CAPÍTULO 12

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               MATTEO VALENTINI

Obesecado, essa é a palavra que Santiago usou para descrever o motivo do que eu mandei ele fazer. Eu pensei que Emma Fiore era só mais uma a passar pela minha cama, mas deveria saber que não, ela era diferente, só de olhar para ela percebi, não só por sua beleza, mas por ela me deixar louco para tê-la para mim. Esses meses tentei fazer de tudo para deixa-la para trás, comi várias mulheres, mas nunca ficava satisfeito, e o motivo era aqueles olhos azuis, eu a queria para mim, e tudo que eu quero eu consigo.

Me certifique que a polícia de Nova Iorque não vá adiante com o caso do seu desaparecimento, quando seu tutor aparece para dar queixa do seu desaparecimento. Nova Iorque é minha, a polícia Nova-iorquina esta na minha folha de pagamento, nunca iriam fazer nada pra tentarem encontrar a Emma.

Agora ela é minha, nunca irá voltar para Nova Iorque novamente, sua casa agora é aqui, comigo.

— Você tá esquisito, mais do que o normal — Lorenzo diz me olhando.

Olho para ele sem dizer nada. As únicas pessoas que sabem da Emma, e o Santiago, os 3 soldados que foram com ele até Nova Iorque, e  a Mariana, minha governanta, que está por conta de cuidar dela.

— Que merda você tá aprontando irmão?
Ele estreitou os olhos.

— Se eu tivesse aprontando algo não seria da sua conta, seria?

— Você sabe oque faz.

— Ainda bem que você sabe — Me levanto da cadeira, e vou andando até a porta.

Estávamos em uma das nossas boates resolvendo algumas pendências. E já passava da meia noite.

— Estou indo pra casa — Aviso.

— Vou ficar mais um pouco.
Ele avisa dando um gole em sua bebida.

Quando chego em casa vou direto pro quarto aonde a Emma está, destranco a porta e entro, fechando a porta na chave novamente. Vou pro canto do quarto e me sento na poltrona, e fico observando ela, nem acreditando que ela está aqui. Fico observando seu peito subindo e descendo lentamente, seu rosto um pouco avermelhado, com certeza estava chorando. A cada minuto que passa a olhando percebo que jamais permitiria que Emma saísse do meu poder.

Depois de passar uma hora a observando e louco para senti-la novamente saio do quarto, para não cometer nada que depois possa me arrepender.

Vou para o meu quarto, tiro as minhas roupas e entro de baixo do chuveiro com meu pau duro, começo a me masturba como um adolescente pensando na Emma com as pernas abertas para mim, com aquela boceta linda apertada esperando pra ser comida. Gozo com vontade, mais não saciado. Coloco uma calça de moletom e vou para cama mais demoro pra pegar no sono, pensando nela.

Na manhã seguinte depois de me arrumar para sair vou até o quarto dela. Quando entro vejo ela dormindo ainda, me sento e esperando ela acordar, não demora muito pra ela abrir os olhos. Meia confusa ela se senta na cama.
Demorou um pouco pra perceber que eu estava no quarto, quando percebeu se assustou se encolhendo com os olhos amedrontados.
Me levanto e vou pra perto da cama, passo a mão pelo seus cabelos macios e depois se rosto.

— Você pode sair do quarto, mais não saia de dentro da casa — Digo, mas ela não diz nada é nem me olha.
Agarrou seu queixo a fazendo olhar para mim.

— Eu estou falando com você.

— Você quer que eu te agradeça?
Ela me olha com desprezo. A solto com raiva pelo seu olhar e vou pra porta.

— Já que não faz tanta questão de sair do quarto, então não vai se importar de ficar aqui trancada mais uns dias.
Digo e saio.

Desço e vou até Mariana na cozinha.

— Mariana!

— Sim.

— A Emma já acordou, leve o café da manhã para ela.

— Sim senhor.
Viro pra sair mais ela me chama.

— Ela pode sair do quarto?

— Não.

Saio de casa direto para boate resolver algumas coisas sobre as carregamento de armas. Entrei no escritório com Santiago trás, puxei a minha cadeira de couro me sentado.

— Lorenzo foi inspecionar pessoalmente o carregamento que está chegando?
Questiono.

— Sim — Santiago se senta a minha frente — Ele já deve estar no porto a essa hora.

Assenti pegando alguns documentos pra verificar.

— E como está a garota?
Largo os papéis e o encaro.

— Ela está viva, então está bem.
Digo sem da muito importância.

— Não vai diz ao Lorenzo sobre ela?

— Agora não. Não preciso dele dizendo um monte merda no meu ouvido.

— Você realmente não vai deixá-la volta para Nova Iorque?

— Isso não é da sua conta — Digo é o olho feio.

— Espero que essa garota não dê problema futuramente.

— Não irá.
Ele assenti.

— Vou resolver uns problemas com aquelas pragas.
Ele se referia a um grupo que está vendo drogas no nosso território.

— Você sabe muito bem o que fazemos com pragas, Santiago.

— Vou resolver isso.

Ele se levantou e saiu.
Meus pensamentos foram até a Emma, eu me sentia fodidamente possessivo em relação a ela, nunca me senti assim com uma mulher.
Pra mim a mulher só servia pra me satisfazer, nunca tive sentimentos amoroso por uma mulher, e nunca irei ter, mas oque eu sinto pela Emma está muito longe de ser algo amoroso, e um sentimento de posse, ela é minha. Santiago tinha razão, eu estou completamente obcecado por ela.

Queria chegar logo em casa, mas tinha que esperar Lorenzo chegar, mas o filho da puta resolveu se atrasar.

— Cheguei.
Ele chegou sorrindo pra mim, mas o seu sorriso morreu quando viu minha cara.

— Você está atrasado, você sabe que odeio atrasos.
Digo o olhando feio.

— Não vai perguntar se eu estou bem, se aconteceu alguma coisa? Eu poderia ter tomado um tiro, por isso o atraso.
Ele colocou a mão no peito se fazendo de magoado.

— Se você chegou com esse sorriso ridículo é porque está bem.

— Nossa que mau humor.

— Se eu tivesse em casa a essa hora, como era pra mim estar, não estaria assim.

— Ouve um probleminha por isso atrasei, mais está resolvido. Agora você pode ir pra casa.

— Ótimo. De outra vez você me avisa oque está acontecendo.
Ele revira os olhos.

— Sim senhor — Ele diz batendo continência.

Quando cheguei em casa Mariana veio até mim.

— Como ela passou o dia?

— Não muito bem, ela não quis comer, e não levantou da cama.
Suspirei passando a mão pelo meu rosto.

— Faz alguma coisa pra ela, e leve até o quarto.
Ela assentiu e saiu.

Subir as escadas e fui até seu quarto, ela estava dormindo. Me sentei na beira da cama e acaricie seu rosto macio. De pouco a pouco seus olhos foram abrindo, ela não se mexeu, ficou me olhando. Seus olhos azuis claros, tão cheios de inocência, e pureza, sentia que podiam lavar até os meus piores pecados. E aquela boca carnuda e rosada.... eu queria senti-la novamente. Me afastei um pouco dela, tentando me controlar.

— Você não comeu hoje.

— Não estou com fome — Ela disse em voz baixa. Com um rosto triste.

— Você não pode ficar sem comer. Mariana vai trazer algo para você comer.

— Eu não estou...— A interrompo.

— Você vai comer.

Me sento na poltrona e espero Mariana chegar em silêncio. Quando Mariana chega com a bandeja com a comida ficou olhando Emma comer, ela come tudo.

— Satisfeito? — Ela pergunta me encarado com raiva.

— Parar de comer não vai facilitar as coisas pra você, só vai piorar a sua situação.

— Facilitar as coisas!? Você me sequestrou. Eu quero voltar pra casa.
Ela disse em um sussurro, desviando o olhar, lutando contra as lágrimas.

— A sua casa agora é aqui, se acostume.

Ela me olhou com mais raiva ainda.

— Você não pode me manter aqui pro resto da vida.

— Você só vai sair daqui e ter sua vida de volta se eu morrer — Minha boca curvou em um sorriso sombrio.

— Pretendo viver por muito tempo.
Uma lágrima escapou dos seus lindos olhos.

— Eu te odeio.

— Não esperava menos do que isso.
Me levantei e fui pra porta.

— Há, se você não comer, eu venho pessoalmente te fazer comer, você não vai querer isso. Então seja uma boa menina e coma.

Sai e tranquei a porta na chave.
Quando cheguei na sala Lorenzo estava sentado digitando algo no celular.

— Você não tem casa não?

— Vim filar comida. Adoro a comida da Mariana.
Passo a sua frente chutando seus pés que estão em cima da mesinha.

— Você é igual a nossa mãe, ela só falta arrancar meus pés de cima da mesa.

— Por que você não vai pra sua casa, e coloque seus pés em cima da sua mesa.

— Porque não tem graça. Cadê a Mariana, tô morrendo de fome.
Ele se levantou e foi pra cozinha atrás da Mariana.

Quando sair de casa minha mãe mandou a Mariana vim junto comigo, pra cuidar de tudo.

— Verificou se o avião pousou em segurança?  perguntei a Lorenzo sobre a última carga enviada para a Alemanha.

— Sim, tá tudo certo.
Ele disse comendo.

Estávamos jantando.

Depois que Lorenzo foi embora fui pro quarto, tomei um banho e me deitei, queria dormir, mas não consegui. A mulher dos meus mais profundos desejos estava a poucos metros de mim, e eu não podia tocá-la

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora