CAPÍTULO 77

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                 EMMA VALENTINI


Não acreditei quando vi a Sophie, foi como um sonho. Matteo me surpreendeu, ele não me disse quando para mim quando a Sophie poderia vim, eu nem falei com ela sobre a viagem, só queria dizer quando Matteo me disse que poderia vir.

— Eu não posso acreditar que você está aqui.
Estávamos no jardim comendo coisas deliciosas que a Mariana fez.

— Eu também. Não entendi nada quando aquele homem lindo....

— Santiago — Rir.

— Santiago, ele veio ao meu apartamento e disse que eu vinha  para Roma passar um tempo com você. Eu não acreditei, só acreditei quando Matteo falou comigo.

— Ele não me disse nada, foi uma surpresa — Eu estava esperando ele dizer quando você pode vir. Mas ele não disse nada, agora eu sei porque, ele queria me surpreender.

— Falando em surpresas, e meu abençoado irmão?

— Eu não pensei nele, ele terá uma grande surpresa.

— Deixe ele pra lá. Então este lugar é incrível, olhe para este jardim.

— É perfeito, passo a maior parte do dia aqui.
Eu sorrio.

— É como você está? Como o doce de pessoa do seu marido está sendo com você.
Começo a rir da cara dela.

— Ele não é o príncipe encantado, longe disso, mas mudou. Ele disse que me amava e isso é algo que eu não esperava, não esperava mesmo. Quando estamos sozinhos ele é diferente, me trata com carinho, mas quando estamos em público, o Matteo que eu conhecia volta e eu entendo que ele não pode demonstrar afeto em público.

— Por que você não pode?

— Eles foram criados para ser assim, não amar ninguém, não sentiam nada por ninguém. E ele tem muitos inimigos, se eles souberem que eu sou importante para ele, eu viro alvo, já sou, mas vai piorar.

— Mas você é casada com ele, então ele tem sentimentos por você.

— Para eles, o casamento não é uma manifestação de amor, é um negócio, uma aliança. Não há amor nisso.

— Que horrível Emma.

Nesse momento vejo Lorenzo se aproximando de nós.

— Oi bonequinha — Ele me cumprimenta com um sorriso de lado.

— Olá. Eu não esperava você aqui.

— Eu vim com Matteo — Ele olha para Sophie.

— Você deve ser a Sophie. Prazer Lorenzo — ele pega a mão estende sua mão, e ela pega.

Sophie apenas sorri levemente.

Lorenzo se senta ao meu lado, pega um morango e o coloca na boca.

— Dica se vocês quiserem fazer isso com mais frequência. Não façam merda.

— É bem mais provável  você ou seu irmão fazer merda do que a uma de nós.
Diz Sophie, olhando para Lorenzo, que está olhando para ela.

— Então, ruiva, eu não faço merda nenhuma, eu fodo com tudo, é não sobra nada pra contar história.
Sophie não é íntima com suas palavras e tom de voz.

— Teremos que viajar hoje, vamos passar a noite fora.
Ele diz olhando para mim.

— Matteo explicará melhor. Apenas não se meta em problemas — Ele me dá um sorriso — Porque você é um ímã para problemas.

Ele se levanta e beija minha cabeça.

— Cuide-se se eu fiz alguma coisa, me mande uma mensagem.

— Eu não vou fazer nada, não se preocupe.

— Tchau, bonequinha. Foi um prazer conhecê-la Ruiva.
Ele diz e vai embora.

— Admito que a mãe desses dois tem um pincel no ventre.

— Pensei o mesmo quando eu vi o Lorenzo também.

— Ele demostra o quanto ele gosta de você, bonequinha.
Ela ergue a sobrancelha.

— Ele é completamente diferente de Matteo.

— Deu pra perceber. O seu  Marido é mais sério.
E falando dele.

Ele aparece na porta e fez um gesto com a cabeça me chamando.

— Eu volto já — Levantei e entrei em casa.

— Vamos, precisamos conversar.
Fomos ao escritório dele.

— Lorenzo disse que vocês vão viajar.

— Sim. Vou ter que passar a noite fora.
Ele vem até mim e agarra minha cintura.

— Você estará de volta amanhã de manhã?

— Sim. Não faça merda, fique aqui esta noite, quando eu chegar vocês podem sair.
Ele está falando sério.

— Tudo bem.

— Mas antes de eu sair, eu tenho que foder você.

— Você só vai passar uma noite fora.

— Vou ter uma noite de merda com um monte de fodidos. E não poderei dormir ao seu lado ou me enterrar em você, então terei que fazer isso agora.

Depois de me dá um orgasmos que me deixou mole, ele se foi.

Sophie estava me provocando, dizendo que eu era puritana, mas agora não vejo uma oportunidade de enfiar um pau dentro de mim, aproveito todas as chance.

— Podemos sair — Disse ela com um sorriso.

— Eu acho melhor não, Matt..

—  Não acredito que Sophie chegou e você não me avisou – Violet entra na sala e falando alto.

— Eu ia te avisar, fiquei tão eufórica que esqueci, desculpe.

— Ok, eu também ficaria.
Ela foi até Sophia e a abraçou.

— É um grande prazer conhecê-la, Emma fala tanto de você que sinto que já te conheço.
Sofia sorriu.

— Violeta, ela também me falou de você. E eu já te amei só pelas coisas que ela me contou sobre você.

Começamos a conversar, conversando sobre tudo. Rimos muito, eu chorei de tanto rir, fazia muito tempo que não sentia o que sentia naquele momento.

— Eu disse a ela que deveríamos ir sair.
Disse Sophie.

— Mas Matteo disse que não deveríamos sair esta noite.

— Foda-se Matteo — Disse Sophie com um suspiro.

— Sophie está certa. Podemos ir a algum lugar tranquilo, apenas sair um pouco.

Eu estava ferrada com essas duas.

Elas finalmente me convenceram a sair, mas fomos a um restaurante, foi muito bom, maravilhoso. Não demoramos muito para chegar em casa, deixamos Violeta em casa no caminho, no dia seguinte passaríamos o dia juntos.
Quando chegamos em casa fui tomar banho, tomei um banho quente e depois do banho fui para o quarto da Sophie.

— Vamos dormir juntos como nos velhos tempos — digo deitada.

— Só hoje. Matteo não vai deixar você dormir longe dele.
Ela deu um sorriso malicioso.

— Para Sophie — Ela começou a rir.

Deitamos tarde conversando, dormi com um sorriso no rosto.

Acordei na manhã seguinte com fortes náuseas, quase vomitando na cama. Corri para o banheiro coloquei minha alma pra fora.

— Você está bem?

Sophie perguntou, segurando meu cabelo.

— Hurum.
Lágrimas escorriam dos meus olhos.

— Eu disse para você não comer aquele troço.
Ela me repreendeu.

Havia uma sobremesa meio exótica no restaurante, mas tinha chocolate e eu queria experimentar, era bonita visualmente, mas em termos de sabor não tinha nada haver com o visual, fiquei com o estômago embrulhado na hora.

— Vou ficar bem agora que coloquei pra fora.
Levantei e fui para a pia escovar os dentes.

— Vamos comer algo leve, seu estômago ainda deve estar um pouco estranho.
Comi umas frutas e um copo de suco, nada mais,  meu estômago não aceitava mais nada.

Eu me senti melhor depois de comer.

— Eu quero conhecer a Antonella, é a Antonella, certo?

— Sim. Podemos ir agora.

— Vamos

Nesse momento ouvi a porta abrindo, e sendo fechada com uma certa força. Matteo apareceu e parecia aborrecido.

― Bom dia — Disse sorrindo.

Ele se sentou em seu lugar e olhou para mim, sério.

— Como foi a noite de vocês? — Sophie que respondeu.

— Foi muito boa. Conversamos muito.

— Que bom. Gostou do restaurante Sophie?

Ele olhou para ela, nós duas engolimos em seco.

Ela ia falar algo mais ele a interrompeu.

― Você pode nos dar licença um minuto?  Preciso falar com a Emma.
Ela continuo sentada.

— Espera lá no quarto, já estou indo. Digo lhe dando um sorriso.

Quando ela sai Matteo dá um suspiro pesadamente.

― Eu vou te dizer isso agora e não quero ter que repetir, então preste muita atenção, partir de hoje, você está proibida de sair de casa sem minha permissão.

― Eu não sou sua prisioneira. Sou sua esposa, você não pode me manter presa.

— Eu te disse que não era pra você sair de casa caralho, aí você sai e nem me avisa. Não gosto de ser desobedecido, não estou acostumado, e não lido muito bem com desobediência. Então esposa, você só sai de dentro dessa casa com a minha permissão.

Me levanto e saio, mas me lembro que quero ir na casa da Antonella.
Paro e respiro fundo.
Me viro de frente e o encaro.

— Posso visitar a Antonella?
Ele assente.

Me viro e saio e subo as escadas correndo para chamar a Sophie.
Ficamos o dia todo na casa da Antonella, a Violeta também estava lá, ela é a Sophie queriam sair para a Boate. Eu duvidava muito que Matteo deixaria.

— É só usar seu corpinho lindo.
Sophie diz.

— Exato, ou ele te leva ou você fecha essas suas lindas pernas — Violeta diz.

— Vocês são impossíveis — Antonella diz rindo.

Tiamos combinado de ir para Milão na terça-feira, iria ter um desfile, a Sophie nem acreditou quando eu disse. Só as mulheres ia, claro com uns 500 soldados junto.

Quando cheguei em casa fui atrás do Matteo, ele estava no banho, me sentei na cama e esperei ele sair. Quando ele saiu me ignorou.

— Perdão, eu errei.
Ele estava abotoado a camisa.
Ele não disse nada.

— Matteo!
Me levantei e fui até ele e segurei seu braço.

— Olha para mim — Ele olha trincando o maxilar.

— Pra falar comigo não preciso olha pra você, somente te ouvir — Ele fui pro closet.

Me deu vontade de chorar, mas me contive.

Me sentei novamente na cama, e fiquei olhando para as minhas mãos. Quando ele saiu do closet foi direto para porta, para sair do quarto.

— Então você não vai falar comigo direto, e me trata assim. Eu já pedi desculpas, por sair para jantar com minhas amigas.

Uma hora estava triste e agora eu estava com raiva.

— Eu não sou uma propriedade sua, ou um objeto pra ser tratada dessa forma, sou sua esposa, dona da porra toda. Me casei com você, um homem que está a cima de todos, então eu sou uma mulher que estou acima de todos. Eu não vou pedir permissão pra sair, vou te avisar, que é o certo a se fazer, eu errei nisso, mas não vou perdi permissão.

Digo tudo de uma vez só, e saio do quarto

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora