MATTEO VALENTINI
Acordei com meu celular vibrando, era 2 horas da manhã. Era o Lorenzo. Peguei o celular e saí da cama, e fui para o corredor, e tranquei a porta com cuidado para não acorda a Emma.
— Fala.
— Demétrio está com os Albaneses. Em troca do novo Don ajudar ele a matar Rafaello e a Emma, ele dará a ele território que ele quer.— Porra.
Desço e vou para o escritório.
— Como você descobriu isso?
— Um contato me avisou, já que eu disse que estávamos atrás dele.
Me sento na poltrona suspirando pesadamente.
— Tenho que encontrá-lo.
— Nós iremos. No momento ele está fora do mapa, mas uma hora ele vai aparecer.
— Quero a cabeça do Demétrio na minhas mãos. O desgraçado tento matar a Emma várias vezes.
— Agora ela está mais vulnerável, pela gravidez.
Meus filhos.
Meu coração se apertar.
— Se ele quer o comando da Camorra, que vá matar o desgraçado do irmão. A Emma não tem nada haver com isso......
— Mas ela é a herdeira da Camorra Matteo. E o pai quando descobri que ela é filha dele, vai querer a filha.
— Não Lorenzo, ela pode ser a herdeira daquela porra toda, mas não vou deixar nenhum dos dois colocá-la no meio. Agora tem os meus filhos também. A Emma pode ser filha dele, mas se depender de mim ele nunca vai chegar perto dela.
— Haaa — Ouço o grito da Emma, um grito de dor.
Corro e abro a porta.
Me deparo com ela sentada no chão, com a mão na barriga. Ela estava com uma expressão de dor e cansaço em seu rosto. Ao se aproximar, percebi que ela estava em trabalho de parto. O chão estava molhado.
Meu coração disparou ao ver a situação em que ela se encontrava.
— Matteo....
Ela gemeu, e fez uma cara de dor, com os olhos cheios de lágrimas.
— Calma. Porra não era pra eles nascerem agora.
Eu estava desesperado, meu coração batia intensamente, parecia que sairia pela boca.
— Tá doendo — Ela disse chorando.
Abaixei e a peguei nos braços.
— Calma, vai ficar tudo bem.
Tentei tranquiliza-lá
Ela chorava e gemia de dor.
Saí de casa procurando um soldado. Encontrei Nathan, que olha preocupado para Emma.
— O carro — Gritei indo em direção ao carro.
Ele abre a porta e eu entro no banco de trás com ela.
— Hospital, rápido.
— Haaa — Emma solta um grito apertado a minha mão.
— Calma amor, vai ficar tudo bem — Sussurro em seu ouvido.
Ela se contorcia de dor, e eu me sentia um merda por não fazer nada.
Mandei uma mensagem para Lorenzo, para ele me encontra no hospital. E depois para Dra. Meredith, avisando que estávamos chegando.Assim que chegamos ao hospital, tinha uma enfermeira e um enfermeiro nos esperando no estacionamento com uma cadeira de rodas. Tirei a Emma com cuidado do carro, a colocando na cadeira, e a empurrei até o elevador. Quando chegamos no nosso andar a Dra. Meredith estava nos esperando, ela encaminhou a Emma para sala de parto, e me disse para colocar a roupa para mim entrar na sala de parto.
Fui colocar a roupa e encontrei com Lorenzo.
— Caralho, não tá cedo para eles nascerem ?
— Eu não sei.
Ele me entregou uma bolsa.
— Suas roupas. Imaginei que tinha saído de casa com roupas de dormir.
Dei um aceno e corri para trocar de roupas.
Quando já tinha trocado de roupa, e colocado a roupa apropriada para entra na sala de parto, uma enfermeira me conduziu até lá.
Quando entrei na sala, a Emma estava deitada, com as pernas abertas com a Dra. Meredith ao seu lado.
— Eu quero o Matteo — Ela disse chorando.
― Ei, estou aqui — Me coloquei ao seu lado, agarrado sua mão — Não vou sair do seu lado.
Ela assentiu com uma lágrima escorrendo.
Quando veio uma contração, a Dra. Pediu para ela fazer força e empurrar. Ela empurrava, fazia força, até uma hora, mas não eles não saia.
— Vamos Emma, precisa empurrá-los com mais força — A Dra. Diz.
― Eu não vou conseguir — Ela diz com a voz cansada, me olhando — Não estou aguentando mais.
― Você vai conseguir, só mais um pouquinho amor.
Dou um beijo em sua testa suada.
Mas uma contração vem, e ela aperta a mim mão, e empurrar.
Um choro estridente cortou o ar.
― O menino nasceu.
A Emma começou a chorar, e eu não tirava os olhos só meu filho. O grito da Emma me fez voltar a si, ela fez força novamente e a nossa menina nasceu.
Beijei a mão da Emma, e fui até os meus filhos, eles eram tão pequenos, frágil. Peguei com cuidado, com ajuda de uma enfermeira cada um, em um braço, e levei até a Emma. Ela começou a chorar compulsivamente, quando coloquei Giulia em seu braço, e Ethan no outro.
— Eles são lindos.
Sorri e dei um beijo em sua testa.
— Eles são perfeitos.
Depois a enfermeira os levou, e eu fui atrás. Eles foram limpá-los, para levá-los para o quarto em que a Emma estava sendo levada. Fiquei com os olhos fixos nos dois, eles eram lindos, perfeitos. Eu os observava quase explodindo de tanto amor, um amor tão grande que eu nem sabia que era possível de sentir. Se alguém tentar tocar em um fio de cabelo deles, eu mato. Não consigo viver sem eles.
Sigo a Enfermeira até o quarto da Emma. Foi um cena que nunca iria esquecer, a minha esposa com os meus filhos.
Parei perto da cama, encarando os seus rostos.
— Eles se parecem com você — Emma diz sorrindo.
Sim, eles se pareciam comigo. Só o cabelo do Ethan era preto como da Emma, mas o Giulia era parecido com o meu.
Peguei o Ethan quando a Giulia começou a chorar, querendo mamar. A Emma a colocou em seu peito, e ela começou a sugar seu seio com força. Minha menina era gulosa.
Ethan ficou no meu colo, quentinho, com os olhos fechados. Passei o nariz pela sua cabeça e ele abriu os olhos. A cor linda, um azul claro, parecia o oceano. Não era da mesma cor que da Emma, mas era bem claro.
Olhei para minha menina que estava encarando a mãe, seus olhos eram iguais aos do irmão. Eles eram perfeitos.
Quando os dois terminaram de mamar, deixei a Emma no quarto para ir até o meu irmão. Quando cheguei, todos estavam esperando. Lorenzo veio ao meu encontro.
— Meus filhos nasceram porra — Digo sorrindo.
Lorenzo me abraça.
E logo minha mãe vem me abraçar.
Eu pensei que não seria um bom pai, que não amaria os meus filhos. Mas agora eu colocaria fogo no mundo por eles, eles eram o meu tudo. Eu os amava
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Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta
RomanceMatteo Valentini líder da maior máfia da Itália, desde criança foi forjado na escuridão sob o jugo do seu pai, um homem cruel em todos aspectos. Ele não temia a nada e nem a ninguém, frio e sem emoções por uma tragédia que aconteceu, fez seu coração...