, não sinto absolutamente nada, eu não tenho coração, esse órgão só está dentro de mim ainda por um motivo..., para bombear o sangue pro meu corpo, pra me manter vivo. Desde daquele dia o monstro que meu pai criou assumir o controle, perdi o meu coração, e a minha alma. A Minha família foi destruída.

     Mas tudo oque aconteceu foi porque somos da máfia, quando você é da máfia as pessoas que você ama são tiradas de você da pior forma possível, por isso eu não amo ninguém, o amor nos enfraquece. Quando eu completei 19 anos o meu pai foi assassinado, queria que fosse pelas minhas mãos, mas essa chance foi tirada de mim. Me tornei o Don da ‘Ndrangheta com apenas 19 anos.

As pessoas que me vê hoje, voltando para casa, com as mãos e as roupas coberta de sangue, não sabe por tudo que já passei para estar nessa posição, não gostaria de ter chegado a essa posição como cheguei....,a minha mãe quase não aguentou com tudo que aconteceu, quase a perdi também. Quando nasci, minha vida e meu destino já estavam traçados, eu nasci para isso, se o herdeiro do clã Valentini. Não foi me dado uma opção, de escolher oque eu queria. Teve um momento que eu queria ter uma opção. Quando Lorenzo foi iniciado, ele sofreu muito, eu tentei ajudá-lo, mas acabei com uma costela quebrada. Quando começamos ser iniciados o meu pai estava lá, ele só não nos matou porque éramos seus herdeiros. Por carregamos o sobrenome Valentini eu e meu irmão temos que ser os melhores, temos que ter acima te todos, não é permitido fraqueza da nossa parte.

Naquele dia que eu tentei ajudar o Lorenzo, que foi uma tentativa falha, enquanto eu estava no chão se contorcendo de dor o meu pai veio até mim e disse: Você  é  o herdeiro do clã Valentini, e o próximo a ocupar a frente da nossa organização Matteo, não era pra você esta no chão, se contorcendo de dor. É você que tem que faz as pessoa se contorcerem de dor, era pra seu inimigo está aqui no chão. Você é fraco, nunca vai ser um Don respeitado, você não é nada.

Ele cuspiu em mim é saiu e mandou um dos  soldados que tinha no local me bater, e depois me deixar preso por 2 dias, sem comida ou água, na época eu tinha 14 anos. Eu fui crescendo nessa poderosa família da máfia italiana me esforçado pra ser o maior e o melhor. E eu nunca fui de perder, depois daquele dia nunca mais ninguém colocou as mãos em mim, era eu que fazia as pessoas se contorcerem de dor.

Eu matei o soldado que quebrou a minha costela, depois de 2 semanas.    Minha primeira morte, e depois daquele dia nunca mais parei. Me tornei pior do que meu pai, com apenas 17 anos eu já era respeitado entre os membros da ‘Ndrangheta, e temido entre as outras máfias. Até meu irmão e meu pai passaram a ter medo de mim, tinha vezes que executava alguém na presença do meu pai via um rápido receio passar pelos seus olhos. E isso me enchia, era bom ele ver do que eu era capaz, porque eu faria pior com ele, mas não deu. Antes dele morrer ele me chamou em seu escritório, foi em uma noite que ele tinha batido na minha mãe, estava me segurando para não enforca-lo e matá-lo com as minhas mãos.

Eu pensava que você não seria um nada. Mas você me surpreendeu, pelo menos a vadia da sua mãe prestou pra fazer algo útil. Você será igual a mim, temido por todos.
— Já sou.— Disse firme, o encarando-o com ódio.
— Você é parecido comigo Matteo. Tem ódio e raiva nos olhos, e sede de poder.
— Eu nunca serei igual a você. — Falei com nojo.
Ele deu um sorriso de escárnio.
— Você é querendo ou não, você tem o meu sague, e é meu filho. Você é o mais parecido comigo. Você mata por diversão meu filho, você gosta disso, eu vejo nos seus olhos que você gosta. E eu também gosto, agora sim, eu tenho orgulho de ser seu pai.

Naquele dia eu fiquei com raiva de mim mesmo, mas sabia que tinha chegado aonde eu queria, tinha chegado ao topo, tinha chegado acima de Alessandro Valentini.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora