CAPÍTULO 9

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                      EMMA FIORE

Não acreditei quando Matteo apareceu no café, quase cai pra trás. Eu jurava que ele já estava na Itália, mas não, ele estava bem na minha frente. Eu não sabia oque dizer ou fazer estava nervosa, nunca pensei que um homem como Matteo fosse se interessar por mim.

— Eu te disse que não tinha acabado. Ele disse me olhando com uma intensidade.

— Eu pensei que você tinha ido embora.
Minha voz saiu mas baixa do que eu esperava.

— Ainda não.
Priscila passou e me olhou com advertência.

— Desculpe, mas eu não posso ficar conversando.

— Podemos conversar depois. Que horas que você sai?
Aí senhor, ele vai me chamar pra sair.

— As 6h.

— Passo aqui pra te pegar — Disse e virou pra sair mais agarrei seu braço músculo.

— Espera, e que eu não posso sair hoje. Tenho uma prova amanhã cedo, e vou passar a noite estudando.

Não estava mentindo, estava repassando toda a matéria pra tirar uma boa nota.
Ele me observou pelo um estante.

— Então amanhã. — Não foi uma pergunta.

— Eu....tá bom.— Concordo meio hesitante, ele não aceitaria um não como resposta.
Ele me olhou e saiu, me deixando com as pernas iguais a gelatina.

— Oque ele veio fazer aqui? — Sophie perguntou me puxando de lado.

— Ele vai vim me buscar amanhã pra sairmos — Ela arregalou os olhos com a mão na boca com um sorriso.

— E você pensando que tinha ido embora. Esse homem tá muito interessado por você.

— E eu estou tentando intende o porque. Ele pode ter aquelas modelos lindas, e ricas.

— Mas ele não quer elas sua burra, ele quer você. Amiga aproveita...nós conversamos depois porque a megera pode brigar com a gente.
Ela disse olhando pra Priscila.

O dia passou e eu nem vi, a minha cabeça estava a mil, cheia de incertezas.
Depois do trabalho a Sophie foi pra minha casa, aproveitamos que o Carter não estava pra conversarmos.

— Se eu fosse você aproveitava muito aquele homem, não é todo dia que aparece um italiano maravilhoso daquele no nosso caminho, ainda por cima interessado na gente.

— Mas ele não quer só conversar comigo.

— Claro que não. Emma temos uma vida só, e temos que aproveitar cada momento que ela nos proporciona.

— Sou eu que digo isso — Ela riu.

— Você tem que viver oque você prega. Se ele quiser algo a mais, e se você estiver confortável e querer também por que não?!

— E porque será minha primeira vez, e eu nem o conheço.

— Eu seu que você é toda romântica, e sonha em ter sua primeira vez com um homem que estiver apaixonada, mas aproveita. É melhor se arrepender de algo que você fez, do que algo que você não fez. E também você vai gostar, aquele homem tem cara de ser maravilhoso na cama, e ele é experiente vai te faz gozar igual uma louca.

— Sophie — Joguei uma almofada nela.

— Se ele me quisesse eu ia em seu lugar  Ela pegou as minhas mãos.

— Aproveitar Emma, se da o luxo de ter momentos assim. Você só estuda e trabalha, você é muito certinha, tem extravasa as vezes.

— Okay, mas você precisa me ajudar. Se eu disser pro Carter que eu vou sair com um homem, ele vai querer saber tudo sobre ele. E imagina se ele descobrir que ele é mais velho.

Carter leva ao pé da letra oque a minha mãe pediu. Ele cuida de mim muito bem, mas tem vezes, a maioria das vezes, ele é muito protetor, se eu vou algum lugar eu tenho que falar aonde fica o lugar, com quem eu vou e tenho hora pra voltar, e tenho que sair com pessoas que ele já conheça. Tem vez que é sufocante, mas eu o entendo, ele só quer me manter em segurança, cumprir com a promessa que fez a minha mãe.

— Podemos dizer que vamos ao cinema e depois comer alguma coisa. Aí depois você vai lá pra casa, aí eu te trago pra casa.

— Tá. Mas eu não gosto de mentir pra ele.

— Você não tá mentindo — A olhei com as sobrancelhas arqueadas

— Okay, você tá mentindo, mas quem nunca.

— É só uma vez mesmo. Depois ele vai voltar pra Itália.

— Então aproveita. Já vou indo, beijo. Ela me abraçou e me deu um beijo.

— Até amanhã.

— Até, te amo.

— Te amo.

No dia seguinte acordei nervosa, nem consegui dormir direito. Quando o Carter chegou eu falei pra ele que depois do trabalho iria sair com a Sophie e depois iríamos comer alguma coisa, ele só falou pra não chegar tarde demais, porque no outro dia tinha faculdade. Odiei ter que mentir pra ele, mas se eu falasse a verdade ele não deixaria eu sair com Matteo.

— Emma, não chegar tarde.

— Pode deixar, tchau — Dei um beijo na sua bochecha.

— Tchau.

Na hora de fazer a prova eu me concentrei o quanto eu pude, consegui terminar ela todo, e fiquei satisfeita comigo. Na hora de ir pro café eu estava com as mãos soadas, e muito nervosa. O trabalho todo eu ficava olhando pro relógio, e parecia que as horas estavam voando, quando eu precisava que isso acontecesse não acontecia.

— 5:50h — Sophie me avisou.

— Já estou dando pra trás. Não posso inventar alguma desculpas? Você pode passar mal, aí assim eu vou ficar com você — Sorri, e ela fechou a  cara.

— Um caramba que você vai fazer isso. Eu vou te dar uns tapas, você vai sair com ele e aproveitar bastante, você entendeu?

— Sim. Eu tô nervosa.

— Eu sei. Eu também estaria, mas vai passar.

Voltamos a trabalhar, e em um piscar de olhos meu expediente já tinha acabado. Fui no banheiro com a Sophie me arrumar, coloquei um vestido azul claro de alças finas que marcava minha bem a cintura, e era levemente rodando. Soltei me cabelo, e passei um rímel, e a Sophie veio com um batom.

— Não precisa de batom.

— Claro que precisa.

A minha boca era rosada naturalmente então achava desnecessário. Mas vai contrária a Sophie.

— Não precisa disso — Ela veio com um pincel para passar blush.

— Sim precisa— Tentei segurar o pincel mas levei um tapa na mão— Deixa de ser chata. Pronto tá linda como sempre.
Me olhei no espelho, e gostei do resultado.

— Agora vai, é 6:h01. Boa sorte.

— Obrigada — Dei um abraço nela.
Deixei minhas coisas com ela, e só levei uma bolsa pequena bom meu celular e outras coisas.

Quando cheguei do lado de fora Matteo está encostado em seu carro de luxo. Ele estava com uma camisa azul escura de botões, com os dois primeiros abertos, e uma calça escura. Ele me olhou dos pés a cabeça com um olhar como fosse me devorar toda. Ele abriu a porta pra mim, hesitante mas entrei. O carro tinha seu perfume, um cheiro tão bom. Ele deu partida no carro, apertava as mãos nervosa, era uma mania minha, como muitas outras.

— Você tá nervosa — Ouvi sua voz me deixou mais nervosa.

— Um pouco.
Aperto minhas mãos de nervoso.

— Não precisa ficar nervosa.

Não tinha como não ficar. Não conversamos mais nada, fomos o caminho todo em silêncio, fiquei olhando os carros passarem por nós pra me distrai.

Percebi que entramos em um prédio, pensava que iríamos pra um restaurante, sei lá.

— Para aonde estamos indo?
Perguntei.

— Minha cobertura, lá podemos conversar melhor.

Merda!. Estava a ponto de sair correndo.
Ele estacionou o carro e saiu, e veio abrir a minha porta dando sua mão pra mim sair.

— Obrigada — Agradeci sorrindo.

Seguimos pro elevador, encarei meus sapatos pra não ter que olhar pra ele, mas sentia que ele estava me olhando. Quando as portas se abriram ele me deixo sair primeiro. Fiquei admiranda com o local, era lindo a cobertura, tudo luxuoso, mas oque mais me encantou era a vista que ele tinha, as janelas enormes do chão ao teto dava uma visão linda meu cidade.

— A vista daqui é linda.

— Sim é. Já volto — Ele diz e sai em direção que eu deduzo a ser a cozinha.
Vou em direção ao sofá, e me cento, o sofá e enorme preto cheio de almofadas. Quando Matteo volta, ele traz nas mãos duas taças de vinho, ele se senta ao meu lado e me entrega um taça.

Olho pra bebida, pensado como deve ser ruim.

— Você nunca bebeu vinho? — Ele pergunta me olhando.

— Não.

— Experimentar, você gostar — Dou um pequeno gole, e sinto um sabor bom, acabo sorrindo pra ele.

— É bom — Ele da um pequeno sorriso de lado.

Conversamos um pouco, conto sobre a faculdade, e que faz pouco tempo que morro em Nova Iorque. Que vim pra cá depois da morte da minha mãe.

Ele coloco sua taça em cima na mesinha que tinha ao lado do sofá, chegando mais perto de mim, colocando meu cabelo pra trás, e começou a distribuí beijos pelo meu pescoço. Logo passou a beijar meu rosto, mordiscou meu maxilar, lambeu meu pescoço e deu um chupão em minha clavícula. Meu coração batia freneticamente, e minha intimidade começou a pulsar.

— Consigo ouvir as batidas do seu coração — Disse acariciando o contorno da minha orelha com a ponta da sua língua.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora