CAPÍTULO 20

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                MATTEO VALENTINI

Durante o café vi que a Emma não estava muito bem, deduzir o porque, e eu estava certo. Quando ela disse que era por causa da sua amiga, e vi que ela estava se segurando para não chorar, então disse que ela estava bem. Eu vigiava todos eles, para saber se eles iam fazer alguma coisa para encontrar a Emma. Como eu já sabia que aconteceria, eles foram na polícia, mais a polícia enrolou, e encerrou o caso. Eu controlo a polícia Nova-iorquina. Eu nunca ia deixá-los chegar perto dela. Antes disso acabo com eles.

— Então irmão?
Lorenzo olhou pra mim com as sobrancelhas levantadas.

Estávamos no escritório resolvendo umas pendências que tínhamos.

— Então oque Lorenzo?
Indago.

— A Emma? Oque ela tinha? Eu percebi que ela não estava muito bem no café da manhã.

— Saudades da amiga— Disse não dando muita importância.

— Hum.
Ele me olhou com uma cara estranha.

— Que cara é essa?

— Pô Matteo! Você é um filho da puta do caralho. Sequestrou a garota, a tirou da sua vida, das pessoas que ela ama, e diz simplesmente que ela tá triste porque ela está com saudades da amiga. Como se ela tivesse viajando e ia voltar logo.

— As duas nunca mais vão se vê Lorenzo. Ela tem que acostumar o quanto antes.

— Aí meu saco — Ele bufa —Tenho uns assuntos pra resolver em Catanzaro. Eu vou amanhã cedo.

— Você vai ficar aqui. Eu vou.

— Você vai?
Ele franziu a testa questionando.

— Vai ser bom pra Emma, sair um pouco de casa. Não é isso que você sempre me diz.

— Porque é verdade. Vai fazer bem pra ela.

Antes de voltar para casa deixo tudo preparado pra viagem. Chego em casa mais cedo.

— Mariana aonde está a Emma?

— No quarto.
Sigo pro seu quarto, a porta está fechada, giro a maçaneta mas ela está trancada.

— Emma!
Bato, mais não tenho resposta.

— Emma abre a porta.
Bato mais forte.

A cada batida que eu dava a minha paciência que era escassa  e o meu controle iam embora.

— Emma abre a porra da porta agora.
Quase derrubo a porta.

Ousou seus passos vindo até a porta. Quando a porta se abre vejo seus olhos inchados e seu rosto vermelho. Ela não olha pra mim, volta pra cama se deitando.

— Porque você trancou a porta?

— Quero ficar sozinha — Diz baixo.

— Não quero a porta desse quarto trancada.
Ela se senta e me olha com raiva.

— Eu só quero ter um pouco de privacidade, é só isso que eu estou pedindo. Desculpe, mas não é todos os dias que eu acordo bem com vontade de ficar olhando pra cara do meu sequestrador.
Ela diz com sacarmos

— Sinto muito por você — Lhe dou um sorriso — Mas você vai ter que me ver pro resto da sua vida.

— Eu te odeio.

Ela grita, pegando o abajur e o jogando em minha direção, mas desvio facilmente.

A olho furioso, mais ela não se intimida. Ela vem pra cima de mim me batendo. Seguro seus braços, a prendendo.

— Eu te odeio, odeio.
Ela se debate em meus braços.

— Para!.— Ordeno em um tom firme e arrasto para cama, e a jogo em cima dela.

Ela cai e tenta se levantar novamente.

— Se você não quer que sua amiga que você tanto ama pague pela merda que você faz, então é melhor se comporta.
Ela fica paralisada.

— Não! Por favor! Não faça nada contra ela....Por favor, Ela não tem  nada haver com isso.

— Então me obedeça. Se não te trago a cabeça dela embrulhada como presente.
Seus olhos azuis se arregalam. Seus ombros cai, e sua cabeça abaixa.

— Ótimo. Amanhã vou viajar, e você vai comigo. E espero que se comporte.
Saiu e deixo sua porta escancarada.

Nunca um mulher ousou me bater, garota atrevida.

No dia seguinte logo cedo vamos pra pista de voo, meu jato estava a nossa espera, durante o percurso até o pista Emma foi quieta. Não olhou pra mim, e se sentou o longe possível de mim. Também não estava com a cabeça boa pra ter lidar com ela. Quando chegamos no jato ela se sentou, e eu sentei de frente para ela, se não tivesse puto com ela sentaria ao seu lado.

O avião já estava alguns minutos no ar. Emma estava  encolhida, com a cabeça apoiada no travesseiro. Seus olhos estavam quase fechando de sono, mas ainda sim sua expressão era de raiva. Sua boca entre aberta, sua boca gostosa, eu conhecia o sabor daquela boca e queria mais. Seu gosto era viciante.
Ela estava vestida com uma blusa com botões, e os primeiros botões estavam abertos, me davam visão dos seus seios, a pele branca e macia.

Porra a minha boca estava começando a saliva. Seus cabelos caídos em cascata, seu rosto com a luz do sol, ela parecia faz parte de um sonho, um anjo perfeito. Ela era linda e muito gostosa, so queria leva-la pra o quarto e abocanhar seus seios e me afunda naquele paraíso entre as pernas. Só de pensar no seu corpo perfeito de baixo de mim com seus gemidos o meu pau ficou tão duro que doía.
Meus olhos se desviar do seu rosto para o meu celular. Lorenzo mandando mensagem.

Lorenzo

O carregamento de armas  já foi entregue. E o Albuquerque que uma reunião.

Matteo

Vai. Mas não vai só com 2 soldados.

Lorenzo

Ok. Ele quer uma reunião com você
Matteo.

Matteo

Não tenho nenhum interesse em ter uma reunião com ele. Cuida disso você. Se ele não quiser conversar com você, então não é importante.

Lorenzo

Eu acho que ele quer fazer uma aliança.

Matteo

Não preciso dos português Lorenzo.

Lorenzo

Sim, eu sei. Mas ele tem controle do porto, e seria bom pra os nossos negócios. Ganharíamos mais.

Matteo

Se ele concordar em fazer a reunião com você, me avise oque ele quer.

Lorenzo

Ok. Vou entrar em contato com ele.

Desliguei o celular e fiquei pensando.
Antônio Albuquerque era chefe da máfia portuguesa. Se Antônio queria uma aliança essa aliança seria pelo casamento.

A ‘Ndrangheta é a organização mais poderosa que tem, não precisa de ninguém. Mas se isso trazer mais lucros para nós, não seria uma má ideia.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora