CAPÍTULO 18

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                MATTEO VALENTINI

Tenho evitado a Emma. Quando ouvi a sua conversar com a Mariana acabei perdendo o controle, e fiz merda, mas  só de pensar ela longe de mim fico louco, nunca vou deixá-la ir embora, nunca.
Entro na boate pelo elevador do estacionamento, e assim que adentro na minha sala e pego os relatórios das nossa contas. Passo toda a manhã lendo relatórios, e vendo como estão indo os nossos negócios. Quando termino vou para um dos meu restaurante de 5 estrelas. 
Assim que termino o meu almoço ligo para Lorenzo avisando que estou indo ver um maldito russo. Eu e o Lorenzo não estamos nos falando muito, só nos falamos o que tem haver com a organização, tirando isso nada.
Entro no carro indo em direção ao meu parque de diversões, mas antes ligo para casa, pra perguntar a Mariana como a Emma está. Todos os dias faço isso. E pra minha surpresa acabo sabendo que meu querido irmão foi vê-la. Quase quebro o celular na minha mão, tanto que o aperto.
Meu coração dispara violentamente pela raiva, e o meu lado possessivo e ciumento vem com tudo, nunca fui de sentir tais sentimentos por uma mulher.

— Chegamos — Santiago chama a minha atenção.

Guardo me celular no bolso, e saiu do carro furioso. Vou deixar Lorenzo de cama por 2 meses, se ele pensa que o desgraçado do nosso pai era ruim, porque ele nunca teve as minhas mãos em cima dele. Entro na sala de tortura e Lorenzo já estava na sala, sentado de frente pro russo que está quase desmaiado, cheio de sangue e machucados, com toda certeza o filho da puta do meu irmão já bateu muito nele. Olho pro Lorenzo, com uma vontade louca de socar a sua cara até a pele desprender do seu rosto. Ele me olha com nenhuma emoção nos olhos.
Vou até o russo é o seguro pelos cabelos.

— Pode me matar porquê da minha boca você não vai conseguir nada.
Fala cuspindo sangue nos meus sapatos
Lhe dou um sorriso.

— Que bom. Então vai ser do meu jeito.
Olho para Santiago que vem e me entrega uma faca. Cravo a faca em  sua perna com força, ele grita de dor, agonizando de dor.

— Ty nichego u menya ne
voz’mesh’,sukin ty syn.
( Você não vai tirar nada de mim, seu filho da puta!)

Ele grita, em russo.

Agarro a faca e começo a descer ela pela sua perna, a rasgando. Ele urra de dor.
Ele começa a falar coisas em russo.

— Em italiano, caralho.
Digo em russo e desço a faca com mais força. Seu grito ecoa pela sala, estridente.

— Não vou dizer nada — Ele começa a rir— Eu vou morrer mesmo. Vai pro inferno.

— Eu te vejo lá.

Tiro a faca da sua perna e passo em seu pescoço. Seu sangue espira em meu rosto.

Pego um pano que Santiago me entrega, e limpo o meu rosto.

Me viro pro Lorenzo que já está de pé.

— Quero falar com você. Agora!.
Digo entre os dentes.

Saímos da sala, e fomos pra outra sala.
Só dou tempo dele fechar a porta e o agarro pelo pescoço o prendendo na parede.

— Que porra você foi fazer na minha casa, pra vê a minha mulher? Quando eu disse pra ficar longe dela.

— Se você parar de me enforca eu te conto.
O largo o empurrando.

— Se você colocou um dedo se quer nela, arranco sua mão fora.

— Não encostei a mão nela.

— De dou 2 minutos pra me explicar o porquê foi vê-la.

— Ela tem 19 anos. A mesma idade da Mia. Se ela tivesse aqui.
Nos olhamos por uns minutos em silêncio.

— Ela só é uma garota Matteo. Frágil, inocente...como ela. Oque eu puder fazer pra não deixar você machucá-la eu vou fazer....já que eu não pude fazer nada pra ajudá-la.
Minha garganta começa a queimar.

— Eu nunca fazeria mal a Emma. Nunca.

— Ela estava chorando quando eu fui vê-la. Não quero que aconteça nada com ela. Se eu puder fazer algo pra protegê-la, protegê-la de você, eu farei.

— Isso é algum tipo de ameaça Lorenzo?

— Não, nunca ameaçaria você irmão. Mas eu não posso ficar parado enquanto você faz mal a ela. Se fosse a Mia no lugar dela, você mataria o cara, esquartejaria ele.

— Sem pensar duas vezes.

— O jeito da Emma me fez lembrar dela.
Seu olhar estava triste.

— Não irei fazer mal algum a Emma.

— Eu sei que você nunca irá deixá-la ir....

— Nunca. Ela só vai se livrar de mim se eu estiver morto.

— E você não vai morrer tão sedo.
Ele da um sorriso de lado.

— Então...não faça mal a ela...eu sei que tem momentos que nós parecemos monstro. Nesses momentos fica longe dela, pra não machucá-la.

Não me perdoo pelo que eu fiz com ela na biblioteca, não consigo pensar nela machucada, machucada por mim. Nunca iria fazer mal a ela propositadamente.

— E Matteo...espero que essa sua obsessão por ela não acabe mal pra vocês dois.
Ele abre a porta e sai a fechado.

Quando cheguei em casa ela estava na mesa, Mariana estava a servindo com um copo de suco.

— Boa noite senhor.

— Boa noite Mariana.

— O senhor vai jantar?

— Sim.

Me sentei, observando Emma, mais ela não me olhou em nenhum momento.
Durante o jantar não conseguia me concentrar na comida. Seu perfume estava me deixando louco. Ela comia em silêncio, estava nervosa. Sentir seu perfume fez com que meu pau latejasse dentro da minha calça, e essa tortura durou até que eu terminasse e seguisse para o escritório. Fiquei lá por um bom tempo.
Saí do escritório a meia noite, deveria ir direto pro meu quarto, mas não consegui, fui direto pro seu quarto. A porta estava destrancada, ela estava sentada no chão encostada na porta da varanda olhando pro céu.
Quando ela me olhou não vi raiva, ou ódio eu vi tristeza e cansaço.

— Não estou com sono.
Disse com sua voz baixa voltando o olhar pro céu.

Não disse nada, me sentei na poltrona um pouco longe dela. Fiquei observando seu rosto iluminado pela luz da lua. Ela era linda, perfeita.. naquele momento percebi que ela seria a minha ruína e não existiria outra mulher no mundo inteiro que tomaria o seu lugar ao meu lado.

— Oque aconteceu na biblioteca não irá se repetir mais— Digo.
Ela me olha com a testa franzida.

— Você promete?
Ela pergunta tão fragilmente.

— Sim.
Me levanto e vou até ela e lhe dou um beijo em sua testa.

— Boa noite Emma.
Ela me dá um sorriso de lado.

Sempre disse que nenhuma mulher seria boa bastante para mim, que nenhuma mulher me fazeria sentir nada, porque era apenas prazer e mais nada. Mas a Emma, uma garota de 19 anos, sem pais está me fazendo sentir coisas que eu não gosto de sentir. Que eu pensei que nunca iria sentir

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora