CAPÍTULO 7

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                     EMMA FIORE

O som do despertador me tirou do sono, e eu me arrastei para fora da minha cama quentinha. Nova Iorque estava com um clima frio e chuvoso hoje, embora ainda não tivesse caído uma gota de água. Tomei um banho e vesti uma calça jeans, uma blusa de mangas longas branca de gola alta e um sobretudo caramelo bem quente. Calcei minhas botas de cano curto pretas e fui tomar café.

— Bom dia — cumprimentei Carter.

— Bom dia — respondeu ele, com um Ipad nas mãos e tomando um café preto com a outra.

— Vai trabalhar hoje? — perguntei.

— Não. Só vou revisar algumas coisas daqui mesmo.

Carter tinha uma empresa de sistemas de segurança, a mais sofisticada do mercado.Muitas pessoas influentes o procuravam. A empresa dele era grande, com sede em Nova Iorque, mas havia outras duas, uma em Londres e outra em Seattle.
Eu fazia administração para trabalhar na empresa, ajudá-lo com a outra parte burocracia. Quando ele me levou até a empresa e eu vi tudo aquilo, fiquei passada e achei impressionante, parecia coisa de filmes de espiões.

Um sistema de segurança não só como câmeras com sensor de movimento super sensível, alarme totalmente diferente do que vi, tudo aquilo me encantou, eles tinham um software que podia entrar em sistemas de computadores de outras pessoas.
 
E também esse software impedia que outras pessoas acessassem seu computador. Era tantas coisas incríveis, mas também eu sempre fui boa com números, sou ótima em matemática, com certeza puxei a minha mãe nesse aspecto, como todos os outros.
E Carter queria uma pessoa de confiança para cuidar da empresa. No começo da sua empresa ele tinha uma pessoa que cuidava da parte administrativa da empresa, mas ele o roubava, então depois desse episódio ele mesmo começou a fazer esse trabalho. Hoje eu o ajudo em algumas coisas, eu sou a melhor da minha turma, consigo pegar as coisas facilmente.
Carter diz que é com a prática que chegamos a perfeição, então eu já o ajudo.
Após tomar café vou para o quarto e pego as minhas coisas para ir para a universidade. 

— Não se esqueceu de nada?

— Não — Olhou para minha bolsa e os livros.
Ele levanta o meu celular.

— Você tem que ser atenta a tudo, a cada detalhe. Faz muito diferença em algumas situações.

— Serei mais atenta, prometo.

— Espero, vamos.
Assim que chego na universidade encontro com Sophie.

— Meu irmão apareceu — Ela diz assim que chego perto, irritada.

— Ele está bem?

— Sim. Muito bem, ele disse que era para eu ficar despreocupada. Como que ele quer que eu não fique despreocupada — Ela fala exaltada.

— Ele te falou onde ele estava? — Ela me olhar com os braços cruzados.

— Você acredita que o miserável estava em Milão — Abro a boca em surpresa.

— Como? Milão, tipo Milão?

— Sim. Ele em Milão e eu aqui trabalhando igual uma condenada.

— Nossa.
Estava boquiaberta.

— Ele não quis me contar nada, só que estava fazendo um trabalho — Ela suspirou e seu rosto ficou triste.

— Eu tenho medo que ele morra, as coisas que faz, e as pessoas que ele se relacionar são pessoas ruins, muito ruins — Ela olha para os lados vendo se tem alguém que possa escutar.

— Essas pessoas são bandidos.

— Amiga, a única coisa que você pode fazer é orar para que ele fique em segurança. Porque você já fez de tudo para ele largar tudo isso.

— Eu sei.

Eu tinha tanta pena dela, quando seu irmão sumia ela ficava em um estado de dar dó. A única coisa boa de tudo isso era que ele não usava drogas, nenhum tipo delas, é isso a deixava um pouquinho melhor.

Depois que acabaram as aulas fui andando devagar lendo sobre um artigo que o professor me deu.
Parei para esperar Sophie, ela estava resolvendo algumas coisas sobre o seu trabalho. Enquanto estava lendo o artigo sentir a sensação de estar sendo observada, olhei para trás e para os lados mais não vi ninguém.

— Vamos — Sophie diz é tocar no meu braço me fazendo dá um pulo de susto.

— Quase morri — Coloco a mão no coração.

— Calma. Você ficou até mais branca, eu não sou tão feia assim — Ela sorriu.

— É que sentir que alguém estava me observando.

— Aí credo. Vamos embora!— Ela me puxou pelo braço.

Fomos para um restaurante almoçar, e depois iríamos para o café.

— Você vai contar para Carter?

— Com certeza não. Não quero que ele fique preocupado, aliás, eu estava rodeada de pessoas, pode ser também coisa da minha cabeça.

— Ou também pode ser o Josh que estava te secando — Ela disse sugando seu refrigerante com o canudo mexendo as sobrancelhas.

— Nem vem.

Josh era um cara que conheci na universidade, ele fazia o mesmo curso do que eu, ele é muito bonito e inteligente. Todas as garotas queriam sair com ele, menos eu.

— Emma, todas querem ficar com ele, e convenhamos ele é um gato, e de todas as garotas da universidade, que é bemmmmm grande, ele quer você.

— Mais eu não quero ter nada com ele. Sophie, ele é aquele tipo de cara que só quer curtir, que não leva muito a sério relacionamentos. E eu não quero esse tipo de cara.

— Você é romântica. Sonha com um romance com um príncipe — Ela sorri.

— Eu quero meu príncipe encantado, mesmo sabendo que não existe um literalmente, mas eu quero um homem que me tire do chão e por quem eu vou me apaixonar tanto que não vou consegui viver sem ele. Um que me faça feliz, e que me ame tanto quanto vou amá-lo.

— Que lindo. Torço que você encontre um homem que te mereça porque não é qualquer um. Você vai ser muito feliz e amada, e ter muitos filhos, para eu mimar. A tia Sophie aqui vai apertar eles muito.

— Vai demorar para eu ter filhos. Mas eu sonho em ser mãe.

— Você vai ser uma boa mãe, sem dúvidas.

Se eu for a metade da mãe que a minha foi já fico feliz. Ela foi e sempre será a minha inspiração, em como ser uma mulher, ela é o meu espelho.
Na hora que eu sair do restaurante eu sentir novamente a sensação de estar sendo observada, mas não comentei nada com a Sophie.
Quando chegamos no café só fiquei pensando nessa sensação, não iria contar para o Carter ele iria surta, ele é muito protetor comigo, até que dá raiva às vezes.

— Emma?— Liam me chama.

— Sim.

— Tá tudo bem? Você está despeça.

— Estava pensando em algumas coisas da faculdade.

— Hum! Eu vou lá traz pegar algumas coisas, fica no meu lugar?

— Sim.

Comecei atender uma moça, quando um homem entrou no café. Seu rosto não me era estranho, tentei puxar na memória, mas não conseguia saber aonde eu o vi. Ele estava vestido uma blusa preta, por cima um casaco da mesa cor, que parecia ser bem caro, e com calça jeans escura. Seus cabelos eram loiros cortados baixo, e esses olhos azuis-claros. Ele era bem forte, dava para ver pela sua blusa de baixo.
Ele chegou perto para mim atendê-lo, abri um sorriso.

— Boa tarde, o que o senhor vai querer?

— Dois cafés — Ele disse com uma expressão séria.
Fui pegar os cafés, o entreguei.

— Obrigada — Ele disse me entregando o dinheiro.
Vi rapidamente umas tatuagens em sua mão direita.
Quando ele saiu, Sophie veio se abanando.

— Que homem era aquele!? Tomara que volte, e sou eu que vou atendê-lo.

— Ele é todinho seu.

O dia se passou e voltei para casa, tomei um banho e nem comi nada, bati na cama e dormi um sono tão bom.

                          ○●○●○●○

Hoje já era quinta-feira, já estava ansiosa para o sábado, porque não trabalhava nem estudava. O café estava impossível, tinha tanta gente, parece que os nova-iorquinos resolveram tomar café de uma vez só. Eu já estava ficando louca.

— Minha cara já estava doendo te tanto ficar sorrindo — Sophie diz massageado o maxilar.

— Dá um sorriso sutil, eu faço isso. Só para as senhoras simpáticas dou o meu melhor sorriso — Rimos.

Estava distraída arrumando os copos de café, quando Liam me cutucar para eu atender um cliente. Quando me viro para atender o cliente, meu coração quase sai pela boca quando vejo quem é, o homem da boate. Ele me encara intensamente como naquela noite, ele é mais lindo do que me lembrava, seus olhos verdes escuros tem algo que não sei explicar, mas me atrai. Ele estava com um termo azul-escuro com uma blusa branca com os dois primeiros botões abertos.

Fiz minhas pernas se mexerem e fui atendê-lo, lhe dei um sorriso.

— Boa tarde, senhor! O que deseja? — Ele me olhou por um momento e respondeu.

— Um café duplo — Quando ouço sua voz grave, meu corpo todo se arrepia, mas não sei se eu de uma forma boa ou ruim.

Vou pegar seu café, e sinto seus olhos em cima de mim. Volto com o copo na mão, e entrego o café em suas mãos, quando ele pegar o copo da minha mão seus dedos rosam na minha mão, me deixa mais nervosa. O olho é vejo que ele me olha. Pego o dinheiro e vejo que ele observa todos os meus movimentos, entrego seu troco.
Quando ele sair soltou um suspiro longo.

— Aquele cara não é o da balada? — Sophie me pergunta com a testa franzida, e olhos arregalados.

— Sim.

— Que mundo pequeno.

— Muito pequeno. Vamos trabalhar antes que a Priscila venha reclamar.

Não sei exatamente quanto tempo passaram desde que o atendi, mas ainda sinto meu coração batendo freneticamente, e minhas pernas doem por atender tanta gente, hoje o povo resolveu tomar café.

O dia se passou e eu não conseguia tirar aquele homem da minha cabeça. Como ele me olhou me deixou sem reação, com seu olhar me tirasse da terra, me fazendo viajar, foi como se eu não estivesse mais no café. Eu pensei que ele voltaria, mais estava torcendo para não voltar, ele me deixava de um jeito que um homem nunca me deixou. Também um homem daquele mexeria com qualquer mulher, ainda mais eu uma criança, como Carter diz. A idade pode ser pouca, mais tenho muito mais responsabilidade do que muitas garotas de maioridade. Minha mãe sempre disse que eu tenho um jeito meigo, e fofo, mas me porto com uma pessoa madura, para minha idade.

— Podíamos sair. Tô precisando me distrai um pouco, antes que eu cometa um assassinato — Sophie disse.

— Assassinato de quem?

— Meu adorável irmão. Se esses bandidos com quem ele anda não matá-lo eu mato.

— Okay, podemos ir ao cinema.
Nem me lembro a última vez que fui ver um filme.

— Não quero ver um filme. Quero beber, e dançar, quero ir em uma balada.

— Tá, mas vamos ao final de semana. Assim, no outro dia, não precisamos ir para universidade e depois trabalhar.

— Obrigada. Te amo.

— Também te amo.

Sophie estava animada para sair, e eu nem um pouco. Não gosto muito desses lugares, não faz muito meu estilo ir para balada ficar dançado com um monte de pessoas esbarrando em você, mas pela Sophie eu faço isso.
Falei para o Carter que nos íamos em um barzinho que tinha karaokê, ele só disse que não era para eu voltar tarde. Fiquei triste por ter mentindo para ele, se eu dissesse que iria para uma balada ele com certeza diria um não bem grande.
Na sexta-feira Liam chegou no trabalho todo sorridente.

— Você é a primeira pessoa que chega para trabalhar todo sorridente — Sophie disse.

— Não tô assim porque vim trabalhar. Amanhã é sábado.

— Não é segunda. — Sophie disse com mau-humor.

— Chupou limão quando saiu de casa?. Voltando ao assunto, amanhã é sábado, e nó sábado para entrar na Lust é bem difícil, porque tem coisas diferentes, como DJ famosos.
Sophie deu um suspiro.

— Amigo, vai logo ao ponto.

— Um amigo meu conseguiu umas entradas para mim amanhã — Sophie começou a abrir um sorriso enorme.

— Tá de palhaçada com a minha cara?!. Não acredito.

— Então vocês vão?

— É claro que sim — Ela olhou para mim.

— Sim.

— Okay, vou começar a trabalhar, a Priscila está nos olhando feio — Ele disse saindo.

A Priscila era a gerente, uma chata, ninguém gostava dela.

— Haaa, não acredito que nós vamos novamente na Lust — Sophie falar dando pequenos pulinhos.

Só conseguia sorrir com a sua animação.

— Vamos trabalhar pula-pula.
No sábado eu fui para a casa da Sophie, passei o dia com ela.

— E seu irmão? — Perguntei enquanto fazia uma torta de limão, que ela adorava.

Estávamos fazendo o almoço.

— Sei lá. Deve ter metido em algum problema.

— Nossa, você só pensa coisa ruim ao meu respeito — Tomamos um susto quando ele entrou na cozinha.

— Mas é claro, você se meteu com gente ruim — Ele revirou os olhos, vindo me dá um abraço.

— Oi Emy.

— Oi!

Ele era o único que me chamava de Emy, eu gostava. Ele era uma boa pessoa, nunca vi ele fazendo nada de errado, só sabia as coisas que Sophie dizia. Ele era diferente da Sophie, enquanto ela era ruiva, ele era loiro, mais os olhos eram iguais. Ele tinha 20 anos, ele mudou muito desde da primeira vez que o vi, agora era estava mais forte, e tinha tatuagem. Ele é a Sophie e o Carter eram a minha família.

— Hum, amo sua comida — Ele disse olhando para torta — Você poderia aprender a cozinhar como a Emy. Minha barriga iria agradecer.

Pelo sorriso dele sabia que estava implicado com a irmã.

— Não sou sua empregada. Folgado.
Ela tacou um pano de cozinha nele.
Ele começou a rir.

— Quando a comida estiver pronta me chama.

— Não — Ela respondeu irritada.

— Não estava falando com você. Se fosse por você, eu morreria de fome — Ela deu dedo para ele.

— Eu te chamo — Ele sorriu para mim e saiu da cozinha.

— Vou matar ele afogado na pia.

— Eu escutei isso — Ele gritou.

— Some Nathan — Ela gritou de volta.
Não teve como não rir.

Quando o almoço ficou pronto, fui chamá-lo em seu quarto. Bati na porta e ele me mandou entrar. Ele estava sentado na cama com notebook aberto no colo.

— Tá pronto — Me encostei na soleira da porta.

Ele fechou o notebook e se levantou da cama.

— Ela está bem brava comigo.

— Um pouquinho — Ele ergueu-o a sobrancelha — Ela tá bem brava. Ela fica preocupada com você.

— Eu sei. Mas não precisa ficar.

— Como não Nathan?! — Ele colocou as mãos no bolso da calça e veio para perto de mim.

— Pode ter certeza que tudo que ela pensa sobre mim, não é verdade.

— Então você não trabalha para pessoas que fazem coisas ilegais? — Ele deu de ombros — A gente tem medo que algo aconteça com você.

Ele tirou a mão do bolso e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

— Tá tudo bem, Emy, não vai acontecer nada comigo.

— Você pode prometer isso?

— Eu prometo — Ele começou a acariciar meu rosto.

— Você é tão linda — Ele disse olhando nos meus olhos e depois olhou para a minha boca.

— Queria tanto poder… Mas você merece alguém melhor do que eu, alguém que não esteja com as mãos tão sujas de tanta merda. Eu queria ser essa pessoa, iria te fazer feliz.

Só conseguia ficar parada, estava sem reação. Nem se eu quisesse dizer algo não conseguiria.
Ele me deu um beijo carinhoso na testa.

— Vamos, antes que a Sophie venha atrás de nós.

Durante o almoço eu tentei disfarçar o meu desconcerto. Conversamos muito, a Sophie sempre falando coisas para atacar o Nathan, e ele nem aí para ela, eu rir muito dos dois. Mas eu via o amor que os dois sentia um pelo outro, e eu ficava feliz por estar ali, fazendo parte desse momento. Eles eram a minha família.

— O que aconteceu quando você foi chamar o Nathan?— Sophie indagou.

O almoço já tinha acabado, Nathan tinha saído e nós duas estávamos deitadas em seu quarto.

— Nada, por quê?

— Porque eu vi o jeito que ele te olhava, e você percebia que ele estava te olhando e fingia que não estava vendo, e nenhum momento olhava para ele.
Ela me encarou.

— Ele meio que disse que gostava de mim — Ela suspirou, mas não ficou surpresa.

— Ele te beijo?

— Não. Você não parece surpresa.

— Eu já sabia que ele gostava de você, ele me disse e eu o ameacei.

— O quê? — Arregalei os olhos.

— Mas ele me prometeu que ia ficar longe.

— Ele me disse que eu merecia alguém melhor do que ele.

— Meu irmão é uma pessoa incrível, eu amaria ver vocês dois juntos. Mas pelas escolhas dele não gostaria de vê-la com ele. Então vamos pensar na noite maravilhosa que vamos ter.

Ela começou a falar sem parar.
Liam ia nos pegar de carro às 8h em ponto, as 6:17h a Sophie começou a pirar, ela começou a jogar várias roupas em cima de mim, ela não achava nada que ela gostava.

— Eu estou soterrada pelas suas roupas.

— Eu não tenho roupa para ir — A olhei com a testa franzida e depois olhei para a montanha de roupas em cima de mim.

— E essas roupas em cima de mim são o que então?! Sophie, se você não escolher uma roupa, eu volto para casa.

— Vou escolher uma agora — Rapidamente ela começou a procurar uma roupa.

Ela escolheu um conjunto todo brilhoso prata, uma saia curta que cobria o umbigo, uma blusa que deixava a metade da barriga a mostra de alça finas, ela ficou linda. Ela me enfiou um vestido vinho todo brilhoso que batia na metade das minhas coxas, com as costas a mostra. O decote era em forma de coração, ele era lindo, mas me senti estranha usando roupas mostrando muito pele. Deixei meu cabelo natural, dessa vez não fiz babyliss, na boca passei um batom rosa pêssego, e a Sophie fez um esfumado nos meus olhos, dessa fez não tão forte, fez com um rosa mais queimado.

— Pronto, tá linda — Me olhei no espelho, e realmente eu estava.

— Obrigada.

— Você até sem maquiagem ficar linda, enquanto eu preciso fazer um reboco na cara.

Sophie era linda, sua pele era linda, amava suas sardas, mas ela nem tanto, então ela cobria com maquiagem.
Após prontas descemos para encontrar com Liam, ele nos elogiou como sempre. A Sophie não parava de falar, só quando chegamos ela parou, a fila da boate estava muito maior do que na última vez que vim.
Nos três entramos com facilidade, eu fiquei com pena das garotas com os saltos enormes que estavam na fila.

— Ha, hoje está de mais — Sophie diz olhando tudo.

Estava tudo perfeito, as luzes eram azuis, muitos garçons passado para lá e para cá com champanhes grandes. E no palco estava tocando um DJ famoso, as músicas dele eram ótimas.

— Tá bem cheio — Disse perto do seu ouvido devido à música alta.

— Claro, olha a beldade que tá tocando.
Ela gritou.

— Vem vamos dançar, adoro essa música.

Ela me puxou pela mão para pista. Olhei para o Liam pedindo ajuda, ele só riu.

Começamos a dançar, mas tinha tanta gente esbarrando e encostado em mim de um jeito não muito legal, então resolvi sentar um pouco.

As pessoas dançavam como malucas, uma se esfregando na outra, esse lugar não é um lugar que eu escolheria para frequentar.

— Não tá gostando da música? — Alguém pergunta ao meu lado.

Quando olho e vejo quem é, o meu coração começou a bater rápido demais. Ele me olha como sempre, com um olhar intenso.

— N-não. Quer dizer, a música é boa, é que eu preferia está em casa — Gaguejo um pouco.

— Em casa? Então você não é muito de boate.

— Não, eu vim pela minha amiga — Apontei para Sophie que se acabava de dançar.

— Ela parece que está se divertindo muito.

— Sim, está — Sorriu, e ele olha para a minha boca.

Nessa hora o DJ começa tocar uma música, com uma batida que não deixa eu ouvir meus próprios pensamentos.

— Vem comigo? — Ele estendeu a sua mão, o encaro — Só vamos para área VIP, lá é menos barulhento.

Por que não?

Pego sua mão quente e vamos andando até a área VIP, ele me coloca em sua frente para passarmos pelas pessoas. Uma de suas mãos segura a minha cintura, fazendo um arrepio passar pela minha espinha. Quando chegamos na área VIP nos sentamos em um sofá bem confortável. O lugar tem um vidro que dá para ver tudo no andar de baixo, mas a música não entra no local.

— É aprova de som — Ele diz.

— Você não gosta também de músicas altas.

— Não, não suporto. Quer beber alguma coisa?
Assinto.

— Já volto.
Ele diz olhando para as minhas pernas e sai.

Fico olhando para o local, era bem luxuoso e privativo. A luz era um pouco fraca, deixando mais íntimo.

— O que você tá fazendo Emma — Sussurro.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora