CAPÍTULO 27

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                     EMMA FIORE

Donatella Valentini, uma mulher elegante, linda com classe. Quando a Mariana me avisou que a mãe do Matteo estava me esperando na sala eu quase tive um troço. Na minha cabeça ela era uma mulher esnobe com nariz em pé, que ia me tratar muito mal, mas quando eu estava de frente pra ela, e vi seu lindo sorriso todo o meu medo veio a baixo. Ela me tratou com muito carinho, e se desculpou milhares de vezes pelo que seu filho me fez, ela estava triste. Queria me ajudar, mas saiba que seria em vão, porque sabia que seu filho nunca iria me deixar ir embora. Ficamos conversando por horas, rimos muito quando ela me contou sobre as loucuras que Lorenzo aprontava quando era criança. A criança quebrou quase todos os dedos da mão.

Foi uma tarde muito boa, tranquila. Quando ela foi embora fiquei triste, mas ela me prometeu que viria me visitar sempre, se o Matteo não a impedisse. Ela me contou que foi vê-lo antes de vim aqui, e que ele não queria que ela me visitasse.

Depois que ela se foi fui para biblioteca, me sentei é comecei a ler um livro de época. A história estava tão boa que não vi quando o Matteo entrou, quando fui perceber ele já estava se sentado a minha frente, me fazendo tomar um susto.

— Você me assustou.

Não o encaro, olha pro livro em minhas mãos. A última vez que nos vimos não foi muito boa, fiquei com medo dele.
Sinto sua mão em me queixo, ele o levanta, me fazendo o olhar. Seu polegar vai para meu lábio, o acariciando. Seus olhos não saem da minha boca.
Ele se levanta der repente e vai pra janela.

— Minha mãe veio aqui.
Ele diz de costa.

— Eu gostei dela. Ela foi muito gentil comigo.
Digo.

Ele se vira para mim, me olhando.
Fico nervosa, mas preciso pergunta.

— E-eu posso vê-la mais vezes?
Ele ergue a sobrancelha, mas não diz nada, então continuo.

— É que foi bom conversar com ela.
Dou um sorriso fraco.

— Não...

—Por favor Matteo.
Digo rápido.

Ele assente. E lhe dou um sorriso.

— Obrigada.

                         ☆☆☆☆

Depois daquele dia na biblioteca não vi mais o Matteo, ele não para em casa, mas ele liga todos os dias na mesma hora para perguntar sobre mim. A Donatella também liga pra mim, conversamos muito pelo telefone. Hoje ela virá me ver, ela vai almoçar comigo. Será bom não ter que comer sozinha, como sempre, a Mariana me faz companhia, mas nem sempre, ela tem muitas coisas pra fazer, então não dá pra ficar comigo, conversando.

— Oi querida. Como está?
Donatella me dá um abraço forte.

— Estou bem.

— Que bom. Vamos nos sentar.
Nos sentamos no sofá.

— Como estão as coisas com o Matteo?
Dou de ombros.

— Nós não temos nos vendo muito. Ele sai quando estou dormindo e voltando com estou dominando.
Ela dá um suspiro.

— Eu não sei o porquê ele fez isso. Tô tentando descobrir, mas até agora nada. Te sequestra e te trancar aqui, e não te vê. O Matteo era um menino bom.
Se olhar está perdido, é triste.

— Quando ele começou a crescer e a entender as coisas, ele começou a tentar a me proteger do seu pai. Alessandro era muito agressivo, me espancava, e o Matteo, só um menino tentava me proteger. A primeira ver que ele viu o Alessandro me bater, ele era pequeno, eu só vi ele por uns minutos porque acabei desmaiado. Depois quando ele já era maior ele tentou me defender, foi pra cima do Alessandro, mais ele apanhou também. Foi horrível ver meu filho machucar.
Ela parou e limpou as lágrimas.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora