CAPÍTULO 54

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               MATTEO VALENTINI

Respirei fundo passando a mão em meu rosto com raiva. Estava com Lorenzo e Nicolo na sala de reunião fazendo uma vídeo conferência com o Salvatore, discutido oque iremos fazer com o Dmitri.

— Devíamos colocar fogo naqueles desgraçados — Lorenzo diz.

— No momento devemos nos proteger, proteger a nossa casa e a nossa família. Dmitri já deixou claro que o alvo dele no momento. Devemos ter cuidado com cada passo que dermos, não sabemos se ele tem um infiltrado, um dos nossos está nos traindo — Salvatore diz pensativo.

— Então não vamos devolver oque ele fez na boate? Lorenzo questiona me olhando.

— Isso não vai ficar assim, vou me vingar mas no momento certo — Digo é o encaro.
Ele assenti conformado.

Ele sabe que quando deixo pra me vingar depois e porque estou preparando algo não muito bonito de se ver.

— Estou verificando cada um que entra e sai da cidade, no aeroporto ou por carro. Se um russo entra em algum território da Costa Nostra eu saberei.
Quando eu ia falar Santiago entro de porta a dentro.

— Desculpe em interromper, mais houve algo grave.

— O que houve? — Lorenzo logo perguntou.

— Uma bomba explodiu em um dos nossos carros.

— Matou alguém?
Questionei.

— Três soldados.

— Mas por que explodir os carros so pra matar soldados, não faz sentido.
Lorenzo diz.
Olho pro Santiago quando ouço seu suspiro.

— Os carros que explodiram foram os que estavam levando a Emma pra casa da SenhoraValentini.
Meu coração parecia que ia sair do peito.

— Emma...
Minha voz sai em um sussurro.

— Ela estava indo embora quando houve a explosão. O primeiro carro explodiu antes dela chegar perto dele, mas quando o segundo explodiu ela estava um pouco perto.....

Não ouvir mais nada e saí da sala.
Peguei o celular e liguei pra minha mãe.

Matteo.
Ela atendeu no primeiro toque.

Ela estava com uma voz chorosa.

— Emma? Cadê ela?

Estamos no hospital. Ela está bem.
Solto um suspiro longo auditivo, que estava preso.

— Estou indo pra aí.

Cheguei rapidamente no hospital.
Quando cheguei vi a minha mãe no corredor saindo de um quarto.

— Filho..
Seu rosto estava inchado, e seus olhos vermelhos.

— Ela está consciente?

— Sim, ela acordou agora. Chegou aqui inconsciente.
Passo a mão pelos cabelos.

— A Violeta estava na hora também. Mas ela esta bem.
Assenti.

— Eu preciso ver ela.

— Ela esta no quarto 308.

Vou andando até chegar no quarto.
Entro no quarto em silêncio, nervoso de certa forma.

Não queria encontrar lá machucada.
Ela está de olhos fechados, seu rosto está machucar, e seus braços arranhados. Chego mais perto e percebo o roxo no lado direito em seu rosto, seus lábios também estão machucados, com um corte.
Passo a mão em seus cabelos macios a fazendo abrir os olhos.

Ela me olha e uma lágrima escorre em seu rosto machucado. Passo o dedo com cuidado secado a sua lágrima.

— Você está bem, vai ficar tudo bem, eu prometo.
Digo é ela assentiu.

Está palavra não só estava dizendo para ela, mais pra mim também. Ela vai ficar bem, ela tem que ficar bem.

— Não quero ficar aqui. Me leva pra cada.
Ela pede segurando a minha mão.

— Por favor. Me leva pra casa.
Sua voz sai tão baixa.

— Eu vou te levar pra casa.

Dou um beijo em sua testa e saio pra procurar o médico.

— Dr.
O chamo quando o vejo de costas.
Sinto seu corpo tensiona.

— Sr.Valentini — Ele pigarreia — Ela está bem, amanhã....

— Quero levá-la embora agora.

— Mas...

— Ela corre algum risco?

— Não, de forma alguma.

— Então vou vê-la agora.

Digo é me viro indo em direção ao quarto da Emma.

Uma enfermeira foi tirar aceso do soro. O Dr. Passou remédios para dor, ela estava com o corpo todo dolorido.
No carro ela veio deitada em meu ombro com a mão agarrada na minha. Eu não queria fixa longe dela sequer um segundo. Quando chegamos em casa a ajudei a subir as escadas devagar, cada passo que dava fazia uma careta.

— Preciso tomar um banho — Ela diz assim que chegamos no quarto.

— Vem, eu ajudo você.
Vou até ela e tiro sua roupa com cuidado.

Olho pro seu corpo nu, os roxos espalhados por ele, as costas está pior. A ajudo a tomar banho e a vestir a roupa.

— Matteo? — Estávamos deitados.

Estava mais longe dela, não queria machucá-la tocando em seu corpo por acidente.

— Oi?

— Tão tentando me matar não é?
Ela diz fungando.

Estava chorando.

— Dorme, você precisa descansar.

— Eu sei que você vai fazer de tudo pra que nada me aconteça, me sinto segura perto de você.

Ela diz baixo, olho pro seu rosto e vejo que pegou no sono.

— Não vai acontecer nada com você, eu te prometo. Não vou deixar que me tirem você, você não — Sussurro.

Beijo seu cabelo respirando seu perfume.

Emma Fiore era a minha ruína, e eu me arruinaria por ela sem pensar duas vezes.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora