CAPÍTULO 82

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               MATTEO VALENTINI

A única coisa que martelava incessantemente na minha mente era a assombrosa revelação: "Estou grávida." Essa maldita frase se recusava a abandonar meus pensamentos. Eu jamais quis ter uma criança em minha vida, definitivamente não planejava ser pai. Quando cogitei a possibilidade de sugerir que ela interrompesse a gestação, fui surpreendido por sua firmeza ao afirmar que isso não aconteceria. Enfim, que se foda-se, eu não ia fazer parte disso, eu não nasci para ser pai, eu abominava essa palavra "pai".

Sai de casa, não queria ver ela, quando ela fez o movimento com as mãos e colocou sobre a barriga senti mais raiva ainda. Tive que sair de perto dela. Passei a noite fora, e os outros dias que se passaram também, me concentrei em acabar com a Outfit.

Era domingo a noite, eu estava na boate, ela estava cheia como sempre.

Santiago entrou no escritório me informando que uma gangue nojenta estava tentando tomar o lado sul da cidade.

- Eu..

- Eu resolvo isso - O interrompi, me levantado.

Ele se levantou também.

- Você fica, vou sozinho.

- Que? Você não pode ir até lá sozinho.

- Eu não te perguntei porra nenhuma. Eu que sou as ordens aqui Santiago, não ao contrário.

Saio é vou para o bar que a gangue se reunia.

Quando cheguei lá tinha dez homens ao todo, peguei minha faca e a guardei. Quando eu entrei pela porta todos me olharam assustados, fui andando até o líder deles. Alec Davis, uma merda que estava querendo crescer me roubando.

- A realeza se juntado com os plebeus.
Ele se levantou com um sorriso zombeteiro.

Um droga de merda. Seus dentes amarelos e seu cheiro me dava nojo, todos eles me dava nojo.

Todos se levantaram e vieram para perto.

- O que devo a honra!

Não disse sequer uma palavra, com o sorriso que dei, o seu sorriso desapareceu imediatamente. Vi o medo eu seu olhar, ele sabia que ia morrer. Rapidamente peguei minha faca e cortei seu pescoço.
Agarrei rapidamente seu corpo e fiz de escudo, assim que os tiros começaram, o corpo dele recebeu todos os tiros.

Peguei sua arma, que estava em cima da cadeira e atirei em cada um no abdômen, um por um foi caindo. Quando todos estavam no chão, larguei o corpo nojento de Alec no chão.

- Hora de brincadeira.

Peguei minha faca e fui faz o que eu sabia fazer de melhor.

Quando acabei meu corpo inteiro estava sujo de sangue, e eu gostei.

                      ☆☆☆☆☆

Fazia uma semana e meia que eu não colocava os pés em casa, e nem perguntava para saber como ela estava, não me interessava saber.

Estava sentado na poltrona da boate de Stripper que tiamos, homens importantes da alta sociedade frequentava, bilionários, magnatas, famosos da mídia, senadores....a boate era secreta, poucos sabiam sobre ela, os que sabiam era os frequentados. Eu não viam muito, quem cuidava de tudo e o Lorenzo, mas como ele está em casa devido o ocorrido, eu tomei a frente das coisas.

Estava assistindo das garotas da boate dança no palco, ela estava somente de lingerie, que não tampava praticamente nada. Ela dançava olhando para mim, passava sua mãos pelo corpo, apertado os seios com silicone.

Ela veio andando se mexendo sensualmente no ritmo da música até a mim, parou no final do palco e tirou o sutiã e jogou no chão, se sentou e abriu as pernas colocando a calcinha de lado e começou a massagear seu clitóris enquanto me encarava.

- Que porra você tá fazendo?

Olho para o lado e vejo Lorenzo me olhando sério.

- Vejo que já está bem.

- Eu estava te procurando. Aí me falaram que você estava aqui. O que está acontecendo? Agora deu pra vim aqui ver putas dançando. Se eu demorasse mais um pouco ia te encontrar fodendo essa aí.

Olho para garota que me dá um sorriso malicioso, ainda se tocando.

- Não pego qualquer coisa, não sou você.

- Você nem deveria estar pensando nisso, você tem uma esposa em casa.

Me levanto e vou para o elevador, para ir para a minha sala. Lorenzo entra junto comigo, me fuzilado com os olhos. Quando chegamos na sala ele começa a falar.

- Alguém matou os membros da gangue do Alec. Recebi as fotos. Dava para fazer um filme de terro com a cena. Partes dos corpos por todo lado. Um tiro no abdômen para deixá-los incapaz de contra tacar, mas ainda vivos o suficiente para tortura-los e depois matar.

Dei um sorriso.

- Ouvir seus gritos de desespero e dor, e suas súplicas para matá-los foi a melhor parte.

- O que aconteceu Matteo? - Ele me olhou intensamente, com um olhar avaliador.

- Você deveria está em casa se recuperando - Mudo de assunto.

- Que se foda-se a recuperação. Você não está dormindo em casa, não vai até lá a dias, e a Emma está passando mal todos os dias.

- Existe um coisa chamada médico, ela pode muito bem procurar um.

Lorenzo se levanta bruscamente da cadeira.

- Você está se ouvindo Matteo? A sua esposa não está bem, e você não está nem aí, pode ser grave.

- Ela está grávida. Não vai matá-la.

Ele fica parado me encarando.

- Não faz isso com ela. Ela não tem culpa de nada que passamos, não tem culpa dos nossos problemas. Você vai ser pai....

- Cala a boca - Grito.

- Essa criança não tem culpa de nada, nem a Emma. Não deixa ele tomar o controle novamente, ele morreu, deixa ele morto. Não se transforma naquilo novamente, da última vez que você ficou assim.....porra irmão.

- Aquele sou eu Lorenzo, isso aqui é uma mentira, me transformei em algum que não sou por uma garota. Rosno.

- Pela garota que você ama. Não vou deixar você machucar ela, nem a criança, porque eu sei que essa Matteo na minha frente é capaz de fazer isso.

- Então é melhor deixar ela longe de mim.

Ele me olha e sai sem dizer nada.

Meu pai criou uma coisa que nem ele conseguia controlar, uma máquina de matar, uma pessoa que não sentia absolutamente nenhuma emoção, frio. Ele acabou comigo, me fez virar um monstro, de pouco a pouco ele foi matando o garoto que amava os abraços da mãe, os beijos da irmã e as brincadeiras com o irmão. Ele me destruiu, tudo que sobrou foi apenas a escuridão em que eu fui colocado faria vezes por dias a fio, a única coisa que eu sentia era o cheiro de sague, podridão, o cheiro de morte. Uma criança não deveria passar por isso, não deveria ter sua pele cortada várias e várias vezes ou queimada com a do Lorenzo.

Sempre soube que criança era um ser puro, frágil sem maldade, que deve ser protegido, eu não fui protegido. Eu não quero ser pai, porque farei mal a essa criança, não quero ter minhas mãos sujas de sangue de uma criança, é de mais até para mim, o meu lado humano, mais pro meu outro lado não.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora